Ano: 2019
Tipo: Full
Length
Nacional
Tracklist:
1. Welcome
to Paradise
2. Higher
3. Follow
Me
4. The
Rhythm of Life
5. Time to
Rise
6. Way of
the Light (bonus)
7. Shape
Your Reality
8.
Everyone’s a Star
9. Siren’s
Fall
10. Bring
Down the Mountain
11. Playing
With Fire
12. If
Angels Are Real
13. Even
When
Banda:
Christian
Eriksson - Vocais
Bill Hudson
- Guitarras
Mikael Planefeldt - Baixo
Jimmy Pitts - Teclados
Patrick Johansson - Bateria
Ficha Técnica:
NorthTale - Produção
Jonas Kjellgren - Mixagem, Masterização
Felipe Machado Franco - Artwork
Contatos:
Site Oficial:
Instagram: www.instagram.com/northtaleofficial
Assessoria:
E-mail: northtaleofficial@gmail.com
Indicação: fãs de HELLOWEEN, STRATOVARIUS, GAMMA RAY e Power
Metal em geral
Texto: “Metal Mark”
Garcia
Introdução:
Ao pensar em Power Metal e suas vertentes, é comum vir à
mente países como Alemanha, Itália, Finlândia e Suécia (apesar do Brasil ser um
celeiro e tanto para bandas do gênero). Mas o que poucos sabem é que o rótulo
surgiu primeiramente nos Estados Unidos no início dos anos 80, denotando uma
resposta (no sentido de ser uma consequência, e não uma competição) a NWOBHM. O
rótulo foi usado por um número enorme de grupos (mesmo METALLICA e SLAYER foram
chamados de bandas de Power Metal antes da canonização do Thrash Metal em 1986),
mas muitas já mostravam a pré-disposição para algo que fundisse a velocidade do
nascente Thrash Metal com a técnica refinada do JUDAS PRIEST e IRON MAIDEN,
algo que o HELLOWEEN sedimenta nas duas partes de “The Keeper of the Seven Keys”.
Isso significa que o Power Metal (seja como ele for feito) é
um estilo universal, que abarca todas as nacionalidades possíveis. Por isso, não
chega a ser espantoso ver uma banda como o NORTHTALE, que reúne músicos da
Suécia, Estados Unidos e Brasil, e que acaba de lançar seu primeiro álbum, “Welcome
to Paradise”. E a Shinigami Records junto com a Nuclear Blast Brasil nos
concedem uma versão nacional essa joia.
Análise geral:
De cara, percebe-se que é um Power Metal influenciado por
nomes como HELLOWEEN, GAMMA RAY, BLIND GUARDIAN e outros desse quilate. Mas
como dito, o grupo é um esforço de músicos de 3 países diferentes, e com
experiência de sobra em suas carreiras (passagens por nomes como YNGWIE J.
MALMSTEEN, W.A.S.P., STORMWIND, CIRCLE II CIRCLE, DORO, U. D. O., NIGHTRAGE,
VITAL REMAINS, SAVATAGE, TWILIGHT FORCE, SABATON estão nos currículos dos
membros da banda), começam-se a surgir nuances de Glam/Hard Rock e mesmo Heavy
Metal tradicional no trabalho do grupo.
Sente-se essa fluência de estilos na pegada pesada e
agressiva de certas partes (como se ouve em alguns riffs de “Follow Me”), nos
momentos em que as canções soam mais acessíveis. Basicamente, o quinteto tece
uma colcha de influências sobre o alinhavo do Power Metal clássico.
Se é bom? Pra mais de metro!!!!
Arranjos/composições:
Baseada na experiência de cada integrante e no que pode
contribuir em termos musicais, a diversidade subjetiva das canções de “Welcome
to Paradise” é notada. Por isso os arranjos e detalhes são, muitas vezes, fora
do comum (como a própria faixa-título mostra em algumas partes).
A técnica instrumental da banda é muito boa, mas cede espaço
à criação de melodias pegajosas, refrães de fácil assimilação, e peso na dose
mais correta.
Nesse aspecto, é algo bem clássico: limpo de uma maneira que
até os mínimos detalhes das canções podem ser entendidos. Mas é bom não levarem
isso ao pé da letra, pois existem partes em que não existem guitarras base sob
os solos (“Follow Me” tem essa característica, onde baixo e teclados entram no
lugar de riffs), o que denota uma preocupação em soar o mais próximo do ao vivo
possível. Um trabalho muito bom da banda e de Jonas Kjellgren (que fez a mixagem
e masterização do disco).
Ficou de alto nível, verdade seja dita.
Arte gráfica/capa:
A belíssima arte é do artista colombiano Felipe Machado
Franco (vocalista do THUNDERBLAST), que fez algo no sentido mais clássico em
termos de arte gráfica para bandas de Power Metal, e o uso de tons de preto,
branco e azul ficou excelente.
Destaques musicais:
Mesmo longe de inovar em termos de Power Metal (em que pese
os elementos musicais mais subjetivos já citados), “Welcome to Paradise” é
pegajoso de uma forma maravilhosa, ou seja, é ouvir e gostar.
A “bicuda na porta” chamada “Welcome to Paradise” abre o disco, com um refrão
marcante, e embora as guitarras puxem para o Power Metal, baixo e bateria dão
uma pegada pesada à lá Heavy Metal tradicional; uma introdução mais sinfônica
dos teclados é o ponto de partida para “Follow Me”, uma canção rica em termos
de guitarras (bases, solos e arranjos fantásticos); os toques de dramaticidade
presentes na pesada “The Rhythm of Life” são marcantes (graças às mudanças de
timbres dos vocais); a veloz e pegajosa “Shape Your Reality” (reparem algumas
conduções de baixo e bateria, e vejam a vibração do Metal tradicional); os
toques de US Metal/Hard Glam norte americano que permeiam o peso cavalar de “Everyone’s
a Star” (outro refrão pegajoso de lascar); o peso-pesado e ambientação densa de
“Bring Down the Mountain” (algo não convencional para o estilo, embora os
teclados criem partes que remetam ao gênero e o refrão seja algo típico do
gênero); e o jeito de Power Metal nórdico (ou seja, praticado na Suécia,
Noruega e Finlândia) de “If Angels Are Real”. Estas podem ser vistas como as
melhores para que o ouvinte seja introduzido ao trabalho do quinteto.
Depois,
vira vício!
Conclusão:
Pode-se dizer que, apesar de novato, o NORTHTALE mostra
imenso potencial. E que “Welcome to Paradise” possua vários sucessores, pois
merece!
Nota: 9,1/10,0
Higher
Shape Your Reality
Everyone’s a Star
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