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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

HEADBANGER FEST - NERVOSA, SIRIUN, VORGOK


Data: 10/10/2017
Local: La Esquina
Cidade: Rio de Janeiro (RJ)

Assessoria: - - -

Fotos: Joseph Silva (Joseph Silver Photographer)
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Um domingo quente, já mostrando as altas temperaturas que esperam a cidade do Rio de Janeiro neste verão que se aproxima. Mas nem por isso o Headbanger Fest, evento marcado para o dia, deixou de ter um público muito bom. Sinal que o cenário da cidade está, depois de muitos problemas e um clima tenebroso, se recuperando aos poucos.

No evento, 3 bandas: a revelação do Thrash Metal carioca VORGOK (RJ), o Extreme Progressive Metal do SIRIUN (RJ), e as rainhas do Thrash Metal nacional, o NERVOSA (SP).

Este autor ainda não conhecia o La Esquina, logo, merece uma descrição. É uma casa muito boa, com aclimatação (tanto que os efeitos do calor da tarde e noite não eram sensíveis em seu interior), três andares e um clima intimista semelhante a um pub. Mas o espaço é muito bom, atende as necessidades de eventos de pequeno e médio porte, e tende a melhorar ainda mais com o tempo.

A organização do evento, feita pela Headbanger Produções, foi um primor: som de boa qualidade, ingressos a preços acessíveis, todo o merchand das bandas disponível logo após a abertura da casa (ponto para as meninas, educadas e com atendimento de primeira), e sem os tradicionais estresses de última hora. Tudo nos conformes e com muito profissionalismo.

Abrindo a tarde, veio o VORGOK.


Edu Lopez(vocais, guitarras), Bruno Tavares(guitarras, backing vocals), João Wilson(baixo) e Marvin “Barba” Tabosa (bateria) mostraram um Thrash Metal cheio de energia, direto e duro, esbanjando uma agressividade enorme.

O VORGOK tem sua referência em nomes como SLAYER, EXODUSe outros nomes mais brutais da Old School do gênero, mas faz suas músicas de uma maneira bem particular, e mesmo algumas influências de Death Metal lá dos primórdios, de nomes como CELTIC FROSTe DEATH aparecem aqui e ali. E sim, é cheio de personalidade!

A postura de palco foi um pouco parada pelas dimensões do palco, exceto Bruno que não parava de agitar, um verdadeiro turbilhão de cabelos para todos os lados. Mas o batera Marvin encaixou como uma luva na banda, tendo uma pegada mais brutal e firme, casando bem com o baixo de Wilson. E Edu mostra bom domínio de palco, se comunicando bastante com a plateia.

E ver a banda tocar canções de seu primeiro álbum, “Assorted Evils”, ao vivo, não tem preço. Usando o início de “Mass Funeral at Sea” como introdução, eles entraram em um ritmo insano de peso e velocidade em “Deception in Disguise”, seguida da insana “Hunger” e desceram a marreta, até fecharem com “Man Wolf to Man”.

Um belo set, e uma certeza: o VORGOK é daquelas bandas que todos devem ver uma vez na vida.

Haja pescoço!





Setlist:

1.      Mass Funeral at Sea (intro)
2.      Deception in Disguise
3.      Hunger
4.      Antagonistic Hostility
5.      Last Nail in Our Coffin
6.      Kill Them Dead
7.      Hell’s Portrait
8.      Headless Children
9.      Man Wolf to Man

Depois de um tempinho para beber uma água e aproveitar para respirar, foi a vez do SIRIUN vir mostrar seu trabalho.


Muitos fãs ficaram surpresos com o Extreme Progressive Metal da banda, já que o som não era a mesma proposta das outras. Mas foram bem aplaudidos e seu trabalho conquistou fãs.

Alexandre Castellan(vocais, guitarras), Elvis Damigo(guitarras), Ricardo Amorim (baixo), e Braulio Drumond (bateria) mostram energia e coesão, e vejam que em termos técnicos, o trabalho do quarteto é bem exigente. Mas uma coisa é preciso dizer: ao vivo, o grupo soa mais solto, mais agressivo e cheio de energia que no estúdio. E isso é bom, muito bom.

Alexandre se comunica bem, além de tocar e cantar bem ao vivo, enquanto Elvis fica mais concentrado nas guitarras. Ricardo agita sem parar, é uma casa de força. Já Bráulio, para quem conhece, sabe que é um dos melhores bateristas do Brasil, seguro, tocando com técnica absurda e muito peso.

