segunda-feira, 26 de novembro de 2018

SINSÆNUM - Repulsion for Humanity


Ano: 2018
Tipo: Full Length
Nacional


Tracklist:

1. Repulsion for Humanity
2. Final Resolve
3. Sworn to Hell
4. I Stand Alone
5. Rise of the Light Bearer
6. Manifestation of Ignorance
7. Sacred Martyr
8. My Swan Song
9. Nuit Noire
10. Insects
11. Forsaken


Banda:


Sean Zatorsky - Vocais
Attila Csihar - Vocais
Frédéric Leclercq - Guitarras, baixo, teclados
Stéphane Buriez - Guitarras
Heimoth - Baixo
Joey Jordison - Bateria


Ficha Técnica:

Stéphane Buriez - Produção
Frédéric Leclercq - Produção
Sinsænum - Produção
Francis Caste - Mixagem, masterização
Lauren Hart (ONCE HUMAN) - Vocais em “Sacred Martyr”
Pierre le Pape - Orquestrações em “Forsaken”
Tambours du Bronx - Percussões em “Final Resolve”
Travis Smith - Artwork


Contatos:

Assessoria:
E-mail:

Texto: “Metal Mark” Garcia


Em 2016, o mundo do Metal levou uma enorme sacolejada: estava surgindo um projeto musical que reunia músicos que passaram por nomes como METALLICA, MINISTRY, SATYRICON, SLIPKNOT, ROB ZOMBIE, LOUDBLAST, DRAGONFORCE, MAYHEM, TORMENTOR, ABORYM, KEEP OF KALESSIN, entre outros. Óbvio que muitos fãs de Metal ficaram na expectativa do que o SINSÆNUM, um esforço colaborativo internacional (com músicos dos EUA, França e Hungria) poderia oferecer, e os ouvidos de muitos ficaram apitando devido ao primeiro disco deles, “Echoes of the Tortured”, de 2016. Mas quem pensou que o projeto ficaria só naquele álbum pode ir mudando o discurso: lá vem o sexteto de novo descendo a marreta em “Repulsion for Humanity”, segundo “full length” deles, e que chega ao Brasil pela parceria da Shinigami Records com a earMUSIC.

Comparando os dois trabalhos, se percebe apenas que “Repulsion for Humanity” soa mais maduro que seu antecessor, mais consensual e com sua música se apresentando mais sólida. Ainda é o mesmo Death/Black Metal de antes, cheio de energia e com boa dose de técnica, com ótimas mudanças de ritmo e certo toque “Old School Death Metal” no que se refere aos solos de guitarra. A diferença maior é que as melodias soturnas de antes ficaram mais evidentes, dando um acabamento melhor às canções. Mas não se preocupem: o nível de qualidade continua o mesmo, se é que não melhorou!

É, podem preparando os pescoços, pois é impossível segurar a cabeça quando esse disco começa a tocar, tamanha empolgação que flui dele.

Fonte: @maximetaccardiartworks
Como se pode esperar de um grupo com integrantes tão calejados, óbvio que a qualidade sonora de “Repulsion for Humanity” é um amálgama de agressividade crua com definição, ou seja, é uma brutalidade artesanal, mas costurada de forma que conseguimos entender tudo que é tocado, ou seja, algo de alto nível. Ou seja, é uma mistura bem feita de timbres sujos e orgânicos (que dão esse impacto agressivo que o disco tem) com um trabalho de mixagem e masterização bem cuidados. Por isso soa agressivo de doer os ossos, mas sem estar embolado.

Na arte gráfica, tudo ficou ótimo: da capa que tem uma aura “Velha Guarda” (impossível não estabelecer paralelos entre ela e alguns trabalhos de Death Metal dos anos 90) a um encarte muito bem feito, com uma diagramação inteligente e uma boa escolha da paleta de cores usadas. Sim, tudo em termos estéticos visuais é de primeira, mas e a música?

Mesmo (ainda) não estando entre os grandes nomes do Metal extremo, o trabalho do SINSÆNUM não perde em nada quando comparado aos seus pares. E tal afirmação é pavimentada por momentos como “Repulsion for Humanity” (brutal, veloz na maior parte do tempo, com refrão marcante e é recheada com riffs extremos de qualidade), “Final Resolve” (cadenciada, com uma pegada envolvente e momentos excelentes de baixo e bateria), “Sworn to Hell” (outra em que os tempos são cadenciados na maior parte do tempo, e onde se percebe que os solos de guitarra possuem um forte acento melódico), “Rise of the Light Bearer” (outra em que a técnica de baixo e bateria é abusivamente técnica, mas sustentando o desempenho fenomenal dos vocais), “Sacred Martyr” (o ritmo é deliciosamente envolvente, daqueles que a cabeça se move sozinha, sem que se perceba, e, além disso, os contrastes entre vocais guturais e timbres rasgados ficaram excelentes), “My Swan Song” (outra vez a banda usa de ritmos mais arrastados, ressaltando bastante as guitarras), “Nuit Noire” (essa com algo de Black Metal mais evidenciado, mesmo com o alinhavo mais técnico), e “Forsaken” (longa e bem trabalhada, a quantidade de variações rítmicas é enorme, sem falar no uso inteligente de orquestrações sinistras e teclados providenciais, e o uso de partes mais introspectivas encaixou como uma luva na canção). São apenas algumas, mas o melhor é ouvir o disco de ponta a ponta.

Ou seja, é melhor que o SINSÆNUM deixe de ser visto como apenas um projeto, e seja encarado com extrema seriedade. “Repulsion for Humanity” os credencia para o time de cima, sem sombra de dúvidas!

Nota: 98%







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