Ano: 2019
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Nacional
Tracklist:
1. Vulpine Beat (Intro)
2. Rebel Hearts
3. Vengeance Will Come
4. I
5. Emotional Rain
6. Subconscious
7. Mankind
8. Constant Fight (2018 Version)
Banda:
Föxx Salema - Vocais, Backing Vocals
Ficha Técnica:
Paulo Garciia - Produção, Mixagem, Masterização
Föxx Salema - Produção
Karine Campanille - Guitarras, Baixo, Teclados
Alessandro Kelvin - Bateria
Contatos:
Site Oficial: https://www.foxxsalemaband.com.br
Facebook: https://www.facebook.com/foxxsalema78/
Instagram: https://www.instagram.com/foxxsalema/
Assessoria: https://www.facebook.com/islandpressbr/ (Island Press)
E-mail: foxxsalema@gmail.com
Texto: “Metal Mark” Garcia
Introdução:
De uns 4 ou 5 anos para cá, o Hard Rock/Glam Metal tem-se mostrado mais e mais no Brasil. Parece que ou existe uma nova onda do estilo por aqui, ou que todas as bandas resolveram colocar discos nas lojas ao mesmo tempo.
Entre os bons nomes que estão aparecendo, eis que surge o trabalho de FÖXX SALEMA, que nos chega com “Rebel Hearts”, sua primeira empreitada solo.
Análise geral:
No fundo, o trabalho sonoro mostrado em “Rebel Hearts” buscar ter a mesma noção melódica e “catching feeling” dos primeiros discos de Hard Rock/Glam Metal dos anos 80, quando tudo soava mais cru e pesado, com um fluxo de energia absurdo. Basicamente, a era Glam, mas com muitos elementos musicais do Metal tradicional.
Há muito do que se conhece de bandas como MÖTLEY CRUE e QUIET RIOT, mas também encontram-se nítidas influências de JUDAS PRIESTe IRON MAIDEN, e mesmo de harmonias do Heavy/Power Metal dos anos 80 (e mesmo do US Metal) aqui e ali. Mas não é bom deixar claro que este trabalho mostra muita personalidade.
Arranjos/composições:
O estilo melodioso e acessível mostrado no disco é bem legal, cheio de momentos em que o fã é envolvido pelas canções (graças às melodias de assimilação mais simples e belos refrães). Mas ao mesmo tempo, sobram energia e empolgação.
Graças à fusão de influências de Metal tradicional e Hard/Glam Metal, o trabalho musical que se ouve é permeado de arranjos instrumentais mais simples, alguns bem não convencionais (alguns riffs e duetos de guitarra remetem ao Metal tradicional, e mesmo existem vocais urrados aqui e ali), mas a estética melodiosa e grudenta impera.
Qualidade sonora:
Eis o ponto onde “Rebel Hearts” poderia ser melhor: a sonoridade do disco.
Não está ruim, soa até bem, mas existe certo excesso de crueza. Para este tipo de música, algo mais limpo encaixaria melhor. Além disso, alguns timbres instrumentais (especialmente a bateria) poderiam ser melhores.
Mais uma vez: não está ruim (na realidade, é uma boa sonoridade), mas poderia ser bem melhor.
Arte gráfica/capa:
A apresentação em um formato digipack simples e uma foto também bem simples fazem sua parte: deixar todas as atenções focadas apenas na música. E o encarte segue a tendência da simplicidade: letras em branco disponibilizadas em um fundo preto.
Simples, direto ao ponto e eficiente.
Destaques musicais:
“Rebel Hearts” é um disco que gruda nos ouvidos desde seus primeiros instantes (o que evidencia o lado Hard/Glam de suas músicas), mas é pesado e intenso na mesma medida. E em suas 7 músicas (pois “Vulpine Beat” é apenas uma introdução com o som de batimentos cardíacos) se percebe um trabalho esmerado e espontâneo. E as melhores são:
Rebel Hearts: peso e melodia se associam para criar uma canção instigante, com um refrão pegajoso e ótimo trabalho de guitarras e baixo.
Vengeance Will Come: uma canção com tempos um pouco mais cadenciados, mas cheia de uma pegada mais pesada e agressiva. É impossível não pensar nas primeiras bandas de Metal tradicional norte-americanas dos anos 80, especialmente pela estética melódica (e que trabalho de bateria).
I: nessa, temos uma inclinação bem evidente ao Metal tradicional (em grande parte por causa dos duetos de guitarra que remetem ao IRON MAIDEN antigo), mas o lado mais pegajoso e as melodias envolventes impressionam. E que vocais!
Mankind: uma canção peso-pesado à lá JUDAS PRIEST dos anos 80, pois aposta em arranjos mais dinâmicos e simples, com ótimos vocais. Basicamente, reparando-se com mais profundidade, certas nuances de Hard Rock californiano do início dos anos 80 fica bem evidente.
Conclusão:
Sendo o primeiro disco de FÖXX SALEMA, “Rebel Hearts” mostra-se muito bom, mas evidencia que ainda existe potencial (e muito) para ser transformado em boa música.
Ajustando a sonoridade, o próximo disco promete!
Nota: 81,0/100,0
Spotify
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