É perceptível que ao vivo a banda tem boa postura, que também ficou mais limitada pelas dimensões do palco. Mas eles fizeram um show muito bom, baseado nas canções de seu primeiro álbum, “In Chaos We Trust”, mostrando a energia pegajosa de “Intent”, “Spread of Hate” e “In Chaos We Trust”. Mas ainda levaram “Spheres of Madness”, do DECAPITATED. E foram bastante aplaudidos pelo público presente.

Uma banda ótima ao vivo, verdade seja dita!





Setlist:

1.      Intent
2.      Mass Control
3.      Spread of Hate
4.      Infected
5.      Spheres of Madness
6.      In Chaos We Trust
7.      Transmutation

Mais um intervalo para todo mundo poder dar aquela descansada, mas a casa ficou ainda mais cheia quando o NERVOSAse preparava para fechar a noite.


Alguns acertos finais nos equipamentos levaram a banda a atrasar o início de sua apresentação, mas nada grave. Afinal, Fernanda Lira (baixo, vocais), Prika Amaral (guitarras, backing vocals) e Luana Dametto (bateria) compensariam isso com um show abusivamente cheio de energia.

Sim, as Primeiras Damas do Thrash Metal brasileiro mostraram o motivo de serem tão respeitadas fora do Brasil: profissionalismo aliado a músicas de primeira e muita simpatia.

Fernanda é insana no palco, agitando e fazendo caras e bocas que se percebe vir da espontaneidade, fora uma comunicação ótima com o público (e obviamente canta e toca muito bem). Prika é mais concentrada nos riffs e solos, mas também agita bastante. E Luana é uma baterista de boa técnica, mas muito peso (essa moça parece ter mãos e pernas de chumbo, tamanha a força que coloca no tocar o instrumento).

Momento inusitado: alguém dentro da casa imitava um cão latindo perfeitamente, até que outra pessoa começou a cantar “É a NERVOSA”, e o imitador levou os latidos no ritmo do conhecido Rap “Who Let the Dogs Out”, do BAHA MEN. Muito engraçado, divertidíssimo e valeu pelas risadas e descontração.

Musicalmente, a banda revisou o EP “Nervosa”, de 2102, mais os discos “Victm of Yourself” e o mais recente, “Agony”, lançando mão de músicas de todos. “Hypocrisy”, a destruidora “Arrogance”, a clássica “Death!”, além de “Masked Betrayer”, a brutal “Hostages” e “Into Moshpit” fizeram surgir uma roda de slamdancing surgir e durar durante todo o show delas. Merecidamente aplaudidas e ovacionadas, o NERVOSA mostra cada vez mais que a representatividade das mulheres no Metal só faz bem.





Setlist:

1.      Hypocrisy
2.      Arrogance
3.      Surrounded by Serpents
4.      Failed System
5.      Death!
6.      Intolerance Means War
7.      Masked Betrayer
8.      Hostages
9.      Victim of Yourself
10.  Guerra Santa
11.  Theory of Conspiracy
12.  Uranio em Nos
13.  Into Moshpit

No mais, um ótimo evento, com um público muito bom.


Este autor gostaria de agradecer de todo o coração a Guilherme Guerra (da Headbanger Produções) por tornar a cobertura possível, e a Joseph Silva(da Joseph Silva Photographer) por nos conceder autorização para o uso das fotos.

E que venha agora o evento dia 25/02/2018, com KRISIUN, FORCEPS e ENTERRO!

terça-feira, 7 de novembro de 2017

DR. GORI (03/11/2017 – Magé Tênis Clube – Magé/RJ)


Texto/Fotos: Marcos “Big Daddy” Garcia


Feriadões são complicados para o cenário musical, já que no RJ, é comum que grandes parcelas da população se desloquem para a Região dos Lagos do estado. Mas mesmo assim, o quarteto mageense DR. GORI fez sua parte e levou um bom público para as dependências do Magé Tênis Clube na quente sexta-feira, dia 03/11. O quarteto ainda aproveitou para fazer o lançamento oficial de seu DVD.

