Ano: 2019
Tipo: Extended Play (EP)
Selo: Miranda Music (Físico) / Altafonte (Digital)
Nacional
Tracklist:
1. Runaway
2. Empty Promises
3. Singing Along
4. Child’s Frustration
5. Cruel Past
6. Dancing in the Fire
Banda:
Marcelo Frizzo - Baixo, Vocais
Jaéder Menossi - Guitarras
Loks Rasmussen - Bateria
Ficha Técnica:
Edinho Junior - Produção, Gravação
Thiago Bianchi - Mixagem, Masterização
João Duarte (JDesign) - Artwork
Contatos:
Site Oficial: http://popjavali.com.br/website/
Facebook: www.facebook.com/bandajavali
Instagram: www.instagram/bandajavali
Assessoria:
E-mail:javalibanda@gmail.com
Texto: “Metal Mark” Garcia
Introdução:
É possível pegar um estilo velho e lhe dar vida nova?
A experiência responde este pergunta da seguinte forma: Sim, dependendo da banda.
As bandas têm a responsabilidade de buscar sair do ponto comum, de pegar todo o conjunto de lições aprendidas e influências adquiridas e criar algo diferente, mesmo em um estilo já bem conhecido. E é este um desafio que faz tantos caírem no marasmo da repetição cansativa de clichês, mas que alguns conseguem fazer algo de alto nível. No segundo conjunto, está o trio JAVALI(antes conhecido como POP JAVALI), que vem dar uma aula de amadurecimento e sabedoria com o EP “Life is a Song”.
Análise geral:
É óbvio que um grupo de 27 anos não mudaria seu estilo. Eles continuam fazendo o mesmo Hard Rock clássico com uma pegada de Heavy Metal e elementos de Rock Progressivo setentista. A diferença: o trio não para de evoluir, e o resultado é uma música ainda melodiosa, rica e elegante, agora permeada com um alinhavo ainda mais pesado que antes, além de uma estética mais moderna e agressiva.
Traduzindo: continuam com o mesmo estilo de sempre, apenas mais evoluído e modernoso. Algo que realmente é uma tentação de tão bom!
Arranjos/composições:
Quem os conhece de outros tempos, sabe que o JAVALIé conhecido por arranjar suas músicas de uma forma fluida e espontânea, mas sabendo colocar a técnica instrumental sempre ao seu lado. A diferença é que o grupo sabe criar melodias elegantes e que grudam nos ouvidos, e cada refrão é feito para nos atingir no coração. Basicamente, é ouvir e gostar, mesmo com o requinte que possuem.
E não seria um pecado dizer que o trio é o RUSHbrasileiro, tamanha versatilidade, bom gosto, peso e capacidade de envolver o ouvinte.
Qualidade sonora:
Gravado no Studio Atmosphera sob a tutela do produtor Edinho Junior; e mixado e masterizado pelas mãos de Thiago Bianchi(do NOTURNALL) no estúdio Fusão, a sonoridade de “Life is a Song” chega a ser comovente: um “blend” moderno e bem feito de peso e melodia, sempre translúcida ao ponto de tudo ser audível, sem nenhum detalhe oculto.
Além disso, a parte de peso e modernidade tem muito com a timbragem escolhida para os instrumentos. Sem desfazer dos trabalhos anteriores, é a melhor produção sonora do grupo até os dias de hoje.
Apesar da simplicidade inicial, a arte de João Duarte (da JDesign) ficou belíssima e elegante, dando uma expressão visual ao que transpira musicalmente desse EP.
Destaques musicais:
Desculpem, mas apontar destaques musicais em “Life is a Song” é impossível. Como sempre, o trio caprichou e deu uma vida às suas canções que dificilmente se vê por aí. É tiro e queda, ouvir e sair cantarolando.
Runaway: um Hard ‘n’ Heavy típico dos anos 80, mas com um jeitão moderno e pesado, cheio de vida e energia. Uma canção excelente, que se agarra ao ouvinte, e onde a banda cria arranjos de primeira (baixo e bateria estão ótimos), e um refrão grudento daqueles!
Empty Promises: A pegada moderna e pesada dessa canção é ótima, bem como sua expressão harmônica. Mas como as guitarras estão exuberantes, mostrando riffs simples e bem feitos, e que solos (a qualidade sonora contribuiu muito para a melhor compreensão deles nesse EP).
Singing Along: Um toque mais introspectivo e melancólico bem atual permeia essa canção. As partes lentas e limpas dão um toque mais acessível à ela, sendo que há maior energia e distorção nas guitarras durante o refrão. E os vocais mostram sua versatilidade justamente nela.
Child’s Frustration: alguns vocais mais ríspidos e urrados aparecem nessa música com linhas melódicas mais diretas e modernas. O andamento varia bastante, mas o refrão é outra mostra de sua qualidade incontestável em termos de criatividade.
Cruel Past: Outra em que elementos atuais permeiam o jeito Hard clássico do grupo. Além disso, existem partes claramente acessíveis, com melodias de simples assimilação, que são incríveis. Mais uma vez, uma exibição de gala das guitarras e dos vocais.
Dancing in the Fire: Uma paulada moderna, técnica (o baixo está debulhando logo no início), mas com a evidente presença de elementos de Rock Progressivo. Não chega a ser um Prog Metal/Rock, já que a banda não perde seu jeito melódico e envolvente, e além disso, os vocais estão ótimos.
Aliás, o CD físico ainda tem o bônus “Read My Mind”, canção de um Single de 2018 que estava apenas nas plataformas digitais até este momento.
Conclusão:
Se muitos dizem que o Rock está em crise, ou mesmo que morreu, sinceramente são pessoas que desconhecem o trabalho do JAVALI. E “Life is a Song” pode ser ouvido/adquirido na forma digital nas principaisplataformas digitais na internet.
Nota: 100,0/100,0
Runaway
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