Ano: 2019
Tipo: Full
Length
Selo: Independente
Nacional
Tracklist:
1.
Hellskitchen (intro)
2. Public
Enemy
3. Keep Running
4. 29112013
5. On Your
Mind
6. Hellbound
7. Killing
Myself
8. The Only
Way
9. The
Answer
10. Live
and Let Live
11. We Are
the Hells Crew
Banda:
Gustavo Palito - Guitarra solo, Vocais
Guilherme Patrício - Guitarra base
Rodrigo Barros - Baixo
Guilherme Azzi - Bateria
Ficha Técnica:
Contatos:
Site Oficial: https://www.hellskitchenbrasil.com/
Instagram:
Assessoria:
E-mail: hellskitchenoficial@gmail.com
Indicação: fãs de Stoner Metal/Rock, CATHEDRAL, TROUBLE, SOUNDGARDEN, BLS e similares
Texto: “Metal Mark”
Garcia
Introdução:
Mais e mais, a existência de bandas dedicadas ao Stoner/Rock
Metal e vizinhanças no Brasil se torna evidente. Nomes e mais nomes estão
surgindo em vários lugares do país, mesmo nos mais inesperados. Sinal que o
gênero está em processo de oxigenação, e que pode explodir comercialmente a
qualquer momento.
No Brasil, existem nomes que já são bem conhecidos, como o
finado STATIK MAJIK (que tinha uma vibração bem próxima à do Hard Rock
clássico), COSMIC ROVER, e se juntando a esta turma, vem o HELLSKITCHEN, de
Santa Bárbara D’Oeste (interior de São Paulo)
Análise geral:
Em termos de sonoridade, o quarteto mostra um trabalho que
mescla o peso e energia do Metal tradicional com elementos de Stoner Metal/Rock
e Grunge (ou seja, aquela aura cheia de energia crua e boas melodias de nomes
como MONSTER MAGNET, ALICE IN CHAINS e SOUNDGARDEN). Para muitos pode soar algo
que já foi ouvido em algum lugar, mas a banda tem personalidade, e a tendência
é que algumas arestas, assim que aparadas, resultem em um nome forte para o
cenário.
É melodioso, agressivo e duro, mas sempre agradável, e nem
de longe entediante ou repetitivo.
Arranjos/composições:
Esse “mix” de influências musicais da banda resultam em algo
melodioso, até mesmo acessível, mas quando resolvem rebuscar um pouco mais o
lado Stoner/Grunge, as coisas ficam mais interessantes, pois a dinâmica simples
entre os instrumentos e vocais se transforma em algo mais pessoal.
Arranjos não muito rebuscados tecnicamente, passagens
marcantes, refrães muito bons, contrastes entre passagens pesadas e momentos
introspectivos (como se ouve em “Public Enemy”), solos eficazes, riffs
pegajosos, base rítmica sólida... Sim, o grupo faz um trabalho musical muito
bom.
É um dos aspectos que o grupo pode melhorar.
Não que esteja ruim (longe disso, para ser honesto), mas
aquele equilíbrio entre uma sonoridade orgânica e direta com algo limpo não foi
100% atingido, pois a sonoridade está um pouco seca demais. Óbvio que se
entende o que o grupo está tocando, mas falta aquele toque de crueza essencial
ao que eles fazem.
Arte gráfica/capa:
O desenho da capa é direto, simples e “on your face”, algo
que o encaixa bem na proposta sonora do grupo. Óbvio que este recurso dista de ser
algo novo, mas sempre rende bons frutos quando usado corretamente (o que é o
caso do quarteto).
Destaques musicais:
“We Are the Hells Crew” é um disco que mostra o quanto o
grupo pode oferecer. Se ainda precisam acertar alguns detalhes (como a
compatibilidade dos vocais com o instrumental), mostram energia e espontaneidade
acima da média.
Destacam-se: “Public Enemy” (um típico Heavy Metal
tradicional com influências claras tanto do US Metal como da NWOBHM, com equilíbrio
entre peso e melodias, bons contrastes de ambientações, e baixo e bateria
mostrando boa diversidade rítmica), “Keep Running” (mais refreada, e mostra um
peso enorme e gorduroso com inspiração clara em ALICE IN CHAINS nos vocais e
backing vocals), a variação de partes introspectivas com momentos mais pesados
mostrada em “29112013”, o jeitão Heavy Metal dos anos 80 com uma ambientação
Stoner Rock mostrado em “Hellbound” (belo trabalho de guitarras, inclusive nos
solos), o conjunto de melodias pegajosas
de “Killing Myself”, a pegada mais suja e bruta de “The Answer” (que refrão mais
legal, verdade seja dita), o clima Rock ‘n’ Roll/Hard Rock que permeia “Live
and Let Live”, e o Rock ‘n’ Roll sujo á lá MOTORHEAD apresentado em “We Are the
Hells Crew”. Estas balançam esqueletos até de defuntos!
Conclusão:
“We Are the Hells Crew” é muito bom como primeiro registro,
mas verdade seja dita: o HELLSKITCHEN tem muito a acrescentar.
PS. 1: ainda sobre os vocais: não é uma questão de trocar de
vocalista ou algo do tipo, apenas de certas os timbres de voz.
PS. 2: agradecimentos à Heavy Metal Rock Records por nos enviar uma cópia promocional do CD.
Nota: 8,1/10,0
The Only Way
We Are the Hells Crew
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