Banda: UFRAT
Início de atividades: 2009
Discos lançados: Demo “Welcome to Reality”(2014), “Global Devastation” (2016)
Formação atual: Alex (guitarras), Caio (vocais), Ivan (bateria), Marcelo (baixo)
Cidade/Estado: Ivaiporã/PR
BD: Como a banda começou? O que os incentivou a formarem uma banda?
Eu (Alex) e o Ivan já nos conhecíamos a mais 15 anos, e sempre tocamos juntos esporadicamente, mas nunca tínhamos formado uma banda, então em 2.009, depois de um longo período fora do Brasil, eu e ele decidimos a formar uma, no entanto havia uma grande dificuldade em recrutar alguém para o vocal e baixo, tocamos por um longo período apenas os dois, compondo varias musicas, porém apenas instrumentais, posteriormente encontramos o Eric Cobianchi que assumiu o baixo, e só dois anos depois conseguimos encontrar um vocalista com capacidade para executar o que tínhamos intenção de fazer, que foi o Caio, e aí sim a banda conseguiu chegar ao som que estava procurando, posteriormente houve a passagens de outros músicos pela banda, mas que por uma razão ou outra não puderam continuar, até que o Marceloassumiu o baixo.
BD: Quais as maiores dificuldades que estão enfrentando no cenário?
Como moramos no interior, nós temos uma falta de espaço no meio musical, afinal de contas o que se propaga na mídia geral, são estilos como sertanejo e funk, outra questão é a falta de apoio das entidades culturais administradas pelos órgãos governamentais, que gastam milhões em shows de artistas do seguimento popular, e não investem em músicos locais, oferecendo o mínimo de estrutura necessária para se desenvolver festivais com gêneros diversos do sertanejo.
BD: Como estão as condições em sua cidade em termos de Metal/Rock? Conseguem tocar com regularidade? A estrutura é boa?
Na nossa cidade as condições são péssimas, não há bares que consigam se manter abertos caso queiram tocar algo mais pesado, e quando há algum evento voltado ao metal, são os próprios músicos que organizam e investe dinheiro do próprio bolso para que se realize, cedemos equipamento, mão de obra e dinheiro.
BD: Hoje em dia, muitos gostam de declarar o fim do Metal, já que grandes nomes estão partindo, e outros parando. Mas e vocês, que são uma banda, como encaram esse tipo de comentário?
As pessoas que acreditam nisso são as que talvez nunca tiveram uma visão mais ampla do cenário musical, aqueles que certamente conheceram apenas as bandas triviais de alguns estilos. Toda semana tem uma banda nova nascendo por a, de diversas vertentes. O Metal sempre sobreviveu assim, no underground, para alguns certamente quando alguma das principais bandas acabarem, o Metal tambem haverá acabado, más será que esses caras realmente curtiam o estilo ou apenas algumas 5 bandas que conseguiram se tornar mais acessíveis comercialmente e não é porque não se vê o Rock/Metal tocando no domingo a tarde num canal de TV aberta que significa que ele morreu. Ele está aí, basta o cara buscar através das mídias especializadas que realmente apóiam a cena que irão conhecer milhares de ótimas bandas novas.
BD: Em termos de Brasil, o que ainda falta para o cenário dar certo? Qual sua opinião?
Vejo que falta uma mudança de postura da base de fãs do Metal, que geralmente reclamam que não há locais ou eventos que tenham bandas do estilo tocando, porém quando há não apóiam, não comparecem shows. Houve uma mudança cultural muito grande nos últimos 15 anos, as pessoas preferem ficar com seus celulares presos dentro de um quarto do que ter a experiência que é assistir um show seja de uma banda nova ou de uma banda já consolidada no cenário.
BD: Deixem sua mensagem final para os leitores.
Nós agradecemos a todos aqueles que nos apóiam, que curtem nosso som, e convidamos a todos aqueles que ainda não conhecem a banda a estar ouvindo.
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