Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Nacional
Tracklist:
1. Peaceless/Hopeless (intro)
2. Transcending Faith
3. A Fable
4. Vengeance
5. Puz of a Sick World
6. False Divinity
7. Rebirth
8. Rage
Banda:
Rômulo Portela - Vocais
Carlos Nava - Guitarras, vocais
Marcelo “Marshall” Alencar - Guitarras
Lucio de Paula - Baixo
Carlos Cerqueira - Bateria
Ficha Técnica:
Marcos Saraiva - Produtor, violão em “Peaceless/Hopeless”
Leon Ferreira - Vocais adicionais
Contatos:
Site Oficial:
Facebook: www.facebook.com/BrokenBonedMetal
Instagram:
Assessoria: http://www.braunamusicpress.com(Brauna Music Press)
Texto: “Metal Mark” Garcia
De Norte a Sul, de Leste a Oeste, o Metal ainda é o estilo mais cultuado no Brasil, uma vez que o mesmo não se encontra estagnado por limites regionais/estaduais. Ele chega a todos os cantos e move imensas quantidades de fãs. Por isso, um país onde o gênero possui tanto “appeal” tem que mostrar boas bandas. E de Marabá (PA) vem o BROKEN & BONED, um quinteto que mostra talento e peso em seu primeiro disco de estúdio, o feroz “Hypocrisy Hymns”.
Para início de conversa, o grupo tem um estilo musical bem característico, misturando melodias que vem do Prog Metal e do Groove Metal (reparem bem nos solos de guitarra, especialmente no de “Vengeance”), mas seu “corpo” musical é moldado em um formato Death Metal com nuances de Thrash Metal. Não é tão simples de ser descrito em palavras, mas fácil de ser compreendido e de se gostar. Há ótimas harmonias e um trabalho preocupado em criar algo diferente do “mais do mesmo”, mas ao mesmo tempo, se percebe a espontaneidade e energia que fluem de sua música agressiva e brutal.
Um trabalho desse tipo precisa de uma qualidade sonora de alto nível, que consiga associar a crueza inerente da banda com uma boa noção de definição sonora. O grupo até conseguiu algo muito bom nesse ponto, inclusive com uma timbragem sonora acima da média, mas a sonoridade soa um pouco enlatada, pasteurizada. Óbvio que se deve considerar que é o primeiro disco de estúdio de uma banda independente, logo, esse fator a tudo explica. Não está ruim, não é isso, mas sim que poderia ser melhor.
Pelo lado de composição, o quinteto mostra personalidade justamente por fazer algo diferente da maioria. Os arranjos musicais são muito bons, a dinâmica entre a base instrumental e os vocais é ótima, e talento eles têm de sobra. Aliás, o BROKEN & BONEDpode ser considerado uma das revelações do ano, e o futuro lhes é bem promissor, verdade seja dita.
Em termos de composição, “Hypocrisy Hymns” mostra uma banda raçuda e com sangue nos olhos, com músicas cheias de energia e que são capazes de agradar os mais exigentes fãs de Metal extremo.
A técnica opressiva e quase jazzística de “Transcending Faith” (reparem nos arranjos de baixo e na técnica da bateria); no “feeling” denso, melodioso e introspectivo de “Vengeance” (mais cadenciada, e temos belas harmonias das guitarras, fora o uso de melodias excelentes nos solos, algo a ser mais explorado no futuro), o jeito bruto e gorduroso de “Puz of a Sick World”, a torrente de adrenalina da veloz “False Divinity” (os vocais são muito bons e encaixam bem na base instrumental, mas um pouquinho mais de versatilidade nos tons de voz faria muito bem à banda), e o jeito mezzo Death Metal, mezzo Groove/Thrash Metal de “Rage”(mas reparem em partes mais lentas com toques “noir” realmente belas, e onde os vocais deram uma boa variada nos tons) são provas que o Norte do Brasil realmente trouxe ao mundo um grupo talentoso e muito promissor.
No mais, o BROKEN & BONED é muito bom, e “Hypocrisy Hymns” tende a esmagar ossos e pescoços sem dó.
Nota: 81%
False Divinity: https://www.youtube.com/watch?v=T0c5moP--4Y
Spotify