sexta-feira, 29 de novembro de 2019

AXEL RUDI PELL - XXX Anniversary Live


Ano: 2019
Tipo: Duplo ao Vivo
Nacional


Tracklist:

CD1:

1. The Medieval Overture (Intro)
2. The Wild and the Young
3. Wildest Dreams
4. Fool Fool
5. Oceans of Time
6. Only the Strong Will Survive
7. Mystica (incl. Drum Solo)
8. Long Live Rock

CD2:

1. Game of Sins/Tower of Babylon (incl. Keyboard Solo)
2. The Line
3. Warrior
4. Edge of the World (incl. Band Introduction)
5. Truth and Lies
6. Carousel
7. The Masquerade Ball/Casbah
8. Rock the Nation


Banda:


Johnny Gioeli - Vocais
Axel Rudi Pell - Guitarras
Ferdy Doernberg - Teclados, Backing Vocals
Volker Krawczak - Baixo
Bobby Rondinelli - Bateria


Ficha Técnica:

Anton Kabanen - Produção, Mixagem, Gravação
Emil Pohjalainen - Masterização
Roman Ismailov - Artwork


Contatos:

Site Oficial: www.axel-rudi-pell.de
Instagram:
Assessoria:
E-mail:

Indicação: fãs de Hard Rock clássico, RAINBOW, YNGWIE MALMSTEEN, e outros


Texto: “Metal Mark” Garcia


Introdução:

Seguir uma carreira musical que chegue aos 30 anos não é algo simples. Em meio a problemas como o combalido mercado musical de hoje, aos problemas em manter formações estáveis, e mesmo o desânimo e o tédio causados pela rotina em se manter ativo, conseguir passar uma década na ativa é um feito enorme, quanto mais 3 décadas!

Óbvio que o guitarrista alemão Axel Rudi Pell é um autêntico herói nesse quesito, mantendo-se na ativa apesar de todos os problemas. E é por isso que é respeitado dentro do cenário. E comemorando seus 30 anos de muitos discos excelentes e turnês marcantes, vem o duplo CD ao vivo “XXX Anniversary Live”, que acaba de sair no Brasil pela Shinigami Records, tanto em digipack como jewelcase.


Análise geral:

Como já dito, manter uma banda na estrada (e ativa) por 30 anos é marca de quem sabe o que quer fazer da vida. Nisso, Axel sempre se rodeou de músicos de alto nível.

Agora, é incrível como o Hard Rock/Classic Rock do grupo funciona bem ao vivo, e mesmo em tempos em que “overdubs” e infinitas edições digitais surgem em registros do tipo, este duplo ao vivo mantém uma forte aura de “aovivocidade”, ou seja, se percebe que não há muitas correções. É o quinteto fazendo sua parte, mostrando peso, entrosamento e classe.

Além disso, a presença de solos de bateria e teclados, bem como a apresentação dos integrantes, dá um toque clássico.


Repertório:

O que pode pôr tudo a perder, ou ganhar o jogo, em termos de discos ao vivo é o “setlist” escolhido.

Mas para quem acompanha a carreira do alemão e sua banda, é claro que já sabe que “XXX Anniversary Live” é o terceiro disco ao vivo da banda (e segundo disco duplo, já que “Made in Germany”, de 1995, é um CD simples). Além do mais, é preciso entender que o disco foi gravado durante a turnê de divulgação de “Knights Call”, de 2018, logo, nem é preciso dizer que boa parte do material dele se encontra aqui. Mas alguns clássicos como “Casbah” e “Carousel” também estão aqui.

Ou seja, o repertório é muito, muito bom!


Axel Rudi Pell ao vivo
Qualidade sonora:

Como já é de praxe, Axel produziu “XXX Anniversary Live”, tendo Ralf Speitelna captação das canções, Thomas Geiger na mixagem e Ulf Horbelt na masterização.

Mas diferentemente de muitos, a opção foi de fazer a sonoridade desse disco ao vivo ser realmente ao vivo, sem aquela coisa mecânica e fria que vem de infinitos remendos e overdubs. Se eles existem, são quase imperceptíveis.

Ah, sim: apesar do feeling claramente orgânico, tudo pode ser ouvido claramente nos mínimos detalhes. Se soa ao vivo e espontâneo, o faz com uma qualidade ótima.


Arte gráfica/capa:

A capa de Holger Fichtner é muito bonita, e embora simples em termos de contrastes, é elegante como já virou uma “trademark” do grupo. E no encarte, uma declaração de Axel, bem como vem recheado de ótimas fotos dos shows, e mesmo imagens de cartazes. Um belo design feito por Kai Hoffmann.


Destaques musicais:

Um disco ao vivo se deve observar como um todo, para ver como a banda e público reagem, a energia gerada por ambos. E pelo que se ouvem nessas gravações feitas em várias cidades da Europa (Bochum e Budapeste são duas delas), os fãs foram ao êxtase.

Basicamente, no CD 1, é para se aplaudir a performance da banda em momentos como “The Wild and the Young” (belíssimo trabalho de guitarras, tanto nos riffs como nos solos), a melodiosa e cativante “Wildest Dreams” (belo refrão e vocais em uma pegada pesada à lá Classic Rock dos anos 70), a pesada e climática “Fool Fool”, o peso mamutesco e elegante de “Only the Strong Will Survive”, a longa “Mystica” (baixo e bateria fazendo bonito, especialmente por conta do solo de Bobby Rondinelli), e a excelente “Long Live Rock” (outra em que os vocais estão muito bem).


Já no CD2, o jeito mais acessível de “The Line” (bela introdução de teclados, inclusive), a selvageria encorpada de “Warrior” (um super Hardão, com guitarras lindas em termos de melodias), a curta e cativante “Truth and Lies” (uma instrumental excelente), a mistura do jeito acessível do Hard Rock com peso de “Carousel”, e a saideira com jeitão Classic Rock de “Rock the Nation” são de fazer o queixo cair.

Bom é apelido!


Conclusão:

Axel Rudi Pell é muito respeitado fora do Brasil (aqui, nem tanto, já que a fragmentação do cenário por conta de estilos e visões ideológicas prejudica muito qualquer artista), e tanto os fãs mais antigos como os mais novos vão babar por “XXX Anniversary Live”.

Ah, sim: eis um tutorial de como fazer um disco ao vivo de verdade!


Nota: 9,0/10,0

  
Only the Strong Will Survive

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