Ano: 2019
Tipo: Duplo ao Vivo
Selo: Shinigami Records
Nacional
Tracklist:
CD1:
1. The
Medieval Overture (Intro)
2. The Wild
and the Young
3. Wildest
Dreams
4. Fool
Fool
5. Oceans of
Time
6. Only the
Strong Will Survive
7. Mystica
(incl. Drum Solo)
8. Long
Live Rock
CD2:
1. Game of
Sins/Tower of Babylon (incl. Keyboard Solo)
2. The Line
3. Warrior
4. Edge of the
World (incl. Band Introduction)
5. Truth and
Lies
6. Carousel
7. The
Masquerade Ball/Casbah
8. Rock the
Nation
Banda:
Johnny Gioeli - Vocais
Axel Rudi Pell - Guitarras
Ferdy
Doernberg - Teclados, Backing Vocals
Volker
Krawczak - Baixo
Bobby Rondinelli - Bateria
Ficha Técnica:
Anton Kabanen - Produção, Mixagem, Gravação
Emil Pohjalainen - Masterização
Roman Ismailov - Artwork
Contatos:
Site Oficial: www.axel-rudi-pell.de
Instagram:
Assessoria:
E-mail:
Indicação: fãs de Hard Rock clássico, RAINBOW, YNGWIE
MALMSTEEN, e outros
Texto: “Metal Mark”
Garcia
Introdução:
Seguir uma carreira musical que chegue aos 30 anos não é
algo simples. Em meio a problemas como o combalido mercado musical de hoje, aos
problemas em manter formações estáveis, e mesmo o desânimo e o tédio causados
pela rotina em se manter ativo, conseguir passar uma década na ativa é um feito
enorme, quanto mais 3 décadas!
Óbvio que o guitarrista alemão Axel Rudi Pell é um autêntico
herói nesse quesito, mantendo-se na ativa apesar de todos os problemas. E é por
isso que é respeitado dentro do cenário. E comemorando seus 30 anos de muitos
discos excelentes e turnês marcantes, vem o duplo CD ao vivo “XXX Anniversary
Live”, que acaba de sair no Brasil pela Shinigami Records, tanto em digipack como jewelcase.
Análise geral:
Como já dito, manter uma banda na estrada (e ativa) por 30
anos é marca de quem sabe o que quer fazer da vida. Nisso, Axel sempre se
rodeou de músicos de alto nível.
Agora, é incrível como o Hard Rock/Classic Rock do grupo
funciona bem ao vivo, e mesmo em tempos em que “overdubs” e infinitas edições
digitais surgem em registros do tipo, este duplo ao vivo mantém uma forte aura
de “aovivocidade”, ou seja, se percebe que não há muitas correções. É o
quinteto fazendo sua parte, mostrando peso, entrosamento e classe.
Além disso, a presença de solos de bateria e teclados, bem
como a apresentação dos integrantes, dá um toque clássico.
Repertório:
O que pode pôr tudo a perder, ou ganhar o jogo, em termos de
discos ao vivo é o “setlist” escolhido.
Mas para quem acompanha a carreira do alemão e sua banda, é
claro que já sabe que “XXX Anniversary Live” é o terceiro disco ao vivo da
banda (e segundo disco duplo, já que “Made in Germany”, de 1995, é um CD
simples). Além do mais, é preciso entender que o disco foi gravado durante a
turnê de divulgação de “Knights Call”, de 2018, logo, nem é preciso dizer que
boa parte do material dele se encontra aqui. Mas alguns clássicos como “Casbah”
e “Carousel” também estão aqui.
Ou seja, o repertório é muito, muito bom!
Como já é de praxe, Axel produziu “XXX Anniversary Live”,
tendo Ralf Speitelna captação das canções, Thomas Geiger na mixagem e Ulf
Horbelt na masterização.
Mas diferentemente de muitos, a opção foi de fazer a
sonoridade desse disco ao vivo ser realmente ao vivo, sem aquela coisa mecânica
e fria que vem de infinitos remendos e overdubs. Se eles existem, são quase
imperceptíveis.
Ah, sim: apesar do feeling claramente orgânico, tudo pode
ser ouvido claramente nos mínimos detalhes. Se soa ao vivo e espontâneo, o faz
com uma qualidade ótima.
Arte gráfica/capa:
A capa de Holger Fichtner é muito bonita, e embora simples
em termos de contrastes, é elegante como já virou uma “trademark” do grupo. E
no encarte, uma declaração de Axel, bem como vem recheado de ótimas fotos dos
shows, e mesmo imagens de cartazes. Um belo design feito por Kai Hoffmann.
Destaques musicais:
Um disco ao vivo se deve observar como um todo, para ver
como a banda e público reagem, a energia gerada por ambos. E pelo que se ouvem
nessas gravações feitas em várias cidades da Europa (Bochum e Budapeste são
duas delas), os fãs foram ao êxtase.
Basicamente, no CD 1, é para se aplaudir a performance da
banda em momentos como “The Wild and the Young” (belíssimo trabalho de
guitarras, tanto nos riffs como nos solos), a melodiosa e cativante “Wildest
Dreams” (belo refrão e vocais em uma pegada pesada à lá Classic Rock dos anos
70), a pesada e climática “Fool Fool”, o peso mamutesco e elegante de “Only the
Strong Will Survive”, a longa “Mystica” (baixo e bateria fazendo bonito, especialmente
por conta do solo de Bobby Rondinelli), e a excelente “Long Live Rock” (outra
em que os vocais estão muito bem).
Já no CD2, o jeito mais acessível de “The Line” (bela
introdução de teclados, inclusive), a selvageria encorpada de “Warrior” (um
super Hardão, com guitarras lindas em termos de melodias), a curta e cativante “Truth
and Lies” (uma instrumental excelente), a mistura do jeito acessível do Hard
Rock com peso de “Carousel”, e a saideira com jeitão Classic Rock de “Rock the
Nation” são de fazer o queixo cair.
Bom é apelido!
Conclusão:
Axel Rudi Pell é muito respeitado fora do Brasil (aqui, nem
tanto, já que a fragmentação do cenário por conta de estilos e visões
ideológicas prejudica muito qualquer artista), e tanto os fãs mais antigos como
os mais novos vão babar por “XXX Anniversary Live”.
Ah, sim: eis um tutorial de como fazer um disco ao vivo de
verdade!
Nota: 9,0/10,0
Only the Strong Will Survive
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