O público foi de pessoas que conheceram o trabalho de bandas locais como CENTRAL DO BRASIL, COMUM ACORDO, GOOX, ESTADO CRÍTICO e outros da segunda metade dos anos 80. Ou seja, pessoas que gostam do Rock Pop Brasil oitentista, e de bandas internacionais da época.


A noite estava agradável, o clima era quente (mas não sufocante), até que após as 23h00min, Jovani(vocais), Fábio (guitarras), Nideílson (baixo) e Marcelo “Uruba” (bateria) subiram ao palco e começaram sua apresentação.

O repertório do quarteto é composto de covers dos anos 80. Óbvio que o grupo possui canções próprias, mas deu ênfase a versões de bandas como ULTRAJE A RIGOR, LEGIÃO URBANA, BARÃO VERMELHO e outros. Acredito que, por ser um show comemorativo (lembrando: a banda estava lançando seu DVD), ou seja, uma festa onde se dispuseram a divertir o público e se divertirem, eles fizeram esta opção.

Ao vivo, a banda toda é muito coesa e se sai bem. Jovani canta bem, tem boa postura ao vivo e sabe se comunicar com o público, mesmo ponto forte do guitarrista Fábio (bom no que faz, se saindo bem mesmo nos momentos de improvisos). Nideílsoné um ótimo baixista, toca bem, mas precisa urgentemente sair do fundo do palco, ser mais visto pelo público (timidez não faz parte do jogo, meu caro). Já Marcelo na bateria se sai muito bem, com boa técnica e segurando firme o ritmo.


O som estava bom, mas como o Magé Tênis Clube não possui a melhor acústica do mundo, o som da guitarra acabou ficando muito baixo. Sim, o som da banda estava claro, você conseguia ouvir os instrumentos, mas a guitarra estava baixa demais.

O show em si foi bem divertido e com uma boa dose de energia, com o público dançando ao som de músicas como “Por Que Que a Gente é Assim?”, “Nós Vamos Invadir Sua Praia”, além de momentos de participação de metais em alguns covers de LULU SANTOS e PARALAMAS DO SUCESSO. Mas os melhores momentos foram quando tocaram “Último Romântico” e “Lanterna dos Afogados”.


Uma crítica bem pessoal: um setlist mais curto seria bem vindo, além de uma fórmula de 50% do repertório ser de musicais autorais do grupo, e 50% dele de covers. Eu sei que se não houver covers não dá público, pois conheço o público da cidade. Mas teríamos como fazer uma análise um pouco mais profunda.


No mais, uma boa noite, diversão garantida para quem lá esteve no show, dor de cotovelo para quem não foi, e uma alternativa de diversão para quem não quis ficar se espremendo em casas de praia ou hospedarias lotadas em busca de água salgada.


segunda-feira, 21 de agosto de 2017

SHOW: TESTAMENT e PROPHECY (Rio de Janeiro) - 2017


Data: 20/08/2017
Local: Circo Voador
Cidade: Rio de Janeiro (RJ)

Produtora: LiberationMC

Texto e fotos: Marcos “Big Daddy” Garcia


Uma noite e tanto para o cenário carioca!

Sim, mais uma vez, o quinteto Thrasher TESTAMENT veio à cidade, tocando e divulgando seu novo álbum, “Brotherhood of the Snake”, saído no ano passado. E de bônus, ainda tivemos a abertura dos cariocas do PROPHECY.

O Circo Voador é uma casa tradicional do Rio de Janeiro, localizada na Lapa, e hoje é uma das melhores estruturas da cidade em termos de espaço, localização e mesmo atendimento (a segurança da casa realmente ajuda).

Abrindo a noite e honrando a tradição da Guanabara Bay Thrash Metal School, o PROPHECYentrou no palco detonando.

PROPHECY

Junto ao veterano Rogério “Zetro” Avlis (guitarras, vocais), estão Hector Ribeiro (guitarras, backing vocals), Rafael Lobato (bateria) e Roger Avlis (baixo, backing vocals), e mais uma vez, a banda fez um ótimo show!

Rogério é velho conhecido do cenário, faz o show bem solto, e sabe cantar e tocar muito bem, bem como sua postura é ótima e a comunicação a mil. Hector se mantinha um pouco mais parado (já que este foi um dos primeiros shows dele como integrante da banda), ao passo que Roger é uma usina de força no palco (tocando, se movimentando e fazendo ótimos backing vocals), enquanto Rafael Lobato mostra a segurança de sempre na bateria.

