Ano: 2019
Tipo: Full
Length
Nacional
Tracklist:
1. Message
from the Sun
2.
Whirlwind
3. Cold
4. Storm
the Armada
5. The Last
of the Lambs
6. Who
Failed the Most
7. Ismo’s
Got Good Reactors (instrumental)
8. Demon’s
Cage
9. A Little
Less Understanding
10. The
Raven Still Flies with You
11. The
Garden
Banda:
Tony Kakko - Vocais, Teclados, Programação, Orquestrações,
Ukulele, Percussão
Elias Viljanen - Guitarras
Henrik Klingenberg - Teclados, Backing Vocals
Pasi Kauppinen - Baixo, Backing Vocals
Tommy Portimo - Bateria
Ficha Técnica:
Sonata Arctica - Produção
Mikko Tegelman - Produção, Gravação, Mixagem
Svante Forsbäck - Masterização
Pasi Kauppinen - Gravação, Mixagem
Onni Wiljami - Arte da Capa
Janne
Pitkänen - Layout
Mari-Anneli
Sarkkinen - Backing Vocals
Teemu
Koskela - Backing Vocals
Marja
Hakala - Backing Vocals
Mia K. -
Backing Vocals
Outi V. - Backing Vocals
Hilla - Vocais adicionais
R. K. - Vocais adicionais
Jussi Tegelman - Efeitos de vento em “Whirlwind”
Contatos:
Site Oficial: http://www.sonataarctica.info/
Facebook: http://www.facebook.com/sonataarctica
Assessoria:
E-mail:
Indicação:
fãs de Power Metal, STRATOVARIUS, BATTLE BEAST, EDGUY, ANGRA, RHAPSODY OF FIRE
Introdução:
Existem aquelas bandas que sempre são perseguidas, mas que
se mantém firmes em sua proposta e, mesmo quando erram, arcam com as
consequências.
Seja por justiça ou recalque, o fato é que o quinteto
finlandês SONATA ARCTICA sempre foi bastante espinafrado no Brasil. Mas mesmo
assim, sempre tiveram renome e moral, além de uma imensa legião de fãs. E
agora, mostrando o quanto têm moral por aqui, a Shinigami Records e a parceira
Nuclear Blast Brasil bateram o pé e lançaram “Talviyö” (mais recente disco do
grupo) no Brasil.
Análise geral:
A verdade é que “Talviyö” (que significa “noite de inverno” em finlandês)
continua o estilo que a banda tem delineado há alguns anos, especialmente em “The
Ninth Hour”: o bom e velho Power Metal de sempre, agora mais amadurecido, menos
veloz e ainda mais melódico e acessível que antes.
Mas se a banda perdeu em termos de velocidade, ganhou em
elegância. Pode-se dizer que alguns toques de AOR entraram na sonoridade do
grupo, o que os permite alcançar um público mais amplo.
Basicamente, é um disco feito na medida certa, e muito bem
equilibrado.
Arranjos/composições:
A qualidade musical do grupo continua inquestionável, só que
a maior amplitude de influências permite ao quinteto. De certa forma, uma das
primeiras coisas que salta os olhos é que “Talviyö” é um disco solto,
espontâneo e vindo da mais pura inspiração.
Óbvio que o minimalismo ainda se faz presente em alguns
momentos, em outros, o velho “insight” Power Metal dá as caras, mas sem perder
o jeito mais acessível (uma ouvida em “Message from the Sun” deixa isso bem
claro).
Além disso, tudo está muito bem conectado, pois vocais,
guitarras, baixo, teclados e bateria estão justos em seus arranjos, se
mesclando de forma harmoniosa.
A banda já queria
trabalhar com Mikko Tegelman desde “The Nineth Hour” (o que não pode
acontecer por conflitos de agendas), e agora, fica justificado o motivo: a
clareza sonora, a disponibilização dos instrumentos (sinal de uma mixagem muito
bem feita), a timbragem dos instrumentos, tudo ficou perfeito. Tanto o lado
pesado quanto a estética melodiosa encorpada estão claros aos ouvidos.
Ou seja, tudo funcionou perfeitamente no estúdio.
Arte gráfica/capa:
Onni Wiljami criou uma belíssima arte gráfica para a capa,
com um painel que ilustra uma noite nevada (trabalhado em um formato Digipack de 3 páginas), uma planície bem conhecida para os
finlandeses que convivem com as temperaturas extremamente baixas próximas ao
círculo polar ártico.
Destaques musicais:
“Talviyö” não é um disco pretencioso, nem soa como tal. A
espontaneidade que transpira de suas composições é sinal de amadurecimento dos
integrantes do quinteto, bem como a força da formação (que está junta desde
2013). E embora não seja um disco conceitual, existem ligações entre as letras.
As belas e grudentas melodias de “Message from the Sun”
abrem o disco, com uma canção rica em detalhes, mas bem acessível (e que belo
trabalho de vocais e backing vocals, sem mencionar o refrão que não sai mais da
mente do ouvinte), seguida da madura e pesada “Whirlwind” (que lindos teclados,
ricos em termos de arranjos subjetivos, sem mencionar outro refrão excelente). A
climática e apoteótica “Storm the Armada” mostra tempos mais comportados e é
mais simples em termos técnicos, mas mostra um trabalho ótimo de baixo e
bateria (bem como de vocais femininos). Também mais acessível (apesar da
ambientação Progressiva) é “Who Failed the Most”, outra com arranjos bem acessíveis
(e simples demais de se cantar junto). Revistando os elementos do passado,
tem-se a instrumental “Ismo’s Got Good Reactors”, onde partes próximas ao que
os fãs de “Silence” (primeiro disco de sucesso do grupo) gostam, especialmente
no que tange a riffs e solos de guitarras. Uma paulada Power/Prog com toques
AOR é ouvida em “A Little Less Understanding”, uma música memorável e também
bem simples de ser assimilada (e que vocais!). E a sutileza aveludada de “The
Raven Still Flies with You” é permeada de melodias aconchegantes que se agarram
aos ouvintes, sempre com ótimas partes de teclados.
Estas, em um primeiro momento, servem para introduzir o
ouvinte a “Talviyö”, mas o disco inteiro é ótimo.
Conclusão:
Pode-se aferir que quem gosta dos finlandeses, vai adorar “Talviyö”.
Os que sempre os depreciaram vão continuar a fazê-lo. Mas para aqueles que são
capazes de um olhar mais profundo, perceberão que o SONATA ARCTICA lançou mais
um grande disco, e fugindo do ponto comum do Power Metal clássico, mostram que
ainda vão durar muito tempo.
E que a polêmica continue...
Nota: 9,3/10,0
Texto: “Metal Mark” Garcia
Cold
Who Failed the Most
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