quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

DIE APOKALYPTISCHEN REITER - Der Rote Reiter



Ano: 2017 (Lançamento original) / 2019 (Lançamento brasileiro)
Tipo: Full Length
Selo: Shinigami Records / Nuclear Blast Brasil
Nacional


Tracklist:

1. Wir Sind Zurück
2. Der Rote Reiter
3. Auf Und Nieder
4. Folgt Uns
5. Hört Mich An
6. The Great Experience of Ecstasy
7. Franz Weiss
8. Die Freiheit Ist Eine Pflicht
9. Herz In Flammen
10. Brüder Auf Leben Und Tod
11. Ich Bin Weg
12. Ich Nehm Dir Deine Welt
13. Ich Werd Bleiben


Banda:


Fuchs - Vocais, guitarras
Ady - Guitarras
Volk-Man - Baixo
Dr. Pest - Teclados
Sir G. - Bateria


Ficha Técnica:

Eike Freese - Mixagem, masterização, engenharia de som
Alexander Dietz - Mixagem, masterização, engenharia de som, vocais adicionais em “Folgt Uns” e “Franz Weiss” 
Francesca Camilla Rossi - Vocais adicionais em “Die Freiheit Ist Eine Pflicht” e “Brüder Auf Leben Und Tod”
André Eichholz - Vocais adicionais em “Brüder Auf Leben Und Tod”
René Liedtke - Vocais adicionais em “Brüder Auf Leben Und Tod”


Contatos:

Site Oficial: www.reitermania.de
Assessoria: 

Texto: “Metal Mark” Garcia



Introdução: Seguir modelos musicais já estabelecidos é fazer algo que pode ser previsto pelo ouvinte, ou seja, é algo chato, sem surpresas. Nisso, alguns grupos sempre vêm desafiar nossos instintos. Alguns fãs do “mais do mesmo” adoram depreciar quem faz isso, mas para os de mente aberta e que buscam aqueles que criam algo, bandas como experiente quinteto o alemão DIE APOKALYPTISCHEN REITER são preciosas, e saberão como ninguém apreciar a beleza de “Der Rote Reiter”, disco mais recente deles (lançado em 2017) que a Shinigami Records trouxe para o Brasil graças à dobradinha com a Nuclear Blast Brasil.


Análise geral: Se é a primeira vez que o leitor lida com o D.A.R. (usemos uma sigla para ajudar), é bom estar preparado para o nível de ecleticismo. A música do grupo se baseia no uso de elementos das vertentes de Metal extremo, mais a adição de melodias épicas (e mesmo alguns toques de Folk) e leves nuances de Metal Industrial e de sonoridades modernas. Basicamente, é como fosse possível juntar AMON AMARTH, HEAVEN SHALL BURN, IN EXTREMO, SLAYER, RAMMSTEIN, IMPALED NAZARENE, WATAIN e outros dentro de um liquidificador musical, e saísse essa sonoridade forte, vigorosa, pesada, agressiva e permeada de modernidade e bom gosto.

Sim, é algo diferente, inovador e que faz bem aos ouvidos e corações!


Arranjos/composições: É bom que não se prender a uma fórmula de abordagem no que tange “Der Roter Reiter”, pois a todo o momento, algo diferente surge do nada, e tudo vira de ponta a cabeça. A diferença é que eles conseguem fazer tudo soar coeso, consensual e, ao mesmo tempo, rascante e sedutor.

A dinâmica entre os arranjos é perfeita, fundamental para tamanha quantidade de influências resultem em algo sólido. Não é apenas juntar um quebra-cabeça sonoro tão diversificado, mas fazê-lo funcionar. E isso eles fazem com maestria.


DIE APOKALYPTISCHEN REITER
Qualidade sonora: O quinteto produziu o trabalho em colaboração com a dupla Eike Freese e Alexander Dietz (este último é integrante do HEAVEN SHALL BURN), dupla que já deu um “up” no trabalho de grupos como DEEP PURPLE e GAMMA RAY, além do próprio HEAVEN SHALL BURN. Dessa forma, eles conseguiram montar uma qualidade sonora e tanto para “Der Roter Reiter”. É algo moderno, pesado, agressivo, mas limpo e que permite que tudo seja compreendido perfeitamente, inclusive as linhas melódicas do grupo (que são vitais para “Folgt Uns”). Além disso, a escolha dos timbres foi perfeita.


Arte gráfica/capa: A capa do disco tem uma arte muito bonita, evocando um lado mais épico, e com contrastes de cores bem simples. Algo funcional e que deixa todas as atenções presas somente à música.


Destaques musicais: O D.A.R. criou um disco realmente fantástico. “Der Rote Reiter” é diferente, e totalmente imprevisível. O que encontra em uma canção pode não ser visto nas outras, mas sem que o grupo mostre-se dispersivo. Nada disso, existe uma forte ligação entre as 13 canções do disco, e as melhores são:

“Wir Sind Zurück”: uma paulada que mistura elementos de Melodic Death Metal, Industrial e muita adrenalina. As guitarras tecem riffs incríveis e solos melódicos, acompanhadas de vocais agressivos incríveis.

“Der Rote Reiter”: as mudanças de ritmo são ótimas, com vocais guturais ótimos, mas a beleza está justamente nas variações criadas por baixo e bateria, que mostram muito boa técnica.

“Auf Und Nieder”: Mais melodiosa e ganchuda, certos toques de Post Punk e Industrial se tornam mais evidentes, graças às linhas harmônicas bem feitas e de extrema facilidade em serem assimiladas. Teclados muito bem encaixados, sendo eles que criam a ambientação Industrial.

“Hört Mich An”: um dos momentos em que o lado Industrial da banda fica evidenciado, com harmonias muito bem feitas, bons contrastes entre os vocais normais e guturais. A ênfase nos teclados também ficou ótima.

“The Great Experience of Ecstasy”: a mais pura expressão do caos. Misturadas partes de Black Metal à lá GORGOROTH com sequências dadas em pianos sinistros e guitarras melodiosas.

“Franz Weiss”: um Hardcore melódico e acessível na linha da escola alemã do gênero. É uma canção mais simples, direta e bem fácil de ser consumida por fãs de música mais comum.

“Herz in Flammen”: outro momento do disco em que a banda beira o Melodic Death Metal com uma ambientação completamente inebriante aos sentidos do ouvinte, com um refrão muito bom.

“Ich Bin Weg”: Mais uma canção com uma ambientação melódica e acessível, com um ritmo não veloz, permitindo o surgimento de partes mais introspectivas onde os violões e vocais fazem bonito.

“Ich Nehm Dir Deine Welt”: a mais longa canção do CD, com mais de seis minutos de duração. Existem momentos Progressivos introspectivos com vocais macios e predominância de teclados e pianos, mas no geral, é uma pancadaria melodiosa de primeira, daquelas que entram nos ouvidos e não saem mais. E que trabalho primoroso das guitarras e da base rítmica do grupo.


Conclusão: DIE APOKALYPTISCHEN REITER ainda não é um nome de grande sucesso no Brasil. Mas isso deve começar a mudar com essa versão nacional de “Der Rote Reiter”.

Além do mais, é uma superbanda, daquele tipo que coloca os retrógrados para reclamar, e os que gostam de novidades diferentes recebem de braços abertos.

Nota: 94%


“Der Rote Reiter”: http://bit.ly/2H4nfpI



“Die Freiheit Ist Eine Pflicht”: http://bit.ly/2IJLRGR



Spotify

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