Full Length (Duplo CD ao vivo - Relançamento)
2017
Selo: Shingami Records, earMUSIC
Nacional
Tracklist:
Disco 1:
1. Land of the Free
2. Man on a Mission
3. Rebellion in Dreamland
4. Space Eater
5. Fairytale
6. Tribute to the Past
7. Heal Me
8. The Saviour
9. Abyss of the Void
10. Ride the Sky (Helloween cover)
11. Future World (Helloween cover)
12. Heavy Metal Mania (Holocaust cover)
13. Lust for Live
Disco 2:
1. No Return
2. Changes
3. Insanity and Genius
4. Last before the Storm
5. Future Madhouse
6. Heading for Tomorrow
Banda:
Kai Hansen - Vocais (disco 1), guitarras
Dirk Schlächter - Guitarras
Jan Rubach - Baixo
Thomas Nack - Bateria, backing vocals
Ralf Scheepers - Vocais (disco 2)
Contatos:
Site Oficial: http://www.gammaray.org/
Twitter:
Youtube:
Instagram:
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail:
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Em 1995, o GAMMA RAYhavia conseguido chegar ao sucesso com “Land of the Free”, e logo veio a “Man on a Tour”, uma excursão que tomou de assalto vários países europeus. Com cinco discos de estúdio nas costas, a banda não pensou duas vezes, e para coroar o bom momento, lançaram “Alive ‘95”, seu primeiro disco ao vivo em 1996. Mas como todos os discos anteriores foram relançados, nada mais justo que este ao vivo ganhasse uma nova edição remasterizada, e agora dupla. E como a Shinigami Recordse a earMUSIC andam bombando nessa parceria, aqui temos a versão nacional.
“Alive ‘95” é um excelente ao vivo, transpirando a energia da dos shows do quarteto. A performance de Kai nos vocais ficou ótima, cantando muito bem e tocando perfeitamente, assim como seu comparsa Dirk completa-o perfeitamente, tanto nos riffs trabalhados ou nos duelos e duetos de solos; a base de Jan (baixo) e Thomas (bateria) é maciça como uma muralha, mas sempre bem trabalhada e cheia de peso. E a energia que flui do disco é absurda, com a participação clara da plateia.
O disco foi gravado em Outubro e Novembro de 1995 em Milão (Itália), Paris (França), Madrid e Pamplona (ambas na Espanha), e Erlangen (Baviera, Alemanha). Kai e Dirk produziram e mixaram “Alive ‘95”, enquanto a masterização original é de Ralf Lindner. Mas esta versão tem a remasterização de Eike Freese (o mesmo que remasterizou todos os relançamentos anteriores), e assim, o som de antes ganhou mais brilho e nova vida, além de estar mais claro aos ouvidos.
Assim como foi em todos os discos anteriores, aqui também temos uma arte gráfica completamente nova. Mais uma vez, as ilustrações são de Hervé Monjeaud e o design foi feito por Alexander Mertsch. Óbvio que tudo ficou muito bonito, cheio de fotos da época, e mesmo as letras das canções estão presentes (um recurso que poucos grupos usam em discos ao vivo). Mas não se preocupe se for saudosista: a capa original vem na contracapa do encarte do CD.
Ao vivo, a formação em quarteto funciona muito bem, sem deixar espaço para críticas. Eles são muito coesos e a energia que flui do disco é algo assombroso. Tudo funciona perfeitamente, e mesmo algumas limitações causadas por conta de ser ao vivo (como alguns tons mais baixos de voz em certas canções), o resultado final é absurdo.
E como é a excursão de “Land of the Free”, fica óbvio que é desse disco que vem a maior parte das músicas. As versões ao vivo para “Land of the Free”, “Man on a Mission”, “Rebellion in Dreamland”, “Fairytale”, “The Saviour” e “Abyss of the Void” são incríveis, mais rápidas e cheias de energia, coisa de quem leva a sério os ensaios. Mas como a banda não poderia desapontar seus fãs antigos, a presença de algumas canções de seus discos mais antigos é certa, como a clássica “Space Eater”, a fogosa e veloz “Tribute to the Past” e “Heal Me” (metade lenta, metade pesadona), em que se percebe que os vocais de Kai renderam muito bem, pois seu timbre mais rasgado e agressivo encaixou perfeitamente. Mas para completar a festa, eles ainda tocaram “Heavy Metal Mania” do HOLOCAUST, que ficou excelente ao vivo. Agora, as paredes tremem muito com a passagem das clássicas “Ride the Sky” e “Future World” do HELLOWEEN(e digamos de passagem: os olhos encheram de lágrimas de felicidade, e diria que Dirk tocando encaixa melhor com Kai que Michael Weikath, e, além disso, Kai se deu muito bem cantando a segunda, eternizada por Michael Kiske). E para acabar com o fôlego de vez, esta versão tem como faixa bônus no disco 1 uma versão ao vivo para “Lust for Live”, antes restrita à versão japonesa.
Mas esta versão é dupla, logo, o disco 2 tem mais!
Aqui, seis canções gravadas em 1993, provavelmente da turnê de divulgação de “Insanity and Genius”, ainda com Ralf Scheepers cantando. E como é bom poder ouvir canções como a bela e cheia de energia “No Return”, “Changes” e seu jeitão mais cadenciado à lá ACCEPT, a clássica “Insanity and Genius”, a pancadaria Power Metal de “Last Before the Storm” e de “Future Madhouse”, e a variada, longa e cativante “Dream Healer”. Essas canções, em suas versões ao vivo, ficaram excelentes!
Uma curiosidade sobre “Alive ‘95”: o disco é o último trabalho do GAMMA RAY a ter a presença de Jan e Thomas, pois ambos saíram após a turnê. Dan Zimmermann entrou no grupo como novo baterista, ficando no grupo até 2012, e Henjo Richter assumiu as guitarras (bem como os teclados), com Dirk retornando a seu instrumento original, o baixo (como ele aparece no vídeo “Heading for the East”, de 1990).
Um disco ao vivo memorável, e que vale a aquisição, seja você fã do GAMMA RAY ou apenas um fã de Metal de bom gosto.
Nota: 10,0/10,0