Data: 20/08/2017
Local: Circo Voador
Cidade: Rio de Janeiro (RJ)
Produtora: LiberationMC
Assessoria: The Ultimate Music - PR
Texto e fotos: Marcos “Big Daddy” Garcia
Uma noite e tanto para o cenário carioca!
Sim, mais uma vez, o quinteto Thrasher TESTAMENT veio à cidade, tocando e divulgando seu novo álbum, “Brotherhood of the Snake”, saído no ano passado. E de bônus, ainda tivemos a abertura dos cariocas do PROPHECY.
O Circo Voador é uma casa tradicional do Rio de Janeiro, localizada na Lapa, e hoje é uma das melhores estruturas da cidade em termos de espaço, localização e mesmo atendimento (a segurança da casa realmente ajuda).
Abrindo a noite e honrando a tradição da Guanabara Bay Thrash Metal School, o PROPHECYentrou no palco detonando.
PROPHECY |
Junto ao veterano Rogério “Zetro” Avlis (guitarras, vocais), estão Hector Ribeiro (guitarras, backing vocals), Rafael Lobato (bateria) e Roger Avlis (baixo, backing vocals), e mais uma vez, a banda fez um ótimo show!
Rogério é velho conhecido do cenário, faz o show bem solto, e sabe cantar e tocar muito bem, bem como sua postura é ótima e a comunicação a mil. Hector se mantinha um pouco mais parado (já que este foi um dos primeiros shows dele como integrante da banda), ao passo que Roger é uma usina de força no palco (tocando, se movimentando e fazendo ótimos backing vocals), enquanto Rafael Lobato mostra a segurança de sempre na bateria.
Focados em seu Thrash Metal à lá TESTAMENT e EXODUS, o quarteto teve uma qualidade sonora muito boa (embora um pouco seca além do ponto, e os backing vocals nem sempre estavam claros), além de ótimo jogo de luzes. E juntem a isso pedradas à lá “Bay Area Thrash Metal” como “When Insanity Calls”, “Risen from Hell”, “Agony Within”, a clássica “Lying Prophets” (da primeira Demo da banda de 1991, “Dusty Inheritance”), e fecharam com “Evilution”, onde Rogériolevou os fãs à loucura com o final nas guitarras. E cobro deles: está mais do que na hora do sucessor de “Legions of Violence” ser lançado.
Um show curto, mas muito bom.
Setlist PROPHECY:
1. Introdução
2. When Insanity Calls
3. Risen from Hell
4. Empty Life
5. Agony Within
6. Lying Prophets
8. Evilution
E depois, um tempinho para ir ao banheiro e tomar uma água, já que ninguém é de ferro.
Agora, permitam a este autor lhes dizer algo: se você deseja ter uma banda de Thrash Metal, é pré-requisito assistir um show do TESTAMENT.
Sim, pois algo que e pode dizer do quinteto é que o TESTAMENT é uma das bandas mais divertidas de se ver ao vivo.
Chuck Billycontinua cantando muito bem, com tons ótimos, além de ser extremamente bem humorado (cara feia não é com ele), se comunicar muito bem, além de aproveitar para contar velhas estórias, sempre esbanjando simpatia. Eric Peterson é quase como uma versão Thrash Metal de Malcolm Young: mais concentrado na guitarra, agitando no canto dele o show inteiro, e ajudando nos backing vocals. Já Alex Skolnick é mais solto no palco, se movimentando bastante e com ótima mise en scène, assim como o baixista Steve DiGiorgio, um monstro no palco (toca bem demais, e é extremamente simpático). Já Gene Hoglan é um monstro atrás de seu kit de bateria, tocando com peso e a precisão “metronômica” (ele não perde um tempo sequer). E junte a isso uma coesão absurda, a banda inteira funcionando como um todo.
Obviamente, como a turnê visa divulgar “Brotherhood of the Snake”, tivemos algumas faixas dele tocadas, como a faixa-título (saudada por todos), “The Pale King” e “Centuries of Suffering”. Mas é claro que o quinteto soube fazer um setlist equilibrado e apresentando clássicos de seus discos de sucesso, como “Rise Up” (onde Chuck teve a participação do público em peso no refrão), “Into the Pit” (mais uma vez, Chuckdeu um show a parte, girando o pedestal do microfone como quem está mexendo um cozido na panela), a mais melodiosa “Low”, e uma quadra de ases de uma vez só: “Practice What You Preach”, “Souls of Black”(entre elas, a divertida instrumental “Urotsukidôji”), “The New Order” e o primeiro hit da banda, “Over the Wall”. Eles saíram do palco, mas o público queria mais, então tome: eles voltaram e mandaram ver em “Disciples of the Watch”, outro velho clássico do grupo, e que foi acompanhada pelo público no refrão.
Moshpits? Aos montes o show inteiro. E existe show do TESTAMENT sem isso?
Um grande show, marcante e que realmente divertiu o público. O ponto negativo foi um tapado que jogou água em Steve quando ele estava perto da borda do palco. Educação vem de casa.
Setlist TESTAMENT:
1. Brotherhood of the Snake
2. More Than Meets the Eye
3. Rise Up
4. The Pale King
5. Centuries of Suffering
6. Electric Crown
7. Into the Pit
8. Stronghold
9. Low
10. Practice What You Preach
12. Urotsukidôji
13. Souls of Black
14. The New Order
15. Over the Wall
16. Alone in the Dark
Encore:
17. Disciples of the Watch
Há um ponto final que eu gostaria de citar: os horários. Particularmente este autor gostaria de elogiar os horários adotados, pois possibilitaram que todos os presentes pudessem ficar até o final da apresentação do TESTAMENT sem causar transtornos para quem trabalharia/estudaria no outro dia pela manhã.
No mais, agradecimento à Liberation e à The Ultimate Music - PR (por nos possibilitar esta cobertura), ao Circo Voador, as bandas e ao público que compareceu ao evento.
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