Banda: HUMAN
Início de atividades:Setembro de 2007
Discos lançados: “Leaving the Shadows” EP (2012), “Sad Modern World” (2016)
Formação atual: Pedro Neto (vocais), Níass (guitarras), Rafael Sampaio (baixo), Clauzio Maia (bateria).
Cidade/Estado: Feira de Santana/BA
BD: Como a banda começou? O que os incentivou a formarem uma banda?
Rafael: A banda começou a partir de um encontro casual entre Níass e Clauzio que se conheceram numa viagem de ônibus por volta do ano de 2007. Eles logo perceberam que tinham uma grande afinidade musical, principalmente em relação à banda DEATH, que inclusive foi inspiração para o nome da banda, e ao BLACK SABBATH. Ambos já tocavam respectivamente guitarra e bateria e queriam compor algo com base nessas e em outras influências. O segundo passo foi ir em busca de um vocalista e de um baixista. Pedro Netofoi apresentado por um amigo em comum entre ele e Níass e assumiu a vaga nos vocais. A busca por um baixista continuou por um tempo, a banda sofreu algumas mudanças nesse setor, até que, em 2010, eu fui convidado por Níass, que já tocava comigo em um cover do LED ZEPPELIN, para fazer parte da banda.
BD: Quais as maiores dificuldades que estão enfrentando no cenário?
Rafael: Em geral a falta de apoio, já que a cultura musical predominante em nosso estado não favorece ao estilo, o que acarreta em espaços limitados para shows de Metal e, muitas vezes, eventos com estruturas que não permitem uma boa divulgação do trabalho das bandas.
Outra grande dificuldade, em minha concepção, que, provavelmente, boa parte dos artistas no underground enfrentam, é “serem ouvidos”. O público, em geral, se prende aos grandes medalhões do Metal e não se permite ouvir o “novo”. A modernidade e toda sua pressa também faz com que as pessoas não mais consumam música como antigamente. Nesse sentido, é preciso convencê-las muito rapidamente que vale à pena parar para ouvir a sua música. É um desafio e tanto, mas espero que a HUMAN esteja conseguindo atingir de forma positivas as pessoas nesse quesito.
BD: Como estão as condições em sua cidade em termos de Metal/Rock? Conseguem tocar com regularidade? A estrutura é boa?
Rafael: Feira de Santana já teve uma cena metálica muito forte e felizmente vem pouco ao pouco tentando retomar esse rumo. Nos últimos anos tem acontecido diversos shows de metal na cidade, inclusive durante os dias de semana. A estrutura e o público têm melhorado. Sobre o Rock em termos gerais, há festivais importantes, como o Grito Rock e o Feira Noise, que acontecem com regularidade. Além disso, alguns bares têm dado mais espaço para as bandas locais que possuem uma proposta autoral.
BD: Hoje em dia, muitos gostam de declarar o fim do Metal, já que grandes nomes estão partindo, e outros parando. Mas e vocês, que são uma banda, como encaram esse tipo de comentário?
Rafael: As grandes bandas do mainstream estão progressivamente “pendurando as chuteiras”, mas no underground o Metal resiste e constantemente surgem bandas das mais diversas vertentes. Além disso, há muitas bandas na resistência fazendo, com frequência, turnês regionais, nacionais e até mesmo internacionais. A verdade é que enquanto existirem garotos e garotas que se sintam deslocados, pessoas inconformadas com o sistema, que desejem expressar seu inconformismo e sua indignação através da música pesada, o metal nunca morrerá.
BD: Em termos de Brasil, o que ainda falta para o cenário dar certo? Qual sua opinião?
Rafael: Mais apoio ao metal nacional tanto da mídia especializada quanto do público, que precisa dar maior atenção ao que surge no cenário underground. É preciso está mais aberto às novas bandas que aparecem, ser mais receptivo, dar uma chance e escutá-las. É necessário se conscientizar também que a melhor forma de apoiar a cena é comparecendo aos shows e comprando os materiais das bandas. No mais, é necessário investir em melhores estruturas nos eventos e ter um olhar para além do eixo sul-sudeste. Há muitas bandas boas, por exemplo, no norte e nordeste brasileiro.
BD: Deixem sua mensagem final para os leitores.
Rafael: Antes gostaria de agradecer em nome da HUMANa oportunidade de falar sobre a banda e divulgar nosso trabalho no Metal Samsara. Quero também parabenizar Marcos Garcia pela iniciativa e por manter a chama do Metal acesa através do seu site. Espero que os leitores curtam a entrevista e o nosso som, fiquem à vontade para divulgarem e compartilharem nossas canções e muito obrigado a cada um de vocês pelo apoio.
Links para contatos:
Links para audição:
EP : Leaving The Shadows:
Álbum: Sad Modern World:
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