Ano: 2019
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Nacional
Tracklist:
1. Wrekage (Intro)
2. Infernum Brothel
3. Worm in My Brain
4. Bleeding Alone
5. Grave of Desire
6. Pentecostal Insanity
7. The Keys of Hell
8. Red Flag
9. Great Terror
10. Catacomb
11. Mirror of Ilusion
Banda:
Ivan Ribeiro - Vocais, Baixo
Márcio “Oicram” Kizar - Guitarras
Ângelo Acácio - Bateria
Ficha Técnica:
Nenel Lucena - Mixagem, Masterização
Ivan Ribeiro - Arte da capa
Contatos:
Site Oficial: http://comunidadeextremauncao.blogspot.com/2009/06/muitos-membros-da-comunidade-extrema.html
Facebook: https://www.facebook.com/implementband
Instagram: https://www.instagram.com/implementdeath
Assessoria: https://www.facebook.com/LexMetalisAA(Lex Metalis Assessoria e Agenciamento)
E-mail: implementband@hotmail.com
Texto: “Metal Mark” Garcia
Introdução:
Death Metal tradicional nos moldes dos anos 90 ainda é uma fórmula bastante usada nos dias de hoje, e rende frutos interessantes, outras vezes nem tanto, mas em geral o saldo é positivo. E o Nordeste do Brasil sempre foi um ótimo celeiro para Metal extremo.
Não é à toa que o trio IMPLEMENT, de Recife (PE) chega a toda carga com seu primeiro “full length”, o brutal e insano “Bleeding Alone”.
Análise geral:
Imaginem uma banda à lá anos 90 de Death Metal com influências de CANNIBAL CORPSE, MORBID ANGEL, MASTER, BOLT THROWER e NAPALM DEATH, tudo misturado, mas com passagens com “inserts” de Thrash Metal, e algumas passagens mais lentas. Pois é, eles são assim, Traditional Death Metal até os ossos, com uma música esmagadora, mas sempre com boas mudanças de tempo e técnica instrumental.
Sim, é preciso segurar o pescoço, pois o “headbanging” é insano!
Arranjos/composições:
O trio foge à regra de repetir o que outros já fizeram. Na realidade, sem inventar, estão mostrando que têm personalidade, pois ao invés de aceitarem modelos musicais impostos, preferem aglutinar influências (como o solo de guitarra mais melodioso e as debulhadas do baixo na faixa “Bleeding Alone”), e assim, vão pondo as coisas do jeito deles.
Além disso, cada uma das canções tem suas particularidades que os ouvidos mais experientes perceberão, mas que dão fluência ao trabalho do trio. Além disso, o trabalho do grupo mostra boa diversidade rítmica, riffs brutos e de fácil assimilação, vocais guturais urrados à lá Chris Barnes com alguns gritos agudos, mas tudo sempre consensual, bruto e coeso.
Qualidade sonora:
Eis um ponto que fez a diferença em “Bleeding Alone”: a sonoridade.
Sem deixar de fora a estética crua e agressiva do gênero, a banda optou por uma estruturação sonora idêntica a muitas bandas de Death Metal dos anos 90 (ou seja, uma crueza orgânica, com timbres instrumentais simples), mas com a clareza definida das modernas produções. E funcionou muito bem, verdade seja dita.
Arte gráfica/capa:
A capa é ótima, criação do baixista/vocalista Ivan Ribeiro, que encaixou com o contexto sonoro do grupo. E isso apresentando em um elegante pacote em digipack.
Destaques musicais:
Bruto, porém bem feito e destilando agressividade, “Beeling Alone” tende a ganhar os fãs sem muitas audições.
“Wrekage” é uma introdução apenas, que precede a pancada de “Infernum Brothel”, um bate-estacas Old School de primeira, com mudanças de andamento presente (mostrando que baixo e bateria estão bem entrosados), seguida pela empolgante “Worm in My Brain” (vocais guturais e passagens urradas de muito bom gosto, além de pegajosos riffs de guitarra), e da brutal “Bleeding Alone” (que apesar de ser mais reta e direta, mostra uma boa técnica em termos de bateria, fora partes técnicas do baixo). Contrastes de partes velozes e momentos pegajosos refreados surgem em “Grave of Desire”, enquanto “Pentecostal Insanity” é uma pancada com velocidades nos moldes do “Swedish Old School Death Metal”, embora com partes lentas. Outro amassa-crânios opressivo é mostrado em “The Keys of Hell” (e que riffs bem feitos), enquanto passagens com tempos medianos (vem velozes ou lentos) preenchem a ganchuda “Red Flag”, e uma influência primordial do Death Metal (no caso, o Hardcore) aparece em momentos de “Great Terror”. Outra com muita energia e ótima empolgação é a brutal “Catacomb”, e fechando, a lenta de ácida “Mirror of Ilusion”, que começa lenta e logo ganha um pouco mais de velocidade, mas mantendo a energia alta em todos os momentos.
E sim, o disco é de fato muito bom.
Conclusão:
É fato que o IMPLEMENT é uma banda bem estruturada e usou sua experiência para fazer de “Bleeding Alone” um trabalho muito bom, que merece ser ouvido e curtido.
Nota: 8,1/10,0
Bleeding Alone (Playlist Youtube)
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