Ano: 2019
Tipo: Full
Length
Nacional
Tracklist:
1. Empathy
2. All You
Need to Know
3. Time to
Live
4. To the
Metal
5. Rise
6. Mother
Angel
7. Shine
Forever
8.
Deadlands
9. Chasing
Shadows
10. No Need
to Cry
Banda:
Kai Hansen - Guitarras, Vocais
Henjo Richter - Guitarras, Teclados
Dirk Schlächter - Baixo, Vocais adicionais em “No Need to
Cry”
Dan Zimmermann - Bateria
Ficha Técnica:
Kai Hansen - Produção, Gravação, Mixagem, Masterização
Dirk Schlächter - Produção, Gravação, Mixagem, Masterização
Hervé Monjeaud - Arte da Capa
Alexander Mertsch - Artwork, Design do Encarte
Michael
Kiske - Vocais em “All You Need to Know”
Corvin Bahn
- Teclados
Nadine
Nottbohm - Vocais Femininos em “All You Need to Know” e “Mother Angel”
Contatos:
Site Oficial: https://www.gammaray.org/en/
Instagram:
Assessoria:
E-mail:
Indicação:
fãs de Heavy/Power Metal, HELLOWEEN, UNISONIC, e outros
Texto: “Metal Mark”
Garcia
Introdução:
O tempo passa e vai erodindo mais e mais certas bandas, por
mais que a formação se mantenha constante. As famosas variações de qualidade
ocorrem em decorrência do desgaste dos músicos entre si, das longas turnês, e
outros fatores. Por isso, apesar do que os mais fanáticos digam, todas as
bandas possuem discos que saíram aquém do que elas realmente podem render.
Um bom exemplo disso é “To The Metal”, décimo disco de
estúdio do quarteto alemão GAMMA RAY, lançado originalmente em 2010, e que
agora é relançado graças a colaboração entre a Shinigami Records e a earMUSIC.
Análise geral:
A verdade é que o grupo, ativo desde 1989, nunca teve muito
espaço para descanso, sempre caindo na estrada (e verdade seja dita: eles são
uma das bandas da Alemanha que mais toca ao vivo pelo mundo), isso sem
mencionar que a formação da banda estava estabilizada desde 1997, o que
representariam 13 anos juntos. Ou seja, certo desgaste já estava acontecendo. E
embora em “To the Metal” ainda se tenha material de alto nível, não está no
nível de clássicos como “Land of the Free” ou “Power Plant”. É muito bom, não
decepciona, mas não é fantástico.
Há pontos positivos, como alguns experimentos interessantes,
como o Groove moderno que aparece em “Empathy”, e o enfoque um pouco mais “Down
Rock” em certas partes de “Mother Angel”. Basicamente, o grupo estava buscando
ampliar seus horizontes musicais e trabalhar de uma forma menos linear em
termos de Heavy/Power Metal.
Arranjos/composições:
Por ter influências externas ao estilo clássico do grupo, “To
the Metal” mostra a banda extremamente afiada, o que também mostra o quanto a
formação estabilizada por mais de uma década ajuda.
Há riqueza de andamentos, momentos mais agressivos e sujos
(como se poder ouvir em “All You Need to Know”), mas no geral, a banda continua
caprichando em melodias com bom nível técnico, refrães marcantes, e um nível de
energia absurdo. Novamente: pode não ser um disco perfeito, mas é muito bom em
termos de arranjos.
Qualidade sonora:
Kai Hansen e Dirk Schlächter cuidaram da produção, gravação,
mixagem e masterização de “To the Metal”, e a sonoridade soa mais artesanal e
seca, o que deixou o disco soando mais agressivo que de costume (uma sacada nos
timbres da bateria mostra isso claramente).
Mas ao mesmo tempo, o nível de clareza sonora é alto,
permitindo que tudo possa ser acessado pelo ouvinte sem problemas.
Arte gráfica/capa:
Hervé Monjeaud é quem assina a arte da capa. O contraste de
cores é bem grande, embora a arte ainda aparente ser simples. Tudo para tentar
ambientar a musicalidade que o disco exibe. Ficou ótimo, diga-se de passagem.
Destaques musicais:
Mais uma vez: embora não possa ser comparado aos clássicos
do grupo, “To the Metal” é um disco bem fácil de gostar, pois as composições
são caprichadas. E as melhores canções para uma primeira audição são:
A veloz e cativante “All You Need to Know” (que mostra o
estilo classic do grupo, com partes velozes contrastando com outras mais
melodiosas, refrão marcante, e mais uma vez, a banda trouxe Michael Kiske para
dar uma força nos vocais, junto com Nadine Nottbohm nos toques femininos, e
mesmo alguns vocais Gothic Rock dão o ar da graça), o alinhavo levemente rascante
de “Time to Live” (um trabalho bem legal de baixo e bateria, com ritmos não tão
velozes ou complexos, e aqueles backing vocals bem grudentos durante o refrão),
a pesada e climática “To the Metal” (o andamento diminui ainda mais de
velocidade, ficando mais pesado, com os vocais fazendo um trabalho ótimo nos
timbres naturalmente esganiçados de Kai), a rica em melodias e mudanças de
ritmo “Rise” (basicamente, o jeito clássico do grupo de fazer música, embora
com guitarras com riffs mais agressivos, embora sem complicar a evolução das
melodias), a pegada mais visceral e voltada ao Rock ‘n’ Roll/Hard Rock de “Mother
Angel” (alguns riffs vão lembrar o trabalho do ACCEPT, e novamente, Nadine dá
um toque de classe com sua voz melodiosa), “Shine Forever” (os timbres mais
agudos dos vocais encaixaram como uma luva na base instrumental, sem falar que
o baixo mostra uma debulhada e tanto no início) e “Chasing Shadows”, ambas
mostrando o clássico jeito GAMMA RAY de ser.
É, o disco é muito bom mesmo.
Conclusão:
Basicamente, “To the Metal” marca o fim da formação que
estava junta desde 1997 (o baterista Dan sairia da banda em 2012), e assim,
pode ser visto como o encerramento de uma era para a banda.
E este lançamento, por sua vez, torna acessível aos fãs sua
aquisição.
Nota: 8,5/10,0
Rise
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