terça-feira, 5 de setembro de 2017

RUI CAMPOS (Guitar Orientated Rock/Metal - Recife/PE)

Banda: RUI CAMPOS

Início de atividades:2016 (carreira solo),

Discos lançados: “Som do Anjos” Single (2016), “Sem Limites” álbum (2017)

Formação atual: Rui Campos (vocais, guitarras)

Cidade/Estado: Recife/PE


BD: Como a banda começou? O que os incentivou a formarem uma banda?

Hoje estou trabalhando sozinho. Foi algo diferente para mim, mas entendi que deveria tentar, pois desta forma poderia me sentir mais livre para ousar. Por mais que meus parceiros de banda fossem ótimos, esse era o momento que precisava fazer algo mais pessoal.


BD: Quais as maiores dificuldades que estão enfrentando no cenário?

Infelizmente o cenário nacional ficou restrito e extremamente comercial, deixando muito aquém as músicas, os vocais. Poucas são as oportunidades para novos artistas e visões diferenciadas, atualmente, são raros os novos músicos que se destacam, principalmente no Rock.

Não tendo o apoio da mídia, seja qual ela for, e nem de grandes empresários dispostos a investir, ficamos a mercê de eventos isolados e das redes sociais, onde estas se tornam ainda mais ingratas para as bandas desconhecidas.


BD: Como estão as condições em sua cidade em termos de Metal/Rock? Conseguem tocar com regularidade? A estrutura é boa?

Hoje estou morando em Jundiaí (SP), e estou montando uma banda para tocar minhas músicas, mas assim como na maioria das cidades o espaço é difícil e suado. Precisamos sempre trabalhar com cover para ganhar alguma abertura, visibilidade, e posteriormente introduzir as músicas autorais.


BD: Hoje em dia, muitos gostam de declarar o fim do Metal, já que grandes nomes estão partindo, e outros parando. Mas e vocês, que são uma banda, como encaram esse tipo de comentário?

Não entendo como o fim do Metal, pois sempre existirá pessoas que curtem o estilo, onde este sentimento vai passando de geração a geração, mas concordo que o crescimento do Metal está estagnado, ficando restrito ao seu público fiel, que não morrerá nunca.


BD: Em termos de Brasil, o que ainda falta para o cenário dar certo? Qual sua opinião?

Em primeiro lugar entendo que um dos principais problemas do Metal hoje no Brasil, é o próprio Metal, se o estilo for um pouco diferente o preconceito impera, e quando o estilo é mais leve (como o próprio Hard Rock), ai é que o Metal mais pesado se afasta.

Entendo isso como uma grande perda de oportunidade, se trabalhássemos juntos, como montando shows para divulgação em conjunto, não com separação de estilos, mas intercalados, existiria um conhecimento mútuo de todos, e novos fãs iriam surgir e compartilhar os trabalhos.

Isso não se aplica só para shows, também do compartilhamento nas redes sociais, sempre que posso estou divulgando vídeos de bandas que conheço e eles divulgam também o meu material, isto ajuda pois o meu público vai conhecendo eles, assim como o deles vai me conhecendo.

Vejo também trabalhos excepcionais de pessoas como Gleison Junior, Marcos Garcia, Juli Moraes, Sidnei Santos e muitos outros que não citei aqui, que lutam para manter o Metal vivo, fazendo trabalhos magníficos, mas que infelizmente são oásis no meio de um deserto tão árduo (mas continuo a acreditar que o trabalho realizado por eles alcançara uma projeção ainda maior).

Hoje são raros os empresários que se arriscam, a maioria fica com o lucro certo. Se não fizermos nada, ficaremos dependendo de uma mudança natural no status quo. E acho que isso não vai acontecer, se a cena continuar tão distante.


BD: Deixem sua mensagem final para os leitores.

Para terminar gostaria de falar para os leitores que ousem sempre, se permitam conhecer novas caras, novos gêneros musicais, as grandes mudanças do mundo sempre foram promovidas por aqueles que saíram da zona de conforto, e abraçaram as possibilidades que o novo e o desconhecido tem a oferecer.


Links para contatos:


Links para audição:

E todos os streamings mais conhecidos (Apple Music, Amazon, Google Play, entre outros)

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