terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

RHAPSODY OF FIRE - The Eighth Mountain


Ano: 2019
Tipo: Full Length
Importado


Tracklist:

1. Abyss of Pain (instro)
2. Seven Heroic Deeds
3. Master of Peace
4. Rain of Fury
5. White Wizard
6. Warrior Heart
7. The Courage to Forgive
8. March Against the Tyrant
9. Clash of Times
10. The Legend Goes On
11. The Wind, the Rain and the Moon
12. Tales of a Hero’s Fate


Banda:


Giacomo Voli - Vocais
Roberto De Micheli - Guitarras
Alex Staropoli - Teclados, pianos, orquestrações, corais 
Alessandro Sala - Baixo
Manuel Lotter - Bateria


Ficha Técnica:

Alex Staropoli - Produção
Sebastian “Seeb” Levermann - Mixagem, masterização
Alex Charleux - Arte da capa
Raffaele Albanese - Vocais (corais)
Christopher Lee - Narração


Contatos:

Assessoria: 
E-mail: 

Texto: “Metal Mark” Garcia


Introdução: Mudanças de formação, em geral, causam debates apaixonados entre os fãs. E a tendência é que eles nunca sejam de todo superados (podem ver a questão OzzyX Dio quando se fala de vocais no BLACK SABBATH), mas ao mesmo tempo, surpresas podem surgir quando isso venha a ocorrer. “The Eighth Mountain”, novo disco do quinteto italiano RHAPSODY OF FIRE chega em um momento em que o grupo andou sendo contestado por seus fãs mais antigos.

Mas o disco em si daria espaços para tantas críticas assim?

Análise geral: Antes de tudo, é necessário deixar claro que é óbvio que a saída do vocalista Fabio Lione em 2016 causou frissons extremos em muitos. O que se pode aferir é que o grupo não se deixou abalar, e que Giacomo Voli tem uma voz excelente, que se encaixou muito bem no trabalho musical do grupo, pois tem uma ótima diversidade de timbres (vai de agudos altos a passagens onde sua voz natural flui haroniosamente).

O que fica óbvio: a entrada de Giacomo não alterou o Power Metal épico do grupo, grandioso pelo uso de ótimas orquestrações dos teclados (Alexcontinua sendo um mestre nisso). O grupo aparenta também estar mais agressivo em alguns momentos (onde o foco passa a ser a guitarra de Roberto de Micheli), mas ao mesmo tempo, com ótima diversidade de ritmos (os novatos Alessandro Sala no baixo e Manuel Lotter na bateria são ótimos).

Logo, resta dizer que “The Eighth Mountain” dá continuidade à tradição musical do quinteto.

Arranjos/composições: Em termos de estilo, o grupo não mudou tanto assim em relação a tudo que já fez. A quantidade de detalhes minimalistas continua enorme (reparem bem em “Master of Piece”, onde partes de teclados e guitarras criam uma multiplicidade de arranjos incrível), com tudo se encaixando perfeitamente. Algo que o quinteto sempre fez, e sempre mantendo uma pegada melódica cativante, cada refrão polido de forma que os ouvintes assimilem com facilidade.

Ainda soa épico, grandioso, bem trabalhado e com suas doses corretas de peso e agressividade.

Qualidade sonora: O trabalho de Sebastian “Seeb” Levermann (com quem a banda já havia trabalhado em “Legendary Years”, além de ter trabalhos com nomes como ARMORED DAWN) na mixagem e masterização deixou tudo doando claro, mas sempre com as devidas quantidades de peso e agressividade. O que poderia sem melhor são os timbres da guitarra em vários momentos (ficou um pouco “choco” em alguns riffs). A tutela é mais uma vez do líder Alex Staropoli.

De resto, ficou excelente, verdade seja dita.


RHAPSODY OF FIRE
Arte gráfica/capa: O nome do quinteto sempre implica em algo que leva o ouvinte ao universo literário de J. R. R. Tolkien ou George R. R. Martin. E Alex Charleux (outro que já trabalha com o quinteto há algum tempo, tendo feito a arte de “Legendary Years” e para Singles da banda) captou bem a ideia dessa nova saga épica que o grupo chama de “The Nephilim’s Empire Saga” (sim, mais uma vez, temos um trabalho conceitual deles em mãos).


Destaques musicais: O conteúdo musical de “The Eighth Mountain” não tem o mesmo nível de clássicos do grupo como “Legendary Tales” ou “Symphony of the Enchanted Lands”, mas está longe de ser algo ruim. Este é mais um disco de alto nível, recheado de ótimas composições, entre elas:

“Seven Heroic Deeds”: o disco já abre com uma canção com guitarras pesadas, ótimos corais, mas com um peso absurdo graças ao trabalho ótimo de baixo e bateria, mas existem uns toques técnicos bem evidentes Existem suas partes mais melodiosas, e o refrão é um momento épico.

“Master of Peace”: Sabem aqueles corais melódicos que grudam nos ouvidos? Essa canção tem desses em profusão, além de boas melodias.

“Rain of Fury”: é a canção do vídeo de divulgação, logo, é um dos pontos mais fortes do disco. Linhas harmônicas diretas e pegajosas, e maior foco no trabalho dos teclados, mas se os vocais estão perfeitos, mostrando um alcance vocal impressionante. E que refrão!

“Warrior Heart”: aquela típica canção com maior ênfase Folk/Épica, com maior prevalência dos teclados e vocais (e sinceramente, a ambientação introspectiva ficou perfeita).

“March Against the Tyrant”: 9 minutos de pura energia e empolgação, cheia de mudanças de atmosferas (do denso e introspectivo ao veloz e pesado sem pudores). Muita técnica, com passagens perfeitas onde guitarras e teclados criam contrastes musicais grandiosos.

“The Legend Goes On”: o andamento mais comportado permite uma bela evolução dos teclados, mantendo a aura épica em alta. Mas as guitarras estão muito bem, isso sem mencionar o refrão grandioso.

“Tales of a Hero’s Fate”: outra música grande (mais de 10 minutos de duração), recheada por todos os elementos que os fãs da banda já estão acostumados. E se preparem para corais grandiosos, vocais bem colocados e mais mudanças de ritmo.


Conclusão: Com o grupo, não tem erro, pois sabem explorar bem o estilo que delinearam para si mesmos. Além disso, “The Eighth Mountain” vem para provar que o RHAPSODY OF FIRE não depende de seu passado, mas que está pronto para desafios maiores no futuro.


Nota: 91%


“Master of Peace”: http://bit.ly/2EAxYXD



Rain of Fury”: http://bit.ly/2NwsIqD



“The Legend Goes On”: http://bit.ly/2H8q2yt



Spotify


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