Ano: 2019
Tipo: Full
Length
Nacional
Tracklist:
1. Phoenix
Rising
2. D.N.A.
(Demon and Angel)
3. Zero
Gravity
4. Fast
Radio Burst
5. Decoding
the Multiverse
6. Origins
(instrumental)
7. Multidimensional
8. Amata Immortale
9. I Am
10. Arcanum (Da Vinci’s Enigma)
11. Oceano (bonus - Cover de Josh Groban)
Banda:
Fabio Lione - Vocais
Luca Turilli - Guitarras, Teclados
Dominique Leurquin - Guitarras
Patrice Guers - Baixo
Alex Holzwarth - Bateria
Ficha Técnica:
Fabio Lione - Produção
Luca Turilli - Produção
Stefan Heilemann - Arte da Capa
Simone Mularoni - Gravação, Mixagem, Masterização
Arne Wiegand - Violão, Mandolin, Piano
Joost van den Broek - Teclados em “Oceano”
Alessandro Conti - Corais em “Zero Gravity”
Emilie Ragni - Backing Vocals em “Phoenix Rising”, “D. N. A.
(Demon and Angel)”, “Zero Gravity”, “Multidimensional”, “Amata Immortale” e “Arcanum
(Da Vinci's Enigma)”, Corais em “Zero Gravity”
Simone Mularoni - Guitarra Base, Guitarra Solo em “Fast
radio Burst” e “I Am”
Elize Ryd - Vocais em “D. N. A. (Demon and Angel)”
Mark Basile - Corais em “Zero Gravity”, Vocais em “I Am”
Sascha Paeth - Baixo em “Oceano”
Contatos:
Site Oficial: https://tlrhapsody.com/
Facebook: https://www.facebook.com/tlrhapsody/
Assessoria:
E-mail:
Indicação:
fãs de Symphonic Metal, RHAPSODY OF FIRE e VISION DIVINE, e outros.
Introdução:
Alguns discos possuem estórias inusitadas por trás dos
bastidores.
Em 2017, depois de 8 anos sem se encontrarem, Fabio Lione e
Luca Turilli (ambos conhecidos por terem tomado parte na formação clássica do RHAPSODY
OF FIRE) resolveram excursionar em comemoração pelos 20 anos do lançamento de “Legendary
Tales”. E isso acabou levando ambos a formarem o TURILLI/LIONE RHAPSODY, pois
viram que ainda tinham muito a dizer musicalmente, e por isso, agora chega o
debut do grupo, “Zero Gravity (Rebirth and Evolution)”, que acaba de sair por
aqui graças aos esforços entre a Shinigami Records e a Nuclear Blast Brasil.
Análise geral:
Óbvio que as comparações com o RHAPSODY OF FIRE serão
automáticas. E não são de todo falsas, uma vez que Luca e Fabio imprimiram suas
marcas na banda antes de saírem (bem como os outros membros também tocaram no grupo), só que o Symphonic Metal apresentado nesta nova empreitada é bem mais rica em termos de diversidade musical, e mesmo modernidade (basta ver que existem partes de teclado
com arranjos mais modernos). Ou seja, mesmo com elementos que remetem ao
passado, há algo de diferente, novo e deliciosamente instigador nas canções de “Zero
Gravity (Rebirth and Evolution)”.
Além disso, o foco agora fica mais nas guitarras e vocais, algo
óbvio, embora nenhum dos outros instrumentos fique escondido ou sem ser
valorizado.
Arranjos/composições:
Óbvio que a riqueza sonora é algo já esperado quando os
nomes de Fabio e Luca são mencionados. E isso transpira nos arranjos
multifacetados de cada uma das músicas, com muitas mudanças de ambientações,
indo do agressivo sinfônico ao introspectivo e profundo. E isso sem mencionar
os toques de Ethnic Music, Prog Metal e outros.
Falar no nível de detalhamento em “Zero Gravity (Rebirth and
Evolution)” é ter que mencionar o minimalismo, logo, melhor apenas dizer que
nada soa artificial, mecânico ou excessivo. Até mesmo toques extremamente
melodramáticos surgem nas canções.
Ah, sim: as letras fogem do padrão, pois ao invés de mais “Dungeons
& Dragons”, os temas tratam de ciência, psicologia, espiritualidade e
outros.
O nível de exigência
de Fabio e Luca fica claro na sonoridade.
Ambos produziram o
disco, tendo Simone Mularoni na gravação, mixagem e masterização,
transformando os anseios da banda em uma qualidade sonora que é perfeita: clara
e limpa de uma forma que tudo pode ser ouvido, absorvido e entendido em
problemas. Mas o lado pesado do grupo está bem evidenciado (especialmente pela
timbragem moderna das guitarras e baixo).
Arte gráfica/capa:
A arte da capa já ilustra que em ““Zero Gravity (Rebirth and
Evolution)”, os temas de dragões, capa e espada foram abandonados. Como já
mencionado, o enfoque é todo em temas como ciência e mesmo espiritualidade. E
tudo ficou muito bem feito, bonito, mas com um enfoque mais simples no encarte.
Um lindo trabalho de Stefan Heilemann, diga-se de passagem.
Destaques musicais:
11 canções aguardam o ouvinte. Cada uma delas é uma gema
preciosa, ainda mais com as presenças de convidados Elize Ryd (do AMARANTHE),
Mark Basile (DGM), Sascha Paeth (produtor musical e membro do AVANTASIA) e Arne
Wiegand (do SANTIANO).
“Phoenix Rising” abre o disco com uma mistura de momentos
sinfônicos e partes cheias de mudanças de tempo com jeito de Prog Metal (os
vocais estão perfeitos, com boa diversidade de timbres e uma interpretação
linda, e sem mencionar os corais, os vocais femininos e backing vocals e alguns
toques de Ethnic Music), seguida pela grudenta e moderna “D.N.A. (Demon and
Angel)” (recheada por guitarras excelentes, refrão marcante e teclados
grandiosos). Com um jeito Prog/Rock eclético à lá QUEEN vem “Zero Gravity”
(baixo e bateria mostram bastante sua técnica e pegada pesada). A beleza e
classe dos pianos dá um toque extra de classe sinfônica à “Decoding the
Multiverse” (cheia de contrastes de momentos mais lentos com outros
grandiosos). Em “I Am”, mais contrastes de luz e sombras (ou seja, mudanças de
momentos mais introspectivos e outros mais pesados), rica em elementos
sinfônicos e modernos (e outra aula dos vocais). Em “Arcanum (Da Vinci’s
Enigma)”, temos uma canção cantada em italiano (como foi em “Amata Immortale”),
pesada e sinfônica, permeada por guitarras ótimas e teclados que criam ótimas
ambientações. E o cover da banda para “Oceano”, do cantor norte-americano Josh
Groban é linda e encaixou no contexto musical do disco (e que a termo de
curiosidade, se encontra em “Closer”, segundo disco do cantor, lançado em
2003).
Todas são ótimas, mas estas se destacam.
Conclusão:
Aos fãs que vierem buscando algo do passado do RHAPSODY OF
FIRE, melhor desistirem. “Zero Gravity (Rebirth and Evolution)” é mesmo uma
nova gênese para Luca e Fabio.
Mas aos que possuem bom gosto, ouça e aproveitem essa viagem
metafísica em formato Symphonic Metal.
Nota: 10,0/10,0
Texto: “Metal Mark” Garcia
Phoenix Rising
Zero Gravity