sexta-feira, 22 de setembro de 2017

QUINTESSENTE - Songs From Celestial Spheres (Álbum)


2017
Selo: Independente
Nacional

Nota: 9,5/10,0


Tracklist:

1. The Belief of the Mind Slaves
2. Delirium
3. A Sort of Reverie
4. My Last Oath
5. Essente
6. Eyes of Forgiveness
7. L'Eternità Offerto
8. Unleash Them
9. Reflections of Reason
10. Matronæ Gaia (Chapter II)


Banda:


André Carvalho - Vocais
Cristiano Dias - Guitarras
Cristina Müller - Vocais, teclados
Luiz Fernando de Paula - Baixo
Leo Birigui - Bateria


Contatos:

Bandcamp:


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Apesar de combalida pelas dificuldades e fragmentada por tantas polêmicas sem fim (e sem necessidade de existirem), a cena do Rio de Janeiro sempre foi berçário para nomes fortes e bandas que se destacam por trabalhos diferenciados. Isso vem da capacidade das bandas da região em fundirem elementos musicais e criarem estilos híbridos, e muitas vezes, bem pessoais. E este é o caso do veterano QUINTESSENTE, da própria cidade do Rio de Janeiro, e que após dois Demos e um Single, finalmente chega com seu primeiro “full-length”, que se chama “Songs From Celestial Spheres”.

Dizer que o trabalho da banda se enquadra no Doom/Death Metal é ser simplório. Percebem-se que nuances de Symphonic Metal e Death Metal melódico à lá Gotemburgo, e mais certas nuances melódicas do Metal tradicional.  Tantos elementos juntos poderiam causar disparidades, mas o quinteto soube lidar com todos eles e transformar tudo em algo coeso, pesado, melodioso e de bom gosto, adornado por lindas passagens de teclados e uma ótima dose de personalidade. Sim, o que eu quero dizer: eles criaram algo deles.

A produção de “Songs From Celestial Spheres” é do próprio quinteto em parceria com Celo Oliveira (que também mixou e masterizou o disco), tudo feito no EstúdioKólera. E uma das virtudes da produção foi não só associar peso, melodia e agressividades em boas proporções, mas não retirar da sonoridade certa crueza, permitindo que a faceta extrema do grupo apareça quando necessário, mas sem destruir a atmosfera do lado mais melodioso. Ou seja: se não está perfeito, está ótimo.

Já a arte é bem simples, com uma capa bem feita por Marcus Lorenzet da Artspell, fazendo uma capa enigmática e um encarte com uma diagramação longe de ser complexa, mas muito bonita e se encaixou bem no contexto musical do grupo.

Uma diversidade enorme de vocais (que passam pelo gutural, gritos rasgados, vozes masculinas e femininas limpas, sempre com amplo espectro de timbres), orquestrações bem feita e estrategicamente postadas, baixo e bateria com bom peso e técnica (com alguns momentos mais evidenciados em suas técnicas individuais), e riffs e solos de guitarras criativos (inclusive com momentos em que timbres mais limpos aparecem muito bem). Estes são os elementos que o QUINTESSENTE tem em mãos e sabe usar com maestria para criar passagens e arranjos excelentes.

E chega até ser um sacrilégio destacar uma ou outra faixa de “Songs From Celestial Spheres”, já que a banda colocou muito de si em todas as canções, todas elas excelentes. Por mera necessidade, destacamos as seguintes canções como pontos altos do álbum: a progressiva, pesada e melodiosa “The Belief of the Mind Slaves” e seus arranjos dinâmicos e que beiram o virtuoso (embora as linhas melódicas sejam bem simples de assimilar, e os solos de guitarras e partes vocais são soberbas); a altamente instigante “Delirium” e seu mix entre Symphonic Metal e Death Metal melódico (preenchida por teclados de primeira e um trabalho de primeira de baixo e bateria); o peso cavalar, agressivo e elegante de “A Sort of Reverie” e suas passagens mais cadenciadas (e que belos vocais femininos); as sedutoras linhas melódicas de “My Last Oath” e sua dose salutar de agressividade (é de empolgar o ouvinte); a agressividade mais evidenciada na elegante e trabalhada “Eyes of Forgiveness” (baixo e bateria trabalham firme, criando ótimas mudanças de ritmo); as partes de vocais e harmonias que regem “L'Eternità Offerto”; a densa e quase acessível “Unleash Them” e seu jeitão mais introspectivo e sinfônico (os duetos vocais são ótimos); e o equilíbrio entre partes introspectivas melancólicas e momentos grandiosos de “Matronæ Gaia (Chapter II)”. Ao final da audição, você fica se perguntando como diabos uma banda tão boa assim levou tanto tempo para lançar seu primeiro disco!

