Ano: 2018
Tipo: Full Length
Selo: Independente
Nacional
Tracklist:
1. Immigrant Song
2. Play of Gods
3. Madhouse
4. The Gard Song
5. Music Box
6. Back to Rock
7. Kaiser of the Sea
8. Panem At Circenses
Banda:
Beck Norder - Vocais, baixo, guitarras
Allan Oliveira - Guitarra solo
Lucas Mandelo - Bateria, backing vocals
Ficha Técnica:
Contatos:
Site Oficial: www.thegardband.com
Facebook: www.facebook.com/thegardband
Assessoria: http://somdodarma.com.br/pt/artistas/thegard/ (Som do Darma)
E-mail: thegardband@gmail.com
Texto: M. Garcia
O Classic Rock, para efeitos de definição, nada mais é do que o velho Hard Rock clássico dos anos 70, ou seja, remete diretamente a grupos como DEEP PURPLE e LED ZEPPELIN. De forma mais direta, é isso, embora muitas sub-concepções possam surgir visando complementar (ou complicar) a sonoridade. E nas mãos de quem sabe, o velho estilo volta a vida sem soar datado ou cheio de mofo. E é justamente o caso do THE GARD, de Campinas (SP), como o álbum “The Madhouse” deixa claro logo de cara.
O trio tem clara referência ao Classic Rock com jeitão Bluesy/Soul do LED ZEPPELIN, embora sejam tantas influências musicais diferentes no caldeirão musical do que eles fazer que acaba sendo difícil estabelecer concepções de forma direta, da mesma forma eclética que o próprio Zeppelin era. Basta dizer que o grupo soa forte, vigoroso e mesmo atual nessa pegada musical, diferindo de tantos que buscam soar o mais “anos 70” possível. Logo, o que o ouvinte deve fazer é ficar com a melhor parte de todas: ouvir “Madhouse”com a única preocupação de se divertir. O resto é mera formalidade intelectual.
Óbvio que muitos pensariam que por se tratar de um disco de Classic Rock, a sonoridade de “Madhouse”seria algo que buscaria desesperadamente soar como se os anos 70 fossem hoje. Ledo engano, pois a crueza que ouvimos tem origem na sonorização dos instrumentos, e não na forma em que foram captados e tratados na mixagem e masterização. Trocando em miúdos: soa atual, forte e vigoroso, mas com energia e aquela boa sensação de estarmos ouvindo uma banda tocando (e não um cérebro eletrônico). Até mesmo esse feeling natural permeia a apresentação do disco, ou seja, sua capa.
Musicalmente, o THE GARD é bem maduro, sabe o que fazer com sua música. Ela soa espontânea, diversificada e eclética, mas de forma alguma pedante. E a vida que transpira de seus arranjos musicais é envolvente, algo cheio de energia. E mais: o trio soa como banda, evitando técnicas minimalistas exacerbadas.
Destacam-se no álbum: uma versão rearranjada e bem pessoal para “Immigrant Song” do LED ZEPPELIN (esse jeitão moderno ficou perfeito, sem descaracterizar a versão original), o jeito pesado e com fluência bluesy de “Play of Gods” (os riffs e solos são ótimos com essa pegada mais introspectiva recheada de feeling), o jeito mais divertido e Rock ‘n’ Roll de “Madhouse”(boa mistura de melodia e agressividade, e uma energia grudenta daquelas), a sensível e tocante “Music Box”, e as harmonias bem ecléticas de “Back to Rock”e “Panem At Circenses” (ambas com belo trabalho dos vocais).
Mas não mencionar o “insight” eclético e contrastes criativos de “The Gard Song” beiraria o injusto. Basicamente ela vai do Folk Rock clássico ao peso desmesurado do Heavy Metal sem pudores, mostrando uma banda que sabe ousar em sua criatividade, mas mantendo a consensualidade de seu trabalho.
“Madhouse” é um disco marcante, que merece ser ouvido com calma, várias vezes, e em alto volume. A complexidade fascinante do THE GARD é a ferramenta ideal para fundir cérebros de quem nos atormenta com gêneros musicais populares do nosso país. Além do mais, essa visão do Classic Rock é bem inovadora!
Ouçam bem alto, pois está nas plataformas digitais.
Spotify: https://spoti.fi/2JtgkEt
Deezer: https://bit.ly/2r4bfuG
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Nota: 89%
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