terça-feira, 31 de outubro de 2017

MISCONDUCTERS - Pariah (Álbum)


2017
Nacional

Nota: 9,0/10,0

Tracklist:

1. Skyline
2. Top of the Chain
3. Battlefield
4. Pariah
5. Born Down South
6. Vermifuge II
7. Pace of Life
8. See Beyond


Banda:


Denfire - Vocais, guitarras, baixo, bateria


Contatos:

Twitter:
Instagram:


Texto: Marcos “Big Daddy” Garcia


Já repararam que existem músicas e bandas que parecem realmente viciados em trabalho?

Sim, pois mesmo em tempos de crise na indústria fonográfica no mundo inteiro, alguns grupos lançam material todos os anos. Ou a produtividade destes é muito alta e um único lançamento não lhes faz justiça, ou voltamos aos anos 70. Como sabemos que a segunda hipótese é impossível, temos a primeira. E mesmo na possibilidade de existir oscilações de qualidade, o MISCONDUCTERS vem com tudo em seu mais recente disco, “Pariah”.

Não, a qualidade da música do grupo não oscilou, mas parece mais solta e bem desenvolvida em relação a “Circadian”, de 2016. O estilo da banda, aquela mistura de Metal tradicional dos anos 70 com influências do Hardcore e Hard Rock não mudou, mas está excelente em “Pariah”. Denfire, vocalista/guitarrista/líder e fundador da banda, gravou todos os instrumentos e vocais, logo, esse fato pode ter influído bastante na questão de controle da obra. Ou seja, “Pariah”é o melhor trabalho do grupo até o momento, e pode vir desse controle sobre o que foi feito.

O trabalho foi gravado, mixado e masterizado por Caio Schmid no Lumus Studio, em São Paulo. A gravação, apesar de ser feita com recursos digitais, soa orgânica e com aquele sujeira essencial para a música do grupo se desenvolver plenamente. Mas isso não significa que é algo tosco, longe disso: a sonoridade de “Pariah” é limpa, onde se pode compreender tudo que está sendo tocado sem nenhuma dificuldade. A sujeira que está presente vem dos timbres mais espontâneos e artesanais dos instrumentos.

A ilustração da capa é do famoso artista Steve Otis, que se encaixa no contexto musical do disco, e esta expressa bem a ideia de ser um pária. O encarte ficou bem simples, funcional e direta, fazendo com que o foco fique apenas na música.

E ainda bem que assim o é, pois como a inspiração andou em alta, o MISCONDUCTERS realmente se superou, pois as canções estão mais simples e fluídas, mais envolventes e com melodias bem feitas. Tudo está funcionando bem, cada detalhe é de primeira. Se preparem para ser fisgados!

Oito faixas de primeira os aguardam, mas se destacam a energia melodiosa e ganchuda de “Skyline”, que mostra guitarras com riffs ótimos e bateria com bumbos duplos muito bem encaixados; o Hard ‘n’ Roll denso e sujo de “Top of the Chain”, mas extremamente instigante (e reparem bem como o baixo se apresenta bem), a pegada cheia de melodias de “Pariah” e seu andamento bem pesado e toques à lá “Fast” Eddie Clarke nas guitarras. O Rock ‘n’ Roll fica mais evidenciado pelos riffs simples e ganchudos de “Born Down South” e “Pace of Life” que apresentam também ótimos vocais (a segunda tendo um andamento mais cadenciado e abrasivo). Além disso, ainda temos em “Pariah” uma versão para “Battlefield”, do grupo inglês INNER TERRESTRIALS, além de uma regravação de “Vermifuge II” (música da banda que vem do álbum “Hypnopaedia”, de 2014).

Aproveitem, pois “Pariah”é um discão!

Nenhum comentário:

Postar um comentário