Definitivamente, em termos de Metal nacional, o QUINTESSENTE é uma das grandes revelações, e que “Songs From Celestial Spheres” seja o primeiro em uma sucessão de muitos excelentes trabalhos do grupo.



MUGO - Race of Disorder (Álbum)


2017
Selo: Independente
Nacional

Nota: 9,4/10,0


Tracklist:

1. Race of Disorder
2. Seeds of Pain
3. Corruption
4. Sanguessugas
5. Deliverance
6. Think Twice
7. Terra de Ninguém
8. Elo Quebrado


Banda:


Pedro Cipriano - Vocais
Guilherme Aguiar Leal - Guitarras
Faslen de Freitas - Baixo
Weyner Henrique - Bateria


Contatos:

Site Oficial:
Twitter:
Instagram:


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Por conta da mente estreita que muitos vivem nos dias de hoje, o público do Metal tende a ver apenas 3 estados com cenas consolidadas: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mas há muitos anos, isso deixou de ser uma verdade, já Sul, Nordeste, Norte e o Centro-Oeste. No último, Goiás tem se mostrado extremante fértil, e de Goiânia, vem o quarteto MUGO, um experiente grupo com 11 anos de muitas lutas no underground. E em testemunho de sua força, temos em mãos seu terceiro trabalho, o ótimo “Race of Disorder”.

Em termos de estilo, o quarteto foca suas energias para criar um Death/Thrash Metal insano e feroz. Mas diferente de muitos, o enfoque deles é moderno, brutal e pesado, aglutinando alguns elementos mais brutais e intensos, tanto que os menos acostumados sentirão dores de ouvidos agudas. Mas é empolgante e cheio de energia, com vocais que variam entre timbres mais guturais e outros esganiçados, riffs de guitarra trabalhados e com solos com boas doses de melodia, e uma sessão rítmica ótima, mostrando que baixo e bateria possuem boa técnica, mas são coesos e capazes de serem muito pesados. E juntem a isso um pouco daquele groove azedo e abrasivo dos estilos mais modernos.

Apocalipse feito música, é isso que o MUGO se mostra!

O produtor de “Race of Disorder” é Ciero da Tribo, e Francisco Arnozan cuidou da mixagem e da masterização. E assim, o nível da qualidade sonora é alto, valorizando o lado moderno e pesado do grupo, mas sem deixar que a agressividade da música afete a clareza sonora. E, além disso, os timbres escolhidos foram ótimos, em especial os das guitarras.

E tanto a arte da capa e layout ficaram de primeira, um trabalho excelente da Xtudo Obze Artwork, em que o uso de tons de marrom, preto e cinzento. Moderno e vibrante visualmente.

E moderno e vibrante também é o trabalho musical do MUGO, que mostra uma facilidade enorme em criar músicas agressivas e brutais, mas com aquela pegada ganchuda que nos prende ao trabalho musical do quarteto. Em termos de arranjos, o grupo caprichou, esmerando e polindo cada canção até estarem todas de alto nível.

“Race of Disorder”é daqueles discos que se ouve de ponta a ponta sem enjoar, e que se mostra bem homogêneo. Mas de suas oito músicas, o fluxo intenso de pura adrenalina de “Race of Disorder” e sua agressividade moderna (com um excelente refrão e belo trabalho das guitarras), o ritmo abafado e azedo de “Seeds of Pain” e suas ótimas incursões no Death Metal (baixo e bateria pegando pesado no grind), a rapidez “hardcorizada” e empolgante de “Corruption”e seus vocais rasgados (e se preparem, pois é moshpit certo), o peso cavalar e “grooveado” das guitarras de “Think Twice”, e o triturador de ossos moderno e arrebatador de “Terra de Ninguém” (curta e grossa, mostra vocais e base rítmica em grande forma).

