Ano: 2019
Tipo: Disco ao Vivo
Selo: Independente
Nacional
Tracklist:
1. Internal
Peace
2. Open
Door
3. Believe
4. Stay With
Me
5. Take
Away
6. My
Religion
7. Suicidal
Attack
8. Mantra
Banda:
Raphael Olmos - Vocais, Guitarras
Allan Malavasi - Vocais, Baixo
Isabela Moraes - Bateria
Ficha Técnica:
Ricardo Biancarelli - Mixagem, Masterização
Mathieu Monpontet - Gravação, Captação ao Vivo
Contatos:
Site Oficial:
Facebook: www.facebook.com/kamalaofficial
Instagram: https://www.instagram.com/kamalaofficial/
Assessoria:
E-mail: kamalaofficial@gmail.com
Indicação: fãs de Thrash/Death Metal em geral
Texto: “Metal Mark”
Garcia
Introdução:
Toda banda que não esteja restrita a trabalhos de estúdio
(algo comum aos projetos no formato “one man band”) tem, por uma obrigação
imposta por uma tradição de quase 5 décadas, lançar um disco ao vivo. Nos anos
80, um disco ao vivo ruim poderia implicar no final da carreira de uma banda,
ou então a colocava em um patamar mais elevado. Basta dizer que “Alive I” do
KISS e “Live After Death” do IRON MAIDEN foram importantíssimos para a carreira
de ambas.
Seguindo esta tradição, o trio KAMALA, de Campinas (SP)
acaba de lançar seu primeiro registro ao vivo, chamado simplesmente de “Live in
France”.
Análise geral:
Depois de cinco discos de estúdio e várias turnês na França,
o trio mostra a maturidade, bem como a capacidade de fazer um show ao vivo de
primeira.
“Live in France” vem coroar o momento em que a formação está
consolidada desde o lançamento de “Eyes of Creation” (2019), coesa e firme. E o
mais importante: a sonoridade ao vivo do grupo não perde em nada, e ganha
aquela energia crua e intensa de suas apresentações.
E verdade seja dita: o Thrash/Death Metal do grupo ao vivo é
algo realmente insano!
Repertório:
Discos ao vivo chamam a atenção pelo “setlist” que ele
apresenta. E é fato que “Live in France” foca em canções de “Eyes of Creation”
e “Mantra”, e apenas uma dos discos antigos (que é “Take Away” de “Kamala”),
mas também seria impossível condensar tanto em material em um disco simples.
Além do mais, discos ao vivo tem material focado no último lançamento da banda
(em cuja turnê de divulgação a banda se encontra). Óbvio que poderia ter
canções de “The Seven Deadly Chakras” (2012) e “Fractal” (2009) fossem bem
vindas. O que só seria possível em um duplo ao vivo, logo, o repertório está
ótimo.
Aliás, se percebe que a banda ao vivo sabe interagir com o
público, como a apresentação dos integrantes durante “Mantra”. E os presentes
participam cantando em alguns momentos.
Qualidade sonora:
Em geral, captar a energia de shows ao vivo e conseguir coloca-la
em discos sempre foi uma dificuldade absurda, mesmo com as modernas tecnologias
digitais. Mas em “Live in France”, se percebe completamente a “aovivocidade” da
banda, mas sem que sua música soe embolada. Nada disso, tudo está limpo e
cristalino, mas bruto e pesado.
Aos mais chatos em termos de detalhes, fica claro que
durante os solos de guitarra, as bases realmente desaparecem, mostrando que os
famosos “overdubs” são poucos, e de forma que a aura “live” não seja
prejudicada.
Ótimo trabalho de Ricardo Biancarelli na mixagem e masterização,
e de Mathieu Monpontet na gravação.
Arte gráfica/capa:
O grupo optou por uma arte bem simples, com fundo preto e o
símbolo da banda pintado com as cores da bandeira francesa. Simples, direto e
reto, para que todas as atenções fiquem apenas na música.
Para quem conhece o trio, sabe que eles conseguem fundir uma
pancadaria Thrash/Death Metal intensa com uma aura extremamente positiva. E
isso é possível se sentido em todas as canções de “Live in France”.
De “Internal Peace” (uma pancadaria insana, com riffs
raivosos, boas mudanças de ritmo, e mudanças de vozes), passando pela energia
intensa de “Open Door” e de “Believe” (ótimas variações de andamento, mostrando
a força de baixo e bateria), a pegada um pouquinho mais Thrash Metal Old School
de “Stay With Me” (que ganhou mais agressividade por conta da evolução que a
banda sofreu da época até hoje), a a sinuosa e bruta “Take Away” (baixo e
guitarras muito bem, e que ótimo trabalho nos dois bumbos) e “My Religion” (as
partes mais lentas mostram a aura mais moderna da banda, algo que foi surgindo
em seus trabalhos de forma gradual), além dos hinos “Suicidal Attack” e “Mantra”
(que fecha o disco e é daquelas para marcar os ouvidos e os ossos, sem falar na
apresentação dos integrantes). Se sobrou algo do pescoço, é melhor usar gelo.
Basicamente, a impressão que reina após o final de “Live in
France” é a mesma de discos ao vivo simples clássicos: por que raios não foi um
disco duplo?
Conclusão:
O KAMALA encerra um ciclo com “Live in France”, e já começa
a se preparar para voos mais altos.
Basicamente, “Live in France” os coloca no time das bandas
que não cabem mais no Brasil.
Nota: 9,2/10,0
Mantra
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