quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

KILLEPSIA - Killepsia


Tipo: Extended Play (EP)
Ano: 2017
Selo: Independente
Nacional


Tracklist:

1. Role Model
2. Bordado
3. Império
4. Incertezas


Banda:


Ian Ge Eff - Vocais, baixo
Vicente Telles - Vocais, guitarras
Giuseppe Oppelt - Guitarras
Rafael Severo - Bateria


Ficha Técnica:

Ciente Telles - Produção, mixagem
Ian Garbinato - Produção
Marcos Abreu - Masterização
Pedro Valadão - Artwork


Contatos:

Site Oficial:
Twitter:
Assessoria: http://www.metalmedia.com.br/killepsia/ (Metal Media)


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Quando se fala em Metal Progressivo, ou Prog Metal, um amplo espectro de idéias surge para tentar definir quais elementos musicais seriam marcantes. A construção não é simples, mas podemos definir que o estilo se sustenta sobre dois pilares principais:

1.      A fusão do peso e melodia do Metal com elementos de Rock Progressivo;
2.      Uso de uma técnica instrumental rica.

Assim sendo, o restante fica a gosto de cada banda que se aventura por estes caminhos musicais. O KILLEPSIA, de Porto Alegre (RS), é um quarteto corajoso, e mostra no seu segundo EP, “Killepsia”, que tem muito potencial.

O grupo rebusca bastante nas influências musicais, com toques de Jazz e MPB em muitos pontos, o que lhes dá diversidade musical. Por outro lado, eles procuram fazer algo pesado e coeso, sem que as viagens progressivas/técnicas sejam mais longas que a paciência de ouvintes comuns possa suportar. Ao mesmo temo, a banda tem momentos musicais bem agressivos, deixando claro que o negócio com eles é peso. Eles ainda podem evoluir bem mais nessa mistura, mas já mostram personalidade para sobreviverem às tribulações do cenário.

A produção ficou muito boa. Como o grupo se foca na fórmula de vocais-guitarras-baixo-bateria, a sonoridade ficou muito boa, com boa timbragem e um nível de clareza muito bom. Óbvio que podem melhorar nesse ponto, mas já está bom. A arte, por sua vez, é bem simples e direta, mas funcional, permitindo que a atenção do ouvinte fique focada na música em si.

O grupo tem potencial para ir longe, isso fica claro nas quatro canções do EP. Mas é preciso que o grupo dê uma atenção especial e urgente aos vocais, já que além de não estarem compatíveis com o som do grupo, lhes falta maior alcance. Um pouco de treino ao ajudará nesse sentido. Já os instrumentos musicais estão bem, com boa técnica e mudanças de ritmos bem pensadas. E eles sabem arranjar as composições de forma que elas não soem cansativas ou mecânicas.

Das quatro composições, “Role Model” é a única cantada em inglês, e que por sua vez, é recheada de ótimos arranjos de guitarras e boa dose de agressividade. Em “Bordado”, se percebe claramente o lado heavyssívo do grupo, embora ela tenda a ser mais simples, com o baixo dando um show à parte. Bem diversificada e com passagens técnicas interessantes é “Império”, que por ser a mais longa (mais de sete minutos de duração), possui um trabalho de bateria muito bom, com boa técnica e peso, fora os inserts de Jazz e MPB. E em “Incertezas”, a pegada é mais pesada e se percebe forte dose de agressividade, mas sem que a técnica que permeia o trabalho deles se perca.

O EP mostra um grupo bem promissor, e acertando os vocais, o resto se acerta.

Nota: 74%

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