O MUGO tem música demais para ficar restrito apenas a Goiás, logo, ouça “Race of Disorder” e percebam que mais uma banda de nível internacional surge em nosso país.

TUPI NAMBHA - Invasão Alienígena (EP)


2017
Selo: Independente
Nacional

Nota: 9,4/10,0

Tracklist:

1. Invasão Alienígena
2. Antropofagia
3. Tribo em Guerra
4. Tupi Nambha
5. Galdino Pataxó
6. Feiticeiro
7. Ayahuasca


Banda:


Marcos Loiola - Vocais
Rogerio Delevedove - Guitarras


Contatos:

Site Oficial: www.tupinambha.com.br
Twitter:
Instagram:


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Cada vez mais, as bandas de Metal do Brasil estão buscando temas culturais condizentes com as estruturas étnicas de nosso país. Destaque para os temas que enfocam a cultura indígena do Brasil, tão maltratada e pilhada por muitos. Bandas como ARANDU ARAKUAA, TAMUYA THRASH TRIBE e VOODOOPRIESTtem ajudado nesse processo de revitalização/recuperação da cultura de nossos indígenas. E se juntando ao time, vem o TUPI NAMBHA, de Recanto das Emas (DF), mostrar que tem muito a dar a esta vertente que chamamos de “Brazilian Ethnic Metal” em seu EP de estréia, “Invasão Alienígena”.

De uma forma bem pessoal, o TUPI NAMBHA faz um mix de elementos de várias vertentes do Metal com alguns ritmos do Brasil, algumas percussões indígenas aqui elai, bem como busca usar a língua-mãe dos indígenas com outras em português. Mas é justamente misturando tantos elementos que o grupo mostra personalidade, a capacidade de fugir do ponto comum. Sim, essa dupla conseguiu mostrar personalidade em um trabalho bem diferente, de certa forma, nunca visto.

A produção do EP é do “Dyna Man” Caio Contornesi (“mastermind” do DYNAHEAD), com gravação, mixagem e masterização feitas no BroadBand. E aqui, mais uma vez, uma mistura: a sonoridade soa pesada e clara em boas proporções, mas com alguma crueza. E é justamente ela que dá um toque artesanal e orgânico ao som tribal da dupla. Isso sem mencionar que Caio ainda gravou as partes de baixo e bateria do EP.

Na parte gráfica, mesmo em um projeto de desenhos mais simples, feito pelo estúdio Fábula Ilustrações. E esse trabalho ficou de primeira, ilustrando a resistência indígena na época da descoberta e colonização de nosso país.

Sabendo contrastar melodias e agressividade com um peso constante, o TUPI NAMBHA mostra que veio para ficar, com uma música dinâmica, envolvente e muito bem construída. Arranjos bem feitos, a relação entre as partes vocais, as guitarras, a força rítmica de baixo e bateria, tudo está ótimo, bem planejado e executado da melhor forma possível.

Toda a energia tribal do grupo fluía pelas sete faixas do CD, ora mais agressivo, ora mais ritmado e com swing. Em “Invasão Alienígena”, se sente a aura indígena fluindo das percussões e vocais, sempre com muito peso e bom gosto, mesmo elementos na azeda “Antropofagia” (onde as partes de guitarra são ótimas). Alguns elementos mais progressivos e mudanças de ritmo surgem em “Tribo em Guerra”, rendendo ótimos momentos. Groove e swing vão surgindo nas partes modernas e quase funkeadas de “Tupi Nambha”, que mostra uma base rítmica bem trabalhada e bem percussiva. Influências de Baião, Samba e outros ritmos regionais surgem nas percussões criativas e na viola caipira de “Galdino Pataxó”, que caíram como uma luva nesse Groove intenso que existe nela. Em “Feiticeiro”, o peso das guitarras se faz presente mais uma vez, criando uma aura densa e opressiva sobre este andamento mais cadenciado e cheio de ritmo indígena. Fechando, “Ayahuasca”, que como a anterior, está cheia de um groove adaptado aos ritmos brasileiros, algo mais tribal, pesado e intenso, mostrando ótimos vocais e riffs muito bons.

Seja bem vindo, TUPI NAMBHA. O Brasil precisa de mais bandas como vocês, que nos lembrem de nossa Alma Mater.

