Ano: 2019
Tipo: Full Length
Selo: NoiseArt Records
Importado
Tracklist:
1. Endless War
2. Born of Hate
3. Years of Aggression
4. Bloody Ground
5. D.I.V.A.
6. From All the One
7. Order of Death
8. Τhe Roof of Rats
9. The Sacred Dance with Chaos
Banda:
Nick Melissourgos - Vocais, Guitarras
Gus Drax -Guitarras
Aggelos Lelikakis - Baixo
Orpheas Tzortzopoulos - Bateria
Ficha Técnica:
Tony Lindgren - Masterização
Ed Repka - Artwork (capa)
Contatos:
Site Oficial: www.suicidalangels.net
Facebook: https://www.facebook.com/SuicidalAngels
Assessoria:
E-mail: suicidalangelsofficial@yahoo.gr
Texto: “Metal Mark” Garcia
Introdução:
Falar do cenário Metal da Grécia nos dias de hoje é ter a certeza de que o país é um celeiro de bandas novas com potencial. Mas isso mostra o quanto os nomes fortes do país criaram uma sólida base e uma estruturação que permite aos fãs e bandas expandirem suas garras.
Nos dias de hoje, o grupo de maior aceitação de lá é mesmo o SUICIDAL ANGELS, quarteto de Thrash Metal de Atenas que vem crescendo a passos largos desde “Sanctify the Darkness” (de 2009), e que retorna à carga total, pois acabam de lançar seu mais recente disco, “Years of Aggression”.
Análise geral:
O forte do grupo é saber evoluir sem perder de vista o que é, ou seja, qual sua identidade: um grupo de Thrash Metal com forte influência da escola germânica do gênero, mas aberto a nuances do estilo vindas dos EUA, e mesmo alguns sutis “inserts” de Death Metal.
Se em “Division of Blood” (seu disco anterior, de 2016) a banda mostrava algo mais voltado ao seu passado em termos de sonoridade e estruturação harmônica, em “Years of Aggression” eles resolveram rebuscar o lado mais limpo e experimental de “Divide and Conquer” (de 2014), ou seja, a busca por algo mais refinado e encorpado, com melhoras nas ótimas melodias e boa técnica instrumental, mas sem perder o jeito pegajoso e bruto que sempre tiveram.
Pode-se dizer que apesar de seu claro apelo “old school”, o sétimo disco do quarteto vem para dar um passo decisivo em direção ao futuro.
Arranjos/composições:
Mantendo a energia de sempre (que faz o nível de adrenalina do ouvinte chegar às alturas, bem como os medidores de volume não saem do máximo), fica claro aos ouvidos que houve evolução no grupo: se antes a banda priorizava demais os ritmos mais rápidos, cada vez mais aprende as vantagens dos tempos em velocidades mais baixas, e como eles permitem uma maior diversidade técnica.
Se armando com refrães que grudam nos ouvidos, boas mudanças de tempo, arranjos que se encaixam perfeitamente uns nos outros, não tem como não admirar o que eles estão fazendo nesse álbum.
Qualidade sonora:
Um dos segredos de “Years of Agression” é justamente sua qualidade sonora.
Sendo gravado em dois estúdios (no Zero Gravity Studios na Grécia, gravaram vocais, guitarras e baixo, enquanto as partes da bateria foram feitasno Soundlodge Studios na Alemanha), com a mixagem assinada por Jens Bogren e a masterização por Tony Lindgren, novamente o grupo opta por algo moderno e limpo, mas capaz de manter a agressividade em evidência.
Mas isso não significa que está soando artificial. Não, graças à escolha de timbres instrumentais agressivos (embora bem definidos), o que flui das coesões é energia em estado bruto.
Arte gráfica/capa:
Novamente o grupo trouxe Ed Repka para fazer a arte da capa, e novamente, uma idéia subjetiva que remete ao título do disco. Mas para quem já conhece o trabalho de Ed, sabe que sempre é algo de alto nível.
Destaques musicais:
Talvez “Years of Aggression” seja o melhor disco da banda até os dias de hoje, tendo em vista que a inspiração andou alta durante o processo de composição.
“Endless War” é uma canção rápida, cheia de todos os elementos já bem conhecidos da banda, especialmente um trabalho muito bom dos vocais (pois o timbre natural de Nick é bem agressivo), além de baixo e bateria estarem em alto nível (especialmente nas conduções nos dois bumbos). Os andamentos começam a mostrar mudanças em “Born of Hate”, que é cheia de arranjos melódicos nas guitarras (que riffs raçudos e de bom gosto). Com tempos mais cadenciados (embora algumas partes rápidas estejam presentes no refrão), a agressividade natural de “Years of Aggression” fica evidente aos ouvidos, mas ao mesmo tempo, é uma das canções mais grudentas do disco, e esses elementos surgem mais uma vez na excelente “Bloody Ground” (outra com guitarras maravilhosas, especialmente nos solos melodiosos e bem feitos), outra canção excepcional. Melodias e a velocidade de andamento já bem conhecida do grupo surgem em “D.I.V.A.”, com tempos mais simples. Já “From All the One” mostra um trabalho técnico mais rebuscado sob uma colcha de andamentos que são na maior parte lentos, e assim, baixo e bateria se sobressaem bastante, e eles tornam a se destacar em “Order of Death”, outra que também transita sob tempos não tão velozes. Mas a velocidade cresce novamente em “Τhe Roof of Rats” (refrão e vocais em ótima forma, mas que guitarras). E fechando, uma canção longa e de tempos lentos e uma ambientação fúnebre, “The Sacred Dance with Chaos”, que tem momentos limpos incríveis, onde fica evidente a fluência e diversidade técnica do grupo.
Infelizmente, “Years of Aggression” tem pouco mais de 41 minutos de duração, pois merecia mais. Mas nada que um bom “repeat” não resolva.
Conclusão:
O SUICIDAL ANGELS não decepciona, e “Years of Aggression” vem para estar entre os melhores discos do ano, bem como tem tudo para levar o quarteto a outro nível de popularidade.
Nota: 10,0/10,0
Born of Hate
Bloody Ground
Spotify
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