segunda-feira, 25 de novembro de 2019

HÅRD:ON - Bad Habits Never Die



Ano: 2019
Tipo: Full Length
Nacional


Tracklist:

1. Bad Habits Never Die
2. Catwalk
3. Dr. She
4. Touchdown
5. Sunset Drive
6. Open Your Eyes
7. Kings of the Pit
8. Two to Tango
9. Life


Banda:


Chris Hoff - Vocais
Alex Hoff - Guitarras, Teclados, Backing Vocals
Ricardo Bolão - Baixo, Backing Vocals
Daniel Gohn - Bateria


Ficha Técnica:

Hård:On - Produção
José “Heavy” Luís Carrato - Produção, mixagem, masterização


Contatos:

Site Oficial: www.hardonmusic.com
Assessoria:

Indicação: fãs de RATT, MÖTLEY CRÜE, DOKKEN, KISS da fase “Creatures of the Night” até “Revenge”, e Hard/Glam em geral

Texto: “Metal Mark” Garcia


Introdução:

No atual “revival” das sonoridades dos anos 60, 70 e 80, existem muitas bandas que estão por aí apenas fazendo tudo aquilo que já foi feito, como uma máquina de xerox em série. Seja no exterior, seja no Brasil, seja no estilo que for, é sempre necessária uma triagem para separar as cópias daquelas que realmente merecem elogios.

E o quarteto paulista HÅRD:ON faz bonito com “Bad Habits Never Die”, seu segundo disco, que acaba de ser lançado pela Shinigami Records.


Análise geral:

Melodioso, ganchudo e pesado, o trabalho musical do quarteto se baseia no que se convencionou chamar de Hard/Glam Metal da primeira metade dos anos 80, quando o gênero ainda pulsava com energia e peso, antes de sua maior abrangência comercial (quando o peso e agressividade diminuíram em prol de maior acessibilidade). Basicamente, não é nenhum pecado dizer que aquele mix de peso, melodias e energia que se conhece de discos como “Metal Health”, “Shout at the Devil”, “Stay Hungry”, “Pyromani” e outros está presente aqui. Basicamente, o estilo quando começava a estourar nas paradas de sucesso.

O que os diferencia: a banda mostra personalidade, e soa viva, sem querer viver no passado. Entenderam que o se pode soar moderno, sem destoar do que se quer fazer.


HÅRD:ON ao vivo
Arranjos/composições:

A verdade é que a fórmula musical do grupo não é desconhecida: melodias simples e acessíveis, refrães recheados com backing vocals que grudam nos ouvidos, boa técnica musical, mas a solidez de um conjunto de peso.

Óbvio que existe um “feeling” que leva as mentes diretamente aos anos 80, e que os coloca no mesmo patamar de bandas atuais que fazem sucesso na Europa. Mas não é algo forçado não existe a pretensão de “ser anos 80”, mas é algo que flui de forma completamente espontânea.


Qualidade sonora:

O grupo assumiu a produção de “Bad Habits Never Die” em união com José “Heavy” Luís Carrato (sim, o mesmo que trabalhou com bandas antológicas do Brasil como PLATINA, A CHAVE DO SOL, GUETO, CAMISA DE VÊNUS e outros, e ele ainda fez a mixagem e a masterização), como ocorrera em seu primeiro disco (“Hård:On”, de 2016). E ainda: as partes instrumentais foram gravadas no Rocks Studio (São Paulo, Brasil), enquanto as vozes foram captadas no Cubic Sun Studio (Berlim, Alemanha).

O resultado é algo que soa limpo e compreensível para os ouvintes (tudo pode ser entendido sem esforços), mas com uma dose extra de peso. Aliás, pode-se aferir que certa aura artesanal permeia as canções, ou seja, um toque de crueza para dar mais impacto e peso.


Arte gráfica/capa:

Basicamente, a arte da capa é permeada por elementos gráficos atuais, mas ao mesmo tempo, toques bem “anos 80” ficam evidentes por conta das referências a jogos, cigarros, bebidas e Rock ‘n’ Roll. Algo capaz de deixar os cabelos de mais conservadores e politicamente corretos de pé ao mesmo tempo.


Destaques musicais:

Esse soco Hard ‘n’ Heavy chamado “Bad Habits Never Die” é compost de 9 canções que são capazes de seduzir até a mais empoeirada das múmias paralíticas que possam pensar, pois são ótimas. Mas se destacam para uma primeira audição:

“Bad Habits Never Die” (suavidade e aspereza convivendo harmoniosamente, com um andamento lento e pesado, mas sem deixar que as melodias se percam, além de guitarras pesadas de primeira, tanto nos riffs como nos “leads”), “Catwalk” (peso-pesado à lá KISS da fase Hard/Glam, refrão marcante, sem mencionar que guitarras e vocais estão ótimos), “Touchdown” (um fluxo de energia absurdo, passagens marcantes, peso em doses generosas, com baixo e bateria marcantes), “Sunset Drive” (onde mais uma vez baixo e bateria mostram sua vibração, e isso em uma faixa onde a acessibilidade musical é enorme), “Two to Tango” (excelente técnica apresentada pelas guitarras nas bases, além de vocais de primeira), e “Life” (uma senhora balada, com melodias cativantes).

Mas na segunda ouvida, não há como não ouvir o disco todo. Logo, evitem surpresas: ouçam todas logo de cara!


Conclusão:

Fica clara a ideia de que o HÅRD:ON evoluiu bastante, e que “Bad Habits Never Die” tende a abrir mais portas para a banda, tanto no Brasil como fora daqui.

Estão esperando o que? Comprem suas cópias, e boa diversão!


Nota: 9,0/10,0


Bad Habits Never Die

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