Ano: 2019
Tipo: Full
Length
Selo: Shinigami Records
Nacional
Tracklist:
1. Bad
Habits Never Die
2. Catwalk
3. Dr. She
4. Touchdown
5. Sunset
Drive
6. Open
Your Eyes
7. Kings of
the Pit
8. Two to
Tango
9. Life
Banda:
Chris Hoff
- Vocais
Alex Hoff -
Guitarras, Teclados, Backing Vocals
Ricardo Bolão - Baixo, Backing Vocals
Daniel Gohn - Bateria
Ficha Técnica:
Hård:On - Produção
José “Heavy” Luís Carrato - Produção, mixagem, masterização
Contatos:
Site Oficial: www.hardonmusic.com
Facebook: www.facebook.com/hardonmusic
Instagram: http://instagram.com/hardonmusic
Assessoria:
E-mail: hardon.br@gmail.com
Indicação: fãs de RATT, MÖTLEY CRÜE, DOKKEN, KISS da fase “Creatures
of the Night” até “Revenge”, e Hard/Glam em geral
Texto: “Metal Mark”
Garcia
Introdução:
No atual “revival” das sonoridades dos anos 60, 70 e 80,
existem muitas bandas que estão por aí apenas fazendo tudo aquilo que já foi
feito, como uma máquina de xerox em série. Seja no exterior, seja no Brasil,
seja no estilo que for, é sempre necessária uma triagem para separar as cópias
daquelas que realmente merecem elogios.
E o quarteto paulista HÅRD:ON faz bonito com “Bad Habits
Never Die”, seu segundo disco, que acaba de ser lançado pela Shinigami Records.
Análise geral:
Melodioso, ganchudo e pesado, o trabalho musical do quarteto
se baseia no que se convencionou chamar de Hard/Glam Metal da primeira metade
dos anos 80, quando o gênero ainda pulsava com energia e peso, antes de sua
maior abrangência comercial (quando o peso e agressividade diminuíram em prol
de maior acessibilidade). Basicamente, não é nenhum pecado dizer que aquele mix
de peso, melodias e energia que se conhece de discos como “Metal Health”, “Shout
at the Devil”, “Stay Hungry”, “Pyromani” e outros está presente aqui.
Basicamente, o estilo quando começava a estourar nas paradas de sucesso.
O que os diferencia: a banda mostra personalidade, e soa
viva, sem querer viver no passado. Entenderam que o se pode soar moderno, sem
destoar do que se quer fazer.
A verdade é que a fórmula musical do grupo não é
desconhecida: melodias simples e acessíveis, refrães recheados com backing
vocals que grudam nos ouvidos, boa técnica musical, mas a solidez de um
conjunto de peso.
Óbvio que existe um “feeling” que leva as mentes diretamente
aos anos 80, e que os coloca no mesmo patamar de bandas atuais que fazem
sucesso na Europa. Mas não é algo forçado não existe a pretensão de “ser anos
80”, mas é algo que flui de forma completamente espontânea.
Qualidade sonora:
O grupo assumiu a produção de “Bad Habits Never Die” em
união com José “Heavy” Luís Carrato (sim, o mesmo que trabalhou com bandas
antológicas do Brasil como PLATINA, A CHAVE DO SOL, GUETO, CAMISA DE VÊNUS e
outros, e ele ainda fez a mixagem e a masterização), como ocorrera em seu
primeiro disco (“Hård:On”, de 2016). E ainda: as partes instrumentais foram
gravadas no Rocks Studio (São Paulo, Brasil), enquanto as vozes foram captadas
no Cubic Sun Studio (Berlim, Alemanha).
O resultado é algo que soa limpo e compreensível para os
ouvintes (tudo pode ser entendido sem esforços), mas com uma dose extra de
peso. Aliás, pode-se aferir que certa aura artesanal permeia as canções, ou
seja, um toque de crueza para dar mais impacto e peso.
Arte gráfica/capa:
Basicamente, a arte da capa é permeada por elementos gráficos
atuais, mas ao mesmo tempo, toques bem “anos 80” ficam evidentes por conta das
referências a jogos, cigarros, bebidas e Rock ‘n’ Roll. Algo capaz de deixar os
cabelos de mais conservadores e politicamente corretos de pé ao mesmo tempo.
Destaques musicais:
Esse soco Hard ‘n’ Heavy chamado “Bad Habits Never Die” é compost
de 9 canções que são capazes de seduzir até a mais empoeirada das múmias
paralíticas que possam pensar, pois são ótimas. Mas se destacam para uma primeira
audição:
“Bad Habits Never Die” (suavidade e aspereza convivendo
harmoniosamente, com um andamento lento e pesado, mas sem deixar que as
melodias se percam, além de guitarras pesadas de primeira, tanto nos riffs como
nos “leads”), “Catwalk” (peso-pesado à lá KISS da fase Hard/Glam, refrão
marcante, sem mencionar que guitarras e vocais estão ótimos), “Touchdown” (um
fluxo de energia absurdo, passagens marcantes, peso em doses generosas, com
baixo e bateria marcantes), “Sunset Drive” (onde mais uma vez baixo e bateria
mostram sua vibração, e isso em uma faixa onde a acessibilidade musical é
enorme), “Two to Tango” (excelente técnica apresentada pelas guitarras nas
bases, além de vocais de primeira), e “Life” (uma senhora balada, com melodias
cativantes).
Mas na segunda ouvida, não há como não ouvir o disco todo.
Logo, evitem surpresas: ouçam todas logo de cara!
Conclusão:
Fica clara a ideia de que o HÅRD:ON evoluiu bastante, e que “Bad
Habits Never Die” tende a abrir mais portas para a banda, tanto no Brasil como
fora daqui.
Estão esperando o que? Comprem suas cópias, e boa diversão!
Nota: 9,0/10,0
Bad Habits Never Die
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