sexta-feira, 25 de maio de 2018

PHIL CAMPBELL AND THE BASTARD SONS ‎- The Age of Absurdity


Ano: 2018
Tipo: Full Length
Nacional


Tracklist:

1.      Ringleader
2.      Freak Show
3.      Skin and Bones
4.      Gypsy Kiss
5.      Welcome to Hell
6.      Dark Days
7.      Dropping the Needle
8.      Step Into the Fire
9.      Get On Your Knees
10.  High Rule
11.  Into the Dark
12.  Silver Machine


Banda:


Neil Starr - Vocais
Phil Campbell - Guitarras
Todd Campbell - Guitarras, gaita
Tyla Campbell - Baixo
Dane Campbell - Bateria


Ficha Técnica:

Romesh Dodangoda - Produção, engenharia, mixagem
Christian Wright - Masterização
Matt Riste - Artwork


Contatos:

Assessoria:



Texto: Marcos Garcia


Desde 2015, um dos pináculos do Heavy Metal e do próprio Rock ‘n’ Roll, o inesquecível MOTORHEAD, descansa em paz. E merecidamente, já que a contribuição do grupo (seja como trio ou quarteto) para os estilos musicais citados acima é inestimável. Mas dizer que os músicos da banda iriam ficar parados é outra coisa. O baterista Mikkey Dee se encontra no SCORPIONS, mas o guitarrista Phil Campbell arregaçou as mangas e deu início a uma nova empreitada, PHIL CAMPBELL AND THE BASTARD SONS, que nos chega com “The Age of Absurdity”, e a Shinigami Records e Nuclear Blast Brasilbotaram o disco nas lojas por aqui.

Mas a que Phil e seus filhos (sim, quase todos os membros são filhos dele) estão vindo, afinal de contas?

Óbvio que muitos encontrarão similaridades com o MOTORHEAD, pois Phil passou 32 anos de sua vida na banda, ajudando a moldar uma parte de sua musicalidade. Mas são bandas ligadas apenas pelo “approach” mais visceral, sujo e espontâneo. Mas ao mesmo tempo, se percebe que o quinteto tem outras aspirações sonoras, com algumas incursões no Blues, e por aí vai. E “The Age of Absurdity” transpira espontaneidade e mesmo simplicidade, mas sempre com ótimas composições e boa dose de acessibilidade em muitos momentos. E esse disco cheira a bar, cigarros e whisky, verdade seja dita.

Para criar uma atmosfera mais simples e orgânica, o grupo trouxe Romesh Dodangoda (que já trabalhou com o MOTORHEAD, BRING ME THE HORIZON, BULLET FOR MY VALENTINE). Mas ao mesmo tempo, existe um feeling moderno, com boa dose de limpeza e muito peso. Tudo funciona perfeitamente, mesmo porque o quinteto não necessita de uma superprodução. E o lado gráfico ficou excelente, com uma apresentação digna de um disco de Rock ‘n’ Roll de raiz.

Basicamente, a música do PHIL CAMPBELL AND THE BASTARD SONS é baseada em feeling, ou seja, no bom e velho Rock ‘n’ Roll sujo sem compromissos com quem quer seja. O negócio aqui é pôr para fora o que se sente, sem firulas e sem querer saber da opinião alheia. As músicas soam espontâneas, com ótimas melodias de simples assimilação, um trabalho de peso e muita energia. É ouvir e gostar.

O disco é ótimo de ponta a ponta, sem deixar espaços para deméritos. Mas há momentos sublimes e dignos de palmas, como se pode ouvir na energia contagiante de “Ringleader”(um trabalho direto e ótimo das guitarras) e “Freak Show” (há momentos em que os andamentos remetem ao AC/DC, ou seja, uma base rítmica sólida e pesada), no jeito mais moderno de “Skin and Bones”, o Rock ‘n’ Roll descompromissado de “Gypsy Kiss” (mais uma vez, guitarras de primeira, e vocais bem encaixados), o jeitão bluesy cheio de feeling de “Welcome to Hell” (reparem bem o uso de uma gaita, um recurso bem pouco usado nas bandas mais atuais), a energia crua e direta de “Dark Days”, o toque de sensibilidade da balada “Into the Dark” (é, quase mesmo, pois os momentos mais pesados causam dores em quem tem próteses dentárias), e o coice melodioso e bruto de “Silver Machine”.

Podemos assim dizer que Phile família mostram que ainda podem dar muito ao Rock em “The Age of Absurdity”, logo, mãos à obra e ouçam até furar (o disco ou os tímpanos)!

Nota: 87%




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