Ano: 2019
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Nacional
Tracklist:
1. Fight Against Myself
2. Bloody Wars
3. Inside my Mind
4. Rising Star
5. The Sound of Hope
6. A Invitation to the Soul
7. Light of Revelations
8. Homeland
9. Come On and Play (bônus)
10. The Beginning of a Journey (bônus)
11. The King’s Last Speech (bônus)
Banda:
Guilherme Costa - Guitarras, Baixo, Bateria, Teclados
Ficha Técnica:
Gus Monsanto - Produção, Vocais em “Fight Agaisnt Myself” e “Light of Revelation”
Celo Oliveira - Produção
Jefferson Gonçalves - Vocais em “Rising Star”
Contatos:
Site Oficial:
Facebook: www.facebook.com/guilhermecostaguitar
Instagram: www.instagram.com/guilhermecostagt
Assessoria:
E-mail:
Texto: “Metal Mark” Garcia
Introdução:
Alguns guitarristas percebem que, para alcançar um público mais amplo, é necessário se expressar não apenas com seis cordas. Infelizmente, salvo raros casos, poucos “guitar orientated albums” conseguem alcançar ouvintes que não sejam outros guitarristas. É um meio musical difícil de penetrar, mas não impossível.
E nisso, o guitarrista GUILHERME COSTA mostra-se um nome e tanto, pois seu mais recente trabalho, o álbum “Light of Revelations” foge às regras.
Análise geral:
O que existe no CD é uma mistura de temas instrumentais e alguns cantados, logo, consegue fundi o que há de melhor dos dois mundos: quem é um ouvinte comum vai gostar do que é exibido nas faixas cantadas (e mesmo nas instrumentais), e quem gosta de apreciar o aspecto técnico das seis cordas vai gostar, pois o estilo de Guilherme é bem versátil.
Além disso, a expressividade musical da guitarra foge à regra ‘ótimo para guitarristas, chato para ouvintes comuns’. Longe de ser meramente um guitarrista de Metal e Rock, há um evidente jeitão Fusion Rock evidente, e um toque eclético interessante (como a ambientação ‘noir’ de “Inside my Mind”).
Traduzindo: é um disco que satisfará a todos, sem exceção.
Arranjos/composições:
Como um guitarrista com boa formação acadêmica (Guilherme é formado em Licenciatura em Educação Musical Escolar pela UEMG), o que se houve em termos musicais é um estilo de tocar sólido e cheio de ‘feeling’, totalmente focado em criar boas composições, e não aulas de ‘shreds’ para exercitar egos inflados. E não seria nenhum pecado dizer que “Light of Revelation” tende a ir de encontro ao gosto musical de muitos. Rock, Blues, Pop, Jazz, Metal, tem de tudo um pouco, mas sempre de forma coesa.
Além disso, é interessante como as canções são bem arranjadas, proporcionando passagens dinâmicas e outras que se agarram aos ouvidos. Sim, algo tão encolvente que dá vontade de ouvir 10, 20 vezes seguidas.
Qualidade sonora:
Gus Montsanto e Celo Oliveira produziram o disco no Dalva 1 Studios, em Niterói (RJ). E mesmo para os mais exigentes e catadores de piolhos (ou seja, aqueles que adoram analisar a sonoridade de um disco ponto a ponto) não terão do que reclamar: a sonoridade é forte, vigorosa e pesada, mas clara e muito inteligível.
Poderia ser melhor? Sim, mas já está ótima.
Arte gráfica/capa:
A colaboração entre Bruno Bavose (fotografia) e a Ana Morais (artista gráfico) criou uma capa interessante, que pode ser uma representação dos contrastes dos sentimentos humanos, da inconstância que nos permeia.
Destaques musicais:
Com maior tempo para expor suas ideias em forma de música, Guilherme acertou a mão, fazendo de “Light of Revelation” uma experiência ótima.
“Fight Against Myself” é pesada e cantada, permeada por um feeling melodioso e moderno, e cheia de energia, enquanto a instrumental “Bloody Wars” já tem um jeito mais Metal (não é de estranhar um jeitão meio Maiden nas guitarras dobradas). Já “Inside my Mind” (outra faixa instrumental) mostra um clima bem ‘boate noir’, com um jeito mais melancólico. As belíssimas melodias de “Rising Star” (mais uma cantada) são comoventes, justamente porque há contrastes de partes limpas e distorcidas. Um Hard com toques Prog Metal instrumental e pegajoso é o que se tem em “The Sound of Hope”, enquanto algo mais Folk/acústico e aconchegante dá as caras em “A Invitation to the Soul”. Mais pesada e voltada ao Power Metal sinfônico é “Light of Revelations”, outra cantada, e que tende a conquistar os ouvintes por suas melodias. Agora, todo o lado Fusion Rock do disco surge em “Homeland”, ou seja, surge a fluência técnica minimalista nos arranjos de guitarras, mas que não sobrecarregam os sentidos (inclusive se percebem ‘inserts’ de música brasileira aqui e ali).
Na versão física do disco, ainda existem 3 bônus: as canções do EP “Come On and Play”, que são a própria faixa-título, “The Beginning of a Journey” e “The King’s Last Speech”, justamente um presente para quem não conseguiu o EP.
Conclusão:
O jeito mais simples e acessível aos que não são fãs de discos para guitarristas de “Light of Revelation” é uma grata surpresa, e mostra que GUILHERME COSTA é um artista impressionante, que merece espaço em qualquer coleção de discos que se preze.
Nota: 8,6/10,0
Fight Against Myself