Focados em seu Thrash Metal à lá TESTAMENT e EXODUS, o quarteto teve uma qualidade sonora muito boa (embora um pouco seca além do ponto, e os backing vocals nem sempre estavam claros), além de ótimo jogo de luzes. E juntem a isso pedradas à lá “Bay Area Thrash Metal” como “When Insanity Calls”, “Risen from Hell”, “Agony Within”, a clássica “Lying Prophets” (da primeira Demo da banda de 1991, “Dusty Inheritance”), e fecharam com “Evilution”, onde Rogériolevou os fãs à loucura com o final nas guitarras. E cobro deles: está mais do que na hora do sucessor de “Legions of Violence” ser lançado.

Um show curto, mas muito bom.

Setlist PROPHECY:

1. Introdução
2. When Insanity Calls
3. Risen from Hell
4. Empty Life
5. Agony Within
6. Lying Prophets
8. Evilution

 
TESTAMENT

E depois, um tempinho para ir ao banheiro e tomar uma água, já que ninguém é de ferro.

Agora, permitam a este autor lhes dizer algo: se você deseja ter uma banda de Thrash Metal, é pré-requisito assistir um show do TESTAMENT.

Sim, pois algo que e pode dizer do quinteto é que o TESTAMENT é uma das bandas mais divertidas de se ver ao vivo.

Chuck Billycontinua cantando muito bem, com tons ótimos, além de ser extremamente bem humorado (cara feia não é com ele), se comunicar muito bem, além de aproveitar para contar velhas estórias, sempre esbanjando simpatia. Eric Peterson é quase como uma versão Thrash Metal de Malcolm Young: mais concentrado na guitarra, agitando no canto dele o show inteiro, e ajudando nos backing vocals. Já Alex Skolnick é mais solto no palco, se movimentando bastante e com ótima mise en scène, assim como o baixista Steve DiGiorgio, um monstro no palco (toca bem demais, e é extremamente simpático). Já Gene Hoglan é um monstro atrás de seu kit de bateria, tocando com peso e a precisão “metronômica” (ele não perde um tempo sequer). E junte a isso uma coesão absurda, a banda inteira funcionando como um todo.

Obviamente, como a turnê visa divulgar “Brotherhood of the Snake”, tivemos algumas faixas dele tocadas, como a faixa-título (saudada por todos), “The Pale King” e “Centuries of Suffering”. Mas é claro que o quinteto soube fazer um setlist equilibrado e apresentando clássicos de seus discos de sucesso, como “Rise Up” (onde Chuck teve a participação do público em peso no refrão), “Into the Pit” (mais uma vez, Chuckdeu um show a parte, girando o pedestal do microfone como quem está mexendo um cozido na panela), a mais melodiosa “Low”, e uma quadra de ases de uma vez só: “Practice What You Preach”, “Souls of Black”(entre elas, a divertida instrumental “Urotsukidôji”), “The New Order” e o primeiro hit da banda, “Over the Wall”. Eles saíram do palco, mas o público queria mais, então tome: eles voltaram e mandaram ver em “Disciples of the Watch”, outro velho clássico do grupo, e que foi acompanhada pelo público no refrão.

Moshpits? Aos montes o show inteiro. E existe show do TESTAMENT sem isso?

Um grande show, marcante e que realmente divertiu o público. O ponto negativo foi um tapado que jogou água em Steve quando ele estava perto da borda do palco. Educação vem de casa.


Setlist TESTAMENT:

1. Brotherhood of the Snake
2. More Than Meets the Eye
3. Rise Up
4. The Pale King
5. Centuries of Suffering
6. Electric Crown
7. Into the Pit
8. Stronghold
9. Low
10. Practice What You Preach
12. Urotsukidôji
13. Souls of Black
14. The New Order
15. Over the Wall
16. Alone in the Dark

Encore:
17. Disciples of the Watch

Há um ponto final que eu gostaria de citar: os horários. Particularmente este autor gostaria de elogiar os horários adotados, pois possibilitaram que todos os presentes pudessem ficar até o final da apresentação do TESTAMENT sem causar transtornos para quem trabalharia/estudaria no outro dia pela manhã.

No mais, agradecimento à Liberation e à The Ultimate Music - PR (por nos possibilitar esta cobertura), ao Circo Voador, as bandas e ao público que compareceu ao evento.