ECNEPHIAS present "Gitana" lyric video


Italy's anthemic Dark Metal combo, ECNEPHIAS, have just launched their new video from band's new album "The Sad Wonder Of The Sun".

Enjoy here the lyric video for the song "Gitana": https://youtu.be/44OqnfX8r3Q


The album "The Sad Wonder Of The Sun" released on July 2017 contains 9 songs and it is Mediterranean Dark Metal at 101%, more gothic, murky and darker than ever, and surely the best and most various ever composed by the Lucanian band.

The album can be ordered at: http://smarturl.it/ECNEPHIAS-SUN


Official sites:


"The Sad Wonder Of The Sun" track listing: 

1. Gitana
2. Povo De Santo
3. Sad Summer Night
4. The Lamp
5. Nouvelle Orleans
6. A Stranger
7. Quimbanda
8. Maldiluna
9. You

DARK DESCENT to Release Desolate Shrine's 'Deliverance from the Godless Void' in November


Finnish Death Metal trio DESOLATE SHRINE will release new album "Deliverance from the Godless Void" November 10 on Dark Descent Records. The album's opening track, "The Primordial One," is streaming at https://youtu.be/4q2Ua5RV-pI

It may be DESOLATE SHRINE's fourth album (third on Dark Descent Records) in six years, but the band shows no sign of fatigue on their newest opus. The band continues to erase the already thin line existing between black, death and doom and once again come out of the abyss with their own instantly recognizable style. 

Recorded during 2016 with the same core trio since 2011's debut Tenebrous Towers, this new beast, while no less epic than its predecessors (three of the seven songs featured here are at over eight minutes long) is even more textured and tortured while at the same time highly atmospheric. And while a track like "Unmask the Face of False" may be the heaviest and slowest they've ever done, that doesn't prevent "Demonic Evocation Prayer" from being transfigured by hellish blast beats either. Still, as with each of their albums, DESOLATE SHRINE's latest full-length is to be considered like one big entity, almost like a ceremony if you will, one that demands to be experienced from beginning to end without interruption.

The album artwork was created by L.L. Dan Lowndes mastered "Deliverance from the Godless Void" at Resonance Sound Studio.

Track List:

1. The Primordial One
2. Lord of the Three Realms
3. Unmask the Face of False
4. The Waters of Man
5. The Graeae
6. Demonic Evocation Prayer
7. The Silent Star
8. ...of Hell


Line-up:

L.L. - All instruments
M.T. - Vocals, lyrics
R.S. - Vocals

Contacts:


ROTTING CHRIST - Abyssic Black Cult (Compilação)


2017
Nacional

Nota: 10,0/10,0

Tracklist:

Satanas Tedeum (Demo 1989):

1. The Hills of the Crucifixion
2. Feast of the Grand Whore
3. The Nereid of Esgalduin
4. Restoration of the Infernal Kingdom
5. The Sixth Communion

Ade’s Wind (Demo 1992):

6. Fgmenth, Thy Gift
7. The Fourth Knight of Revelation (1 & 2)

Snowing Still (Promo 1995):

8. Snowing Still
9. One With The Forest
10. The Opposite Bank


Banda:


Necromayhem (Sakis Tolis) - Guitarras, vocais
Mutilator (Jim Patsouris) - Baixo
NecroSauron (Temis Tolis) - Bateria


Convidados:

Morbid (A.K.A. Magus Wampyr Daoloth, George Zacharopoulos) - Teclados em “Fgmenth, Thy Gift” e “The Fourth Knight of Revelation (1 & 2)”


Contatos:

Bandcamp:
Assessoria:


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Existem nomes no cenário que sempre causam um tumulto quando lançam algo novo. Mesmo no underground, alguns nomes notórios tem um enorme apelo junto aos fãs. Especialmente quando falamos em Black Metal, poucas bandas causam tanta excitação como o grupo grego ROTTING CHRIST. E em uma iniciativa toda da Heavy Metal Rock, chega a nossas mãos a compilação “Abyssic Black Cult”, totalmente nacional e que tem alguns trabalhos antigos da banda que ainda são inéditos por aqui.

