Ano: 2019
Tipo: Full
Length
Nacional
Tracklist:
1. Two
Horns Up
2. 27 &
Done
3. Black
Orchid
4. Change
5. Burn
Witch Burn
6. Cheyenna
7. The Last
House on the Left
8. Death
& Desire
9.
Outsiders
10. Be Here
Now
11. Hell
Has no Mercy
Banda:
Bazie - Guitarras
Timo-Timo - Guitarras
Archzie -
Baixo
Jussi69 -
Bateria
Ficha Técnica:
Johnny Lee Michaelis - Produção, Gravação, Mixagem, Teclados,
Cordas, Programação, Percussão
Svante Forshäck - Masterização
Dani Filth
- Vocais e Backing Vocals em “Two Horns Up” e “The Last House on the Left”
Wednesday
13 (Joseph Poole) - Vocais e Backing Vocals em “The Last House on the Left”
Calico
Cooper - Vocais e Backing Vocals em “The Last House on the Left”
Contatos:
Site Oficial: http://69eyes.com
Facebook: https://www.facebook.com/the69eyes
Instagram: https://www.instagram.com/the69eyesofficial
Assessoria:
E-mail:
Indicação: fãs
de Gothic Rock, THE SISTERS OF MERCY, FIELDS OF THE NEPHILIM, MOONSPELL, TIAMAT,
THE MISSION
Introdução:
Certas vezes, é extremamente trabalhoso para muitos que
rotular o que uma banda musicalmente. Quanto maior o “background” musical de
uma pessoa, esse tipo de coisa se torna um desafio, pois os ouvidos percebem sutilezas
e toques vindos de outros gêneros musicais.
No caso do quinteto finlandês THE 69 EYES, é ainda pior,
pois como se pode ouvir no mais recente trabalho do grupo, “West End” (lançado
no Brasil recentemente pela Shinigami Records em parceria com a Nuclear Blast
Brasil), o amplo espectro de influências da banda converge para algo único.
Análise geral:
O quinteto coloca no caldeirão Gothic Rock, Hard Rock, Glam Rock/Metal,
Dark Rock, e mesmo alguns toques de Post-Punk e Classic Rock em sua música. É
até difícil de explicar como tantos estilos puderam contribuir para a
construção de algo musicalmente simples de ser assimilado. Sim, é fato que a
música do quinteto é baseada em melodias bem simples de serem assimiladas, mas
com boas doses da melancolia do Gothic Rock, e isso com a energia do Sleaze
Rock.
Aliás, diga-se de passagem: não é difícil ficar viciado em “West
End”.
Arranjos/composições:
O THE 69 EYES não rebusca em termos técnicos. Longe disso, a
música é baseada em arranjos simples, mas sempre mantendo um jeito melódico
grudento que não tem como resistir. Mas cuidado: isso não significa que o grupo
toque um disco de um fôlego só, ou mesmo que as canções sejam semelhantes entre
si.
O que se ouve em “West End” é algo realmente criativo, e afastado
de modelos musicais já erodidos. Pode-se dizer que o grupo sabe criar riffs
memoráveis, solos melodiosos e marcantes, uma base rítmica sólida, e um ótimo trabalho
de vocais (que remete diretamente a nomes como Carl MacCoy, Andrew Eldritch e
Wayne Hussey). Mas a criatividade é ouvida em teclados, cordas e outros que vão
surgindo em certos momentos. E isso tudo resulta em uma música feita com ótimas
melodias e refrães marcantes. É ouvir e se apaixonar.
Qualidade sonora:
É um dos pontos onde
“West End” se mostra vencedor.
O trabalho de Johnny Lee Michaelis (produção, gravação e mixagem)
e Svante Forshäck (masterização) consegue deixar tudo soando claro, limpo e
compreensível, mas com timbres que permitem que as músicas soem distorcidas nas
medidas certas. E sem falar que o brilho moderno e atual deu um “boost” às
canções.
Arte gráfica/capa:
A banda optou por uma capa simples, com a foto de balões
negros, algo que realmente dá uma ambientação visual bem soturna. O encarte, em
formato pôster, tem as letras de um lado, e do outro, uma foto do grupo.
11 excelentes músicas aguardam os fãs, e isso sem mencionar
que a presença de Dani Filth (do CRADLE OF FILTH) em “Two Horns Up” e “The Last
House on the Left”, do cantor Joseph Poole (mais conhecido como Wednesday 13,
bem conhecido por seu trabalho com o MURDERDOLLS e outros) em “The Last House on
the Left”, e de Calico Cooper (filha de Alice Cooper e vocalista do BEASTÖ
BLANCÖ) também em “The Last House on the Left” deram um sabor diferenciado a “West
End”.
“Two Horns Up” é o típico Glam Rock com doses de Gothic,
onde se ouvem vocais de primeira (tanto os de Jyrki69 como os de Dani), seguida
do acessível Sleaze Gothic Rock “27 & Done” (que refrão e guitarras). Com
um jeito mais voltado ao Post-Punk (apesar da distorção Hard/Glam das
guitarras), “Black Orchid” ainda mostra alguns pianos muito bem encaixados. Em “Change”,
ótimas partes de teclados preenchem a ambientação mais soturna e melancólica
criada pelas guitarras. Pondo tudo abaixo, vem a ótima “Burn Witch Burn”, cheia
de energia e mostrando peso (uma contribuição de baixo e bateria, que estão
ótimos), seguida do Rock direto e denso em “Cheyenna” (reparem que guitarras
pesadas). E graças às participações especiais em “The Last House on the Left”,
tem-se um monstro de Frankenstein Gothic com muito peso (e não tem como não
destacar os vocais). Mais amena e melancolicamente melodiosa, tem-se “Death
& Desire”, um típico Gothic Rock com uma aura “noir” de excelência
(novamente os vocais mostram toda sua expressividade). Misturando a
acessibilidade do Gothic Rock com a distorção do Hard/Glam, “Outsiders” é a
típica canção que gruda nos ouvidos e não solta mais. “Be Here Now” explicita
ainda mais fundo no lado Gothic Rock/Post-Punk do grupo, e “Hell Has no Mercy”
(a saideira) vem fechar o disco com uma pegada ainda mais melancólica, mas
mesmo assim, cheia de melodias grudentas.
Ou seja: “West End” é para ser ouvido de ponta a ponta!
Conclusão:
“West End” é viciante e excelente. E não é à toa que o THE 69 EYES tem uma legião de fãs por aqui, que podem ter acesso a esse disco mais facilmente agora.
Nota: 10,0/10,0
Texto: “Metal Mark” Garcia
Two Horns Up