2017
Selo: Heavy Metal Rock
Nacional
Nota: 9,5/10,0
Tracklist:
1. Doom
2. Voodoo
3. In the Face of Death
4. Forever Mine
5. Soul Collector
6. Old Man’s Table
7. Infected
8. Kill till Death
9. Revenge
10. Ritual
11. Exorcism
Banda:
Niklas Keul - Vocais, guitarras
Tobias Diehl - Guitarras
Chris Wömpner - Guitarras
Marcel Dippel - Baixo
Manuel Ernst - Bateria
Contatos:
Site Oficial: http://www.centrate.de/
Facebook: http://www.facebook.com/centrateband
Twitter: https://twitter.com/Centrate_thrash
Instagram: https://www.instagram.com/centrate_thrash/
Bandcamp:
Assessoria:
E-mail: centrate@gmx.de
Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia
O Thrash Metal anda cada vez mais evidente dentro do cenário Metal mundial. O mais interessante é notar que, junto com o formato Old School, temos bandas que buscam algo mais moderno, mas sem que a pegada cheia de energia do estilo seja perdida. E “Ritual”, primeiro álbum do quinteto alemão CENTRATEé uma grata surpresa do lado mais atual do gênero.
Thrash Metal ganchudo e agressivo é o que eles oferecem, com certa influência da escola germânica, só que com um toque especial de melodias bem feitas vindo diretamente da escola americana. Além disso, a banda funciona como um todo, sem que haja destaques entre os instrumentistas, mostrando a solidez do quinteto. E se preparem, pois é um coice de mula nos cornos de quebrar os dentes, mas sempre com uma energia jovial e atualizada, mesmo nos momentos em que pegam alguns elementos do Death Metal emprestados (como se pode ouvir em momentos de “Soul Collector”).
A produção, mixagem e masterização de Thilo Krieger deram corpo e agressividade sonora a banda de uma forma moderna e limpa. Você consegue entender o que a banda está tocando perfeitamente, bons timbres foram escolhidos para cada instrumento, ou seja, o disco soa claro. Mas cuidado: mesmo translúcido sonoramente, a agressividade do quinteto é algo a ser levado em consideração, pois soam brutos como um mamute dentro de uma loja de cristais.
Graficamente, a arte de “Ritual”ficou ótima nesse formato Digipack, com uma capa sinistra criada por Felix Bäcker, além de um layout perfeito, usando interessantes matizes de preto, branco e vermelho.
Sonoramente, poderíamos dizer que se percebe alguma influência dos primeiros trabalhos do THE HAUNTED em alguns momentos, mas a banda mostra muita personalidade. E o talento deles se percebe em canções ótimas como a seca e ritmicamente diversificada “Voodoo” (reparem bem o trabalho interessante de baixo e bateria nas variações de tempo), a curta e grossa “In the Face of Death” com seu jeitão moderno e rasgado que chega a esbarra no Death Metal, e os mesmos elementos mais agressivos surgem na abrasiva “Soul Collector” e seu ataque maciço de riffs bem feitos e solos bem caprichados, a envolvente e empolgante “Old Man’s Table” e seus vocais rasgados em timbres normais que se encaixam como uma luva na base instrumental trabalhada do grupo, o murro seco e abrasivo dos tempos mais lentos de “Infected”, a cadência azeda e grudenta de “Kill till Death” e seus arranjos de guitarras muito bons, os pontos em que o grupo sabe usar toques mais experimentais em “Ritual”, e os ritmos quebrados de “Exorcism”(outro show de baixo e bateria).
Sim, o CENTRATE é uma banda ótima e promissora, e se já chegaram nesse nível em “Ritual”, pode ser que se tornem um pilar do Thrash Metal moderno nos anos vindouros. Talento para isso, eles têm.
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