Ano: 2019
Tipo: Full Length
Selo: Iron Shield Records
Importado
Tracklist:
1. Zest of Scorn
2. Knuckleburger
3. Concrete Jungle
4. You're a Cancer to This World
5. Blazing Heat
6. T.M.N.A.
7. Bird of Prey
8. Nyctophobia
9. Slam Tornado
10. I Never Denied (Excel Cover)
Banda:
Miguel “Texasranger” Teixeira Sousa - Guitarras, vocais
Luc “Lanthanoid Lazer-Dazer” Bohr - Guitarras
Michel “Nippel” Remy - Baixo, vocais
Scott “Thrash” Kutting - Bateria
Ficha Técnica:
Fusion Bomb - Produção
Chris “Zeuss” Harris - Mixagem, masterização
Devon Whitehead - Artwork (capa)
Contatos:
Site Oficial:
Instagram: https://www.instagram.com/fusion_bomb/
Assessoria:
E-mail: fusionbombofficial@gmail.com
Texto: “Metal Mark” Garcia
Introdução:
O Metal é, por essência, um rebelde. Nunca se pensa que ele é algo, apenas se aceita que existe um amplo espectro de ideias e pensamentos que permeiam o mesmo. Se você se acha headbanger e ainda não acordou para esta verdade, está no estilo musical errado.
Aliás, a nova geração do Thrash Metal parece estar antenada com a rebeldia e não aceita rótulos, e de Luxemburgo, eis que surge o promissor FUSION BOMB, um quarteto destruidor de ouvidos que chega com seu primeiro “full length”, o esmaga-ossos chamado “Concret Jungle”.
Análise geral:
Musicalmente, o FUSION BOMB rebusca os valores do Thrash Metal/Crossover dos anos 80, só que dando uma modernizada, ganhando uma velocidade e energia absurda em certos momentos. Basicamente, pode-se dizer que eles pertencem à escola de nomes como EXODUS, D.R.I., NUCLEAR ASSAULT e outros do gênero, ou seja, peso, agressividade e uma carga sonora tão agressiva que chega a doer os tímpanos!
Mas diferente de muitos que só clonam o que já foi feito, o quarteto mostra personalidade, destilando uma forma de música envolvente e capaz de causar dores de pescoço crônicas!
A bem da verdade, os anos de luta no underground ajudaram a polir suas composições. É evidente que não sejam uma banda que foque na técnica, eles sabem criar aqueles arranjos que grudam nos ouvidos e não saem mais. Além disso, calibram muito bem cada refrão, esbanjam melodias bem sacadas e equilibram bastante o peso com a agressividade.
Aliás, é um ciclone de vocais agressivos em timbres normais, riffs e mais riffs excelentes, além de baixo e bateria mostrando uma base rítmica diversificada e pesada. Um deleite aos ouvidos!
Mas não é apenas isso: eles não são de ficar mexendo demais e criando infinitas passagens. Tem horas que são tão diretos que chega a saltar os olhos como conseguem fazer algo tão bom em canções de tão curta duração...
Qualidade sonora:
É algo bem caprichado, pois consegue aliar todos os elementos da Velha Guarda com uma sonoridade moderna e poderosa, mas que não tira a energia crua de suas músicas. Mas isso mostra que não existiram infinitas edições sonoras, muito pelo contrário: parece que só entraram no estúdio, regularam os instrumentos e desceram a lenha sem dó! Mais um trabalho de primeira de Chris “Zeuss” Harris.
Aliás, a escolha dos timbres sonoros foi muito feliz, pois se consegue compreender cada instrumento separadamente.
Arte gráfica/capa:
Quem está acostumado ás velhas capas dos discos de Thrash metal dos anos 80 vai babar nessa. A arte é totalmente retro, um trabalho muito bom de Devon Whitehead.
Destaques musicais:
Rápido e agressivo, mas bem feito e espontâneo, o que se ouve em “Concrete Jungle” é um autêntico ataque de 10 torpedos do mais puro Thrash Metal. E embora o disco inteiro se torne um vício nas primeiras audições, destacam-se:
“Zest of Scorn”: uma canção rica em variações rítmicas, com alternância de velocidade, o que significa que baixo e bateria estão mostrando serviço (além da presença de ótimos backing vocals).
“Concrete Jungle”: mais cadenciada, é outra que a banda mostra sua veia Thrash Metal nos moldes do que é feito na cena de Nova York. E os solos de guitarra são muito bons.
“You’re a Cancer to This World”: Single digital que precedeu o lançamento do disco. Um típico Crossover (inclusive com partes de guitarra que evidenciam isso), com muita agressividade sonora e excelente refrão, e que vai causar polêmica entre os militantes do politicamente correto. Aliás, ótimo isso acontecer, para mostrar que o Metal dispara para cima de tudo e todos!
“T.M.N.A.”: outro Thrash Metal/Hardcore curto e grosso, direto e reto, com ótima alternância entre os timbres vocais agressivos costumeiros e urros guturais. Mas não se enganem: existe boa mudança de tempos nos quase 2 minutos de duração!
“Bird of Prey”: mais lenta e bem trabalhada, é a típica canção para bater cabeça, preenchida por um conjunto de riffs que grudam nos ouvidos e não same mais.
“Slam Tornado”: um coice Crossover bem dado nos tímpanos, com uma energia absurda, bom nível técnico e refrão marcante. Outra em que os vocais e as guitarras mostram excelente forma.
“I Never Denied”: a saideira é uma versão do quarteto para uma velha canção de um dos pioneiros do Crossover norte-americano, o EXCEL, vinda do disco mais famoso deles, “The Joke’s on You” de 1989. E que guitarras!
Conclusão:
Basicamente, o FUSION BOMB é uma das revelações do ano de 2019, mostrando em “Concrete Jungle” que eles estão no mesmo nível criativo que nomes como HAVOK, LAZARUS A.D. e SUICIDAL ANGELS, e que merecem respeito de todos os thrashers.
Além disso, com “You’re a Cancer to This World” (cuja capa está acima) eles mostram que o Metal não é domínio de um discurso político/militante único, não importando o quem quer que seja diga. E isso chama-se liberdade de expressão, logo, acostumem-se à ela.
Nota: 93,0/100,0
You’re a Cancer to This World
Slam Tornado
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