2017
Selo: Independente
Nacional
Nota: 10,0/10,0
Tracklist:
1. Redhead Rocker
2. Clear Moon
3. Burning Bridges
4. Wrong Love
5. Getting Over You
6. I Don’t Mind if It Won’t Last Forever (I Want You Tonight)
7. Tattooed Girl In Black
8. Born to Be a Rockstar
9. Getting Over You (acoustic version feat Gabi Nickel)
10. Redhead Rocker (piano version)
Banda:
Marco Lacerda - Vocal
Humberti Sprenger - Guitarra Solo
Eder Erig - Guitarra Base
Betão Sassarrão - Baixo
Daniel Schultz - Bateria
Contatos:
Site Oficial: www.hotfoxxy.com
Facebook: https://www.facebook.com/HotFoxxy/
Twitter:
Instagram: www.instagram.com/hotfoxxy/
Bandcamp:
Assessoria: www.beelyper.com(Agência Beelyper)
E-mail: hotfoxxyband@gmail.com
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
Se existe um fator que sempre auxilia bandas é a evolução, o amadurecimento. Não há músico, banda, projeto em que a ação dessa força motriz não se faça presente. Os anos de experiência, a estrada e os ensaios, tudo isso importa. E o HOT FOXXY, quinteto de Curitiba, mostra isso em “Burning Bridges”, seu mais recente trabalho.
Muita influência do bom e velho AOR/Glam Metal dos anos 80, percebe-se que o grupo tem um trabalho livre de qualquer pretensão que não seja fazer música de alta qualidade, acessível, melodiosa e (obviamente) divertida. Óbvio que se percebe que o grupo soube dar uma arranjada muito boa em suas composições, que soam maduras, bem feitas e cheias de energia, com refrãos muito grudentos e todos os elementos que o estilo tem. Mas ao mesmo tempo, se percebe que o grupo ostenta uma personalidade, buscando serem eles mesmos, e não uma cópia de outros nomes. Nisso, o quinteto acertou em cheio.
A produção é assinada por Alysson Irala, guitarrista e compositor curitibano de bandas como SAD THEORY, MOTORBASTARDS, SHADOW MAZE,entre outras. E dessa forma, a sonoridade de “Burning Bridges” é muito boa, evidenciando a veia melódica do quinteto, sendo limpa e deixando os timbres da banda soando muito bem aos ouvidos. Mas óbvio que há peso, mas aquele necessário apenas. Obviamente que poderia ser melhor (a banda merece, digamos de passagem), mas está muito bom. E, além disso, a capa ficou muito legal, dando a ideia de que o grupo não tem medo de ousar.
Ótimos arranjos, músicas maduras, e a ousadia de quem quer sair do ponto comum, mas sem desvirtuar-se do estilo que escolheu, o HOT FOXXY é uma banda excelente para comerciais de cigarros, como os dos anos 80 onde grandes hinos do Hard/AOR passavam na TV toda hora. E se preparem para ficarem grudados no lugar, pois “Burning Bridges” é assim: um disco que nos faz prender a respiração. E ainda temos a participação especial de Gabi Nickel nos vocais na versão acústica “Getting Over You”, e de Humberto Sprenger nos pianos na belíssima versão instrumental de “Redhead Rocker” (que fecha o disco).
Basta ouvir as melodias sedutoras da excelente “Redhead Rocker” (que trabalho excelente de guitarras e vocais, e que refrão grudento dos infernos, pois é ouvir e sair cantando), o trabalho bem arranjando em termos de harmonias de “Clear Moon” (outra bem acessível, mostrando a força da base rítmica do quinteto), o Hard ‘n’ Heavy forte de “Burning Bridges” (onde se percebem influências de Metal tradicional à lá NWOBHM nos arranjos), a balada introspectiva de refrão pesado “Wrong Love”, a linda e envolvente “Getting Over You”(que belo trabalho de vocais mais uma vez), o Hardão mais pesado de “I Don’t Mind If It Won’t Last Forever (I Want You Tonight)” (com as típicas melodias de canção de comerciais da Hollywood dos anos 80 mais uma vez), a energia mais crua e de refrão chicletoso em “Tattooed Girl In Black”, e o arrasa-quarteirão farofento à lá anos 80 de “Born to Be a Rockstar” e vai ficar grudado neles. Mas nem de longe se pode deixar a versão acústica de “Getting Over You” (que lindas passagens de vozes, com o canto masculino e o feminino se alternando e dando aquela atmosfera terna), e a versão instrumental toda em piano de “Redhead Rocker”. É, o disco todo é bom demais, e vale a aquisição!
Vieram para ficar e conquistar, e o HOT FOXXY tem tudo para ir muito longe. E “Burning Bridges” é o passaporte certo para isso.
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