Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Nacional
Tracklist:
1. Priest from Hell
2. I Am the Face of Death
3. New World Order
4. Fucking Human Gods
5. Human Race
6. Brainwash
7. Face the Enemy
8. Anno Domini
9. King of Darkness
Banda:
Laurence Miranda - Vocais, guitarras
Felipe Rodrigues - Guitarras
Sylvio Miranda - Baixo
Sidney Ramos - Bateria
Ficha Técnica:
Contatos:
Site Oficial: http://facesofdeath.com.br/
Instagram: http://instagram.com/facesofdeathofficial
Assessoria: http://roadie-metal.com/press/faces-of-death/ (Roadie Metal Press)
E-mail: facesofdeath@hotmail.com
Texto: “Metal Mark” Garcia
Introdução: As bandas da escola brasileira de Thrash Metal sempre tiveram por especialidade a capacidade de pegar as mais diversas influências de criar algo personalizado. Isso, embora muitas vezes não crie algo inovador, é capaz de ampliar as possibilidades do estilo. Um ótimo exemplo desse fator é o trabalho do quarteto FACES OF DEATH, de Pindamonhangaba (SP). Depois de muita luta e um hiato de 20 anos, eles voltaram em 2017 e lançaram o EP “Consummatum Est”. Agora, lançam seu primeiro álbum, “From Hell”, um murro nos ouvidos.
Análise geral: O trabalho musical do quarteto se baseia em uma fusão inteligente do Thrash Metal violento do SEPULTURA da fase compreendida entre “Schizophrenia”(1987) até “Arise” (1991) com aspectos do Groove/Thrash Metal do PANTERA. Basicamente, pode-se simplificar e dizer que é algo brutal e agressivo, mas com partes grooveadas em muitos momentos (como fica evidente em “Priest from Hell”), além de uns toques ornamentais de Death Metal em muitos pontos do disco. Óbvio que tal “insight” não é muito inovador, mas a abordagem do grupo dela é bem pessoal.
FACES OF DEATH |
Arranjos/composições: É fato que o grupo não faz nada de inovador, não criou algo diferente em termos de estilo. Mas sua contribuição fica óbvia na capacidade de fazer sua música com personalidade, criando um conjunto de arranjos musicais consensuais que fazem os ouvidos sangrarem pela agressividade de sua música, mas que se encaixam uns nos outros perfeitamente, criando linhas melódicas interessantes. E quando mais se ouve este disco, mais se tem a certeza que eles têm um enorme potencial.
Qualidade sonora: Em termos de sonoridade, o grupo soa cru e sem firulas, algo como se rebuscando a sonoridade selvagem da virada dos anos 80 para a década de 90. Mas mesmo assim, a banda soa clara, com tons bem definidos. Óbvio que tem aquela “gordura” sonora de bandas de Groove Metal e Sludge Metal, mas sem que fique excessivamente sujo. Ficou bem legal, e se encaixa na proposta do quarteto (embora seja algo que possa ser melhorado futuramente).
Arte gráfica/capa: A capa é muito boa, e faz um paralelo interessante ao conteúdo musical de “From Hell”. Além disso, fica óbvio um jeito “anos 80” na arte, um toque de diversão e ironia (mesmo com a banda tendo um aspecto sério bem óbvio).
Destaques musicais: “From Hell” foi construído com 9 canções que são consensuais entre si. Embora exista homogeneidade no disco como um todo, se destacam:
“Priest from Hell”: após uma introdução sinistra à lá “Black Sabbath”, tem-se uma golfada agressiva e brutal de Thrash Metal, com muita dureza e groove surgindo em vários momentos. É empolgante e cheia de energia, com ótimas guitarras.
“I Am the Face of Death”: outra em que o nível de agressividade é alto, mas com boas mudanças de ritmo, variando entre a velocidade Thrasher e partes cadenciadas (que evidenciam o bom trabalho de baixo e bateria)
“New World Order”: esta alterna momentos mais rápidos à lá “Old School German Thrash Metal” com momentos puramente Thrash/Groove Metal. Mais uma vez a dupla de guitarras faz bonito (os solos são bem legais).
“Face the Enemy”: o início é cadenciado e azedo, antes de ganhar mais peso e um pouco mais de velocidade. Aqui, os vocais se apresentam muito bem em meio ao caos sonoro criado pela alternância de ritmo.
“Anno Domini”: curta e grossa, a maior parte do tempo é uma canção rápida, mas existem partes bem próximas ao Hardcore Beatdown moderno, mais uma vez mostrando ótimo trabalho da seção rítmica.
Conclusão: O FACES OF DEATH é uma banda que ainda possui enorme potencial a ser usado, e tem muito talento. Por agora, “From Hell” se mostra um bom primeiro álbum, e que indica um futuro promissor.
Nota: 84%
“Priest from Hell”: https://www.youtube.com/watch?v=sJ5NPbYo65U
“King of Darkness”: https://www.youtube.com/watch?v=qcRVKpaeybQ
Spotify