2017
Selo: Shinigami Records
Nacional
Nota: 10,0/10,0
Tracklist:
1. However It May End
2. Zero Days
3. Off the Grid
4. Divide and Conquer
5. Forced Into Tolerance
6. Interbeing
7. Blood Out of Stone
8. Operation of the Moral Law
9. The Whispers
10. Self Righteous Indignation
11. Rulers of the Collective
12. Compulsive Future Projection
13. Wasting of the Dawn
14. Reasons to Be Fearful
Banda:
Tommy Victor - Guitarras, vocais
Mike Longworth - Baixo, backing vocals
Art Cruz - Bateria
Contatos:
Site Oficial: http://prongmusic.com/
Facebook: https://www.facebook.com/prongmusic
Twitter: https://twitter.com/prongmusic
Instagram: https://www.instagram.com/prongtheband/
Bandcamp: https://prong.bandcamp.com/
Assessoria:
E-mail:
Por Marcos “Big Daddy” Garcia
No cenário Metal mundial, existem bandas tão lendárias e de status “Cult” que, quando lançam discos, podem não vender como as bandas do mainstream, mas fazem trabalhos tão sublimes quanto, quando não as ultrapassam em termos de qualidade musical. E talvez o mais influente e importante desses grupos Cult seja o trio PRONG, de Nova York (EUA). E nem se passou um ano e meio desde “X - No Absolutes”, e lá o grupo com um novo trabalho, o excelente “Zero Days”.
A fase criativa dessa gangue está ótima, já que a mistura de Thrash Metal e Hardcore com timbres e elementos Industriais, além de toques de Groove, está afiadíssima. Mesmo com a substituição de Jason Christopher por Mike Longworth (que já havia passado pelo trio entre 2003 e 2006), a força bruta e cheia de energia do disco não foi afetada. Aliás, em relação ao seu antecessor, “Zero Days” soa ainda mais agressivo, pesado e menos experimental, mas é de um bom gosto e consensualidade com o estilo do grupo, só um pouco mais bem esmerado. Ou seja, o grupo trabalhou duro e chega com mais um disco de primeira.
Novamente, o guitarrista/vocalista e líder do grupo, Tommy Victor, que desta vez teve a ajuda de Chris Collier na engenharia de som e na produção (e ele ainda mixou e masterizou o álbum). A sonoridade resultante é polida e translúcida, com timbres muito agressivos e secos (reparem bem como as guitarras estão bem pesadas), e o grupo soa compacto e abusivamente pesado. É bom tomarem cuidado com os ouvidos, já que a carga sonora de “Zero Days” é massiva e bruta!
A arte gráfica de Sebastian Rohde ficou de primeira, com uma capa crítica, e um layout mais simples, mas funcional e que se enquadra na crítica azedadas letras. É quase uma charada, que fica para o leitor decifrar.
Em “Zero Days”, o PRONG veio para triturar ossos com sua música bruta e moderna, que nunca soa datada, mas viva e agressiva até a alma. Como dito acima, por soar mais agressivo e direto que seu antecessor, o que os leva ao lado mais “hardcorizado” de sua música. Tanto o é que a duração média das canções não ultrapassa os 4 minutos. Mas é tempo suficiente para percebermos que o trio criou mais um disco fantástico, bem arranjado, e muito empolgante. E ponham no molho as participações especiais de Fred Ziomek nas guitarras adicionais em “Ruler of the Colletive”, e nas guitarra solo temos Chris Canella em “Interbeing”, Greg Harrison em “Zero Days”, e Marzi Montazeri em “Operation of the Moral Law”, além dos backing vocals de Steve Hernandez, Justin “Rodan” Manning, Jason Williams e Chris Collier.
A ultra-agressiva e moderna “However It May End” com seu andamento veloz (mostrando uma base rítmica coesa e pesada), o massacre de riffs impostos na também veloz “Zero Days”, a mistura de Hardcore com sonoridades modernas de “Off the Grid” (preenchida por uma ambientação abrasiva, com muitos “inserts” Industriais), as melodias sedutoras e evolventes de “Divide and Conquer”, o tanque de guerra Crossover de “Forced Into Tolerance” e seu refrão empolgante (os vocais são sensacionais), as linhas melódicas introspectivas e quase melancólicas de “Blood Out of Stone”, o bombardeio de riffs ganchudos em “Operation of the Moral Law” (como as guitarras estão ótimas no disco todo!), a acessibilidade moderna e provocante de “The Whispers” (permeada por um trabalho rítmico ótimo), a crueza dura e direta de “Self Righteous Indignation”, e as linhas melódicas caprichadas dos vocais em “Compulsive Future Projection” e “Wasting of the Dawn” formam uma lista das melhores músicas, embora o disco inteiro seja maravilhoso. E como de praxe, a Shinigami Records nos brinda com uma versão brasileira exclusiva, já que temos a faixa-bônus “Reasons to Be Fearful”, que apesar do peso mamutesco das guitarras e da base rítmica, possui linhas melódicas bem pegajosas e um refrão daqueles que se ouve e não se esquece mais.
Um disco que mostra a essência de uma banda que sempre está adiante de seu tempo, pois o PRONG é assim. Logo, comprem e ouçam esse que é um dos melhores discos do ano!
PRONG é vida!