No caso, “Abyssic Black Cult” trás em si as Demos “Satanas Tedeum” de 1989 (5 canções), “Ade’s Wind” de 1992 (2 canções) e “Snowing Still”, uma Promo da banda de 1995 (3 canções). Esse material, embora não seja de todo novo, são raros e de difícil aquisição. E a Heavy Metal Rock bancou o desafio e criou esta compilação. Sim, ela é exclusiva do Brasil, não possui versão importada. E uma vantagem extra: como as Demos estão no CD em ordem cronológica, podemos perceber como o grupo foi evoluindo de algo cru e tenebroso (e com certa influência do Death Metal) para algo mais elaborado e bem feito, mas ainda sinistro e atmosférico, sem perder sua essência.

Obviamente, a qualidade sonora é bem crua no material de “Satanas Tedeum” e “Ade’s Winds”, e melhora em “Snowing Still”. Óbvio que a compreensão do que a banda está tocando não fica comprometida pela qualidade da gravação, mesmo porque esse material todo é do final dos anos 80 e da primeira metade dos anos 90, quando o acesso a gravações de ponta era custeado em parte (ou totalmente) por gravadoras independentes. E estamos falando de uma banda pioneira de Black Metal, uma das primeiras a ter um contrato com um grande selo (no caso, a Century Media, que se a idéia deste autor está certa, foi conseguido pelo Promo “Snowing Still”). Mas voltando a falar da gravação, se não é perfeita, é honesta e transparece o que a banda pôde fazer naqueles tempos.

A arte é um atrativo à parte. E capa é uma gravura da “Divina Comédia”, já bem conhecida, mas o encarte possui as letras e artes de cada uma das Demos devidamente adaptada, bem fiéis ao que já conhecemos (especialmente a de “Satanas Tedeum”, que muitos conhecem a arte do CD prensado, e não a original em Tape). Inclusive a arte de “Snowing Still” foi usada em versões mais atuais de “Triarchy of the Lost Lovers”.

Musicalmente, o ROTTING CHRIST mostra em cada trabalho como é capaz de evoluir, mas mantendo sua fidelidade às suas raízes musicais. Mesmo nos primeiros passos, em 1989, já dava sinais que chegaria ao ano de 1995 mais evoluído, e consensual com tudo que eles fizeram musicalmente. Esse material é cru e bem agressivo, mas já mostra a aura mórbida e enegrecida do grupo.

Em “Satanas Tedeum”, a sonoridade é evidentemente crua, com a banda ainda carregando muitas influências de Death/Black Metal dos anos 80, embora as linhas melódicas soturnas que moldarão o conhecido “Athenian Black Metal” já estejam claras em “Feast of the Grand Whore”, “The Nereid of Esgalduin” e em “The Sixth Communion”. Já em “Ade’s Wind”, surge aquela sonoridade mais mórbida e climática que serão conhecidas nos discos iniciais da banda, especialmente o “Thy Mighty Contract”, uma vez que “Fgmenth, Thy Gift” e “The Fourth Knight of Revelation (1 & 2)” farão parte do disco em versões mais bem acabadas (sim, existem pequenas diferenças que podem ser notadas nessas versões mais cruas). Já as canções de “Snowing Still” mostram uma musicalidade mais coesa e limpa, com melodias mais próximas ao Heavy Metal tradicional que afloram no “Triarchy of the Lost Lovers”, tanto que as canções “Snowing Still”, “One With The Forest” e “The Opposite Bank” fazem parte do disco (embora não cheguem a ser hinos para os fãs do grupo, como o são “King of a Stellar War”e “The First Field of the Battle”). Repetindo: em “Abyssic Black Cult”, você realmente tem uma visão ampla do quanto o ROTTING CHRIST evoluiu com o tempo, bem como foi importante para construir a sonoridade do Black Metal grego.

Desta forma, tanto por ser algo exclusivo para o mercado brasileiro como pela importância histórica, e pelo ineditismo dessas Demo Tapes no Brasil, “Abyssic Black Cult” é um disco obrigatório.

Eternamente NON SERVIAM!



WAIT HELL IN PAIN: video premiere of "Lost in Silence"


WAIT HELL IN PAIN have today released a brand new videoclip for single 'Lost in Silence', the song taken from the album 'Wrong Desire', that debuted now at #69° iTunes rock chart. 




Contacts: