Início de atividades: 2013
Discos lançados: “La Bomba” (2013), “Reféns da Pátria” (2014), “Alienígenas” (2015), “Intenso” (2017)
Formação atual: Clandestino (vocal), Murcego González (guitarra e vocal), M.M.(guitarra), Mestre Mustafá (Bateria), Pablo Vieira (baixo)
BD: Como a banda começou? O que os incentivou a formarem uma banda
Murcego Gonzales - A banda começou em 2013; eu e o Clandestino temos uma parceria nas composições há quase uns 20 anos, já haviamos tocado junto em outros projetos e estávamos com um disco gravado (La bomba), porém sem nome e sem banda. Foi quando tivemos a ideia do nome Canábicos! Apresentamos o material para os caras, sabíamos da competência e qualidade musical deles, fizemos o convite e estamos juntos até hoje com quatro discos já gravados.
BD: Quais as maiores dificuldades que estão enfrentando no cenário?
Murcego - As dificuldades são várias, vão desde o lado financeiro até as oportunidades pra se tocar em eventos legais e bem produzidos. Gravar um disco de qualidade em um bom estúdio com um bom produtor requer investimento, os cachês provenientes dos shows ajudam, mas mesmo assim ainda temos que por a mão no bolso e completar (risos). Ganhar espaço em grandes eventos e festivais também é complicado, tem muita banda de qualidade para pouco evento. Esse ano tocamos em alguns dos grandes como o Goiânia Noise, Festival Timbre e Festival Triangulice, todos com excelente público, estrutura e organização. Tocar nesses eventos é um dos principais objetivos e a grande recompensa.
BD: Como estão as condições em sua cidade em termos de Metal/Rock? Conseguem tocar com regularidade? A estrutura é boa?
Murcego - As condições aqui não são muito favoráveis, cidade pequena do interior (risos). Tem pouco espaço, pouco apoio também, apenas um pub com estrutura legal, mas a gente acaba organizando alguns eventos e festivais pra somar. Tocamos com uma certa regularidade pela região do triângulo mineiro, em outros estados os shows são mais esporádicos, mas essa frequência vem aumentando assim como o reconhecimento. Estamos bem satisfeitos.
BD: Hoje em dia, muitos gostam de declarar o fim do Metal, já que grandes nomes estão partindo, e outros parando. Mas e vocês, que são uma banda, como encaram esse tipo de comentário?
Murcego - Acho muito injusto declararem o "fim do Metal" porque os grandes ícones deste estilo estão partindo. Suas obras continuam aqui, estão servindo e vão continuar sendo referência para várias bandas dentro do universo do rock/metal. Eu, particularmente, adoro ouvir sons setentistas de vários artistas que já se foram e usamos muito dessas referências nas composições do Canábicos. Entendo que é quase impossível criar algo que não tenha relação com o que gostamos de ouvir, os ícones se vão, mas o Metal, o Rock e suas obras ficam!
BD: Em termos de Brasil, o que ainda falta para o cenário dar certo? Qual sua opinião?
Clandestino - Acho que principalmente o apoio da grande mídia. A proporção e disseminação do rock/metal em rádios e emissoras é quase nula comparada a outros estilos musicais. O cenário sobrevive devido à persistência dos adoradores do estilo, das bandas e organizadores de eventos que fazem o que podem pra promover e vitalizar a cultura rock/metal.
BD: Deixem sua mensagem final para os leitores
Clandestino - Curtam bastante o Intenso, mas também podem se preparar para o nosso novo disco porque estamos nos esforçando muito pra que seja o ponto alto da nossa carreira até aqui! É Noise!
Mais Informações:
www.monstrodiscos.com.brVeja o vídeo de “Planeta Estranho”:
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