Ano: 2019
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Nacional
Tracklist:
1. Disorder
2. Quietus
3. No
Garden
4.
Dissolution
5. Mucamba
Banda:
Marcelo Paes - Vocais
Tales Ribeiro - Guitarras
Rodrigo Kolb - Guitarras
Roberto Greboggy - Baixo
André Prevedello - Bateria
Ficha Técnica:
Contatos:
Site Oficial: http://www.dogmablue.com
Instagram: https://www.instagram.com/dogmablueofficial
Assessoria: http://roadie-metal.com/press/ (Roadie Metal
Press)
E-mail: contact@dogmablue.com
Indicação: fãs de Metal Tradicional, Hard Rock clássico dos anos 70, e outros
Texto: “Metal Mark”
Garcia
Introdução:
Cada vez mais as bandas de Metal estão investindo em
gravações muito cedo, sem lhes dar o devido tempo de amadurecer as ideias. Em
um mundo onde tudo se tornou sinônimo de “ser o mais veloz” em termos de tudo,
grupos jovens acabam indo cedo demais para o estúdio, o que pode resultar em um
resultado ruim.
Mas no caso do quinteto curitibano DOGMA BLUE, isso não
chega a ser algo grave. Embora “Quietus”, seu primeiro EP, mostre pontos que
necessitem de amadurecimento, já se tem a clara visão de seu potencial.
Análise geral:
Apesar de ainda bem jovem, o quinteto é composto de músicos já
com calos da experiência. E por isso, percebe-se uma banda que possui
influências musicais bem diversificadas que acabam se calcificando em algo que
fica entre o Metal tradicional com algo de Thrash/Groove Metal. E isso foge ao
modelo que tantos adotam no Brasil (onde ou se quer ser da NWOBHM ou do Thrash
Metal alemão), o que deixa claro que o grupo tem personalidade. Aliás, é
preciso dizer que melodia, feeling e alguma dose de agressividade, fórmula já
bem batida, nas mãos deles ganham uma energia e frescor novos, além dos refrães
serem muito bons.
O que precisa amadurecer: os vocais podem ser trabalhados de
forma melhor (a voz é boa, só precisa mesmo de mais ensaios para encaixar em
100% na base instrumental), mas alguns ensaios e shows devem colocar tudo nos
lugares.
Arranjos/composições:
Eis o ponto onde o quinteto ganha pontos: eles sabem
arranjar suas músicas muito bem.
O que guia a banda é o feeling, e não a necessidade de
exibir virtuosismo. Logo, a consequência é óbvia: melodias espontâneas, técnica
em nível sóbrio, além de ótimas mudanças de ritmo e ambientações.
Qualidade sonora:
Em termos de sonoridade, “Quietus” fica devendo um pouco.
Por terem tentado buscar algo mais seco e que evidenciasse a
agressividade, a impressão em certos momentos é de algo oco. Está pesado, claro
e inteligível, mas carece de algo mais pesado e mesmo moderno, pois o trabalho
deles pede isso.
Não está ruim, longe disso, mas poderia ser bem melhor.
Arte gráfica/capa:
Nesse ponto, a banda caprichou.
O uso da capa com uma paisagem desolada pela guerra é um
artifício sempre interessante, e o esmero ao usar o formato Digipack, foto com tudo
correto.
Destaques musicais:
A musicalidade híbrida e espontânea da banda rende muitos
pontos, justamente porque é livre de concepções ou ideias desgastadas pelo uso.
“Disorder” é cheia de peso e agressividade, mas apresentando
uma estética simples e elegante de baixo e bateria (basta olhar as debulhadas
em vários momentos), enquanto “Quietus” possui uma vibração suja que lembra um
pouco o Hard Rock dos anos 70 (embora no peso das guitarras seja evidente uma
forte dose de groove noventista), elementos que também permeiam a ambientação
azeda e “sabbathica” de “No Garden” (que foi o primeiro Single da banda,
lançado ano passado). Em “Dissolution”, aquela famosa fórmula de ‘início
balada, peso e agressividade de certo ponto em diante’, que funciona muito bem
com o grupo. E “Mucamba” tem um jeito Hard ‘n’ Heavy de primeira, com algo de
acessibilidade em alguns momentos.
Pode-se assim aferir que “Quietus” é um bom lançamento,
acima da média.
Conclusão:
Se “Quietus” ainda não revela todo o potencial do grupo, é
certo que o DOGMA BLUE pode ser considerado uma revelação do cenário. É só
aparar algumas arestas, acertar os vocais, e sai debaixo!
No mais, sejam bem vindos, e boa sorte!
Nota: 7,7/10,0
Quietus